domingo, 31 de agosto de 2014
AS SEIS PALAVRAS MAIS IMPORTANTES
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AS SEIS PALAVRAS MAIS IMPORTANTES
As seis palavras mais importantes: "Admito que o erro foi meu".
As cinco palavras mais importantes: "Você fez um bom trabalho".
As quatro palavras mais importantes "qual a sua opinião?"
As três palavras mais importantes: "Faça o favor"
As duas palavras mais importantes: "Nós todos".
A palavra menos importante: "Eu". Li em um hall (Jornal A Crítica de Manaus.)
" Morra em mim este "eu" para que viva em mim quem vale mais do que eu." Stª Tereza de Jesus.
"A natureza do amor próprio e do "eu" humano é não amar e não considerar senão a si´próprio". Blaise Pascal
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AZUL DEVANEIO DE LEMBRANÇAS
AZUL DEVANEIO
DE LEMBRANÇAS
No rutilante
albor azul da existência,
Quanto querer
em ser sábio;
Mas quanta
inocência
Em meus
devaneios encantados.
Ao
abraçar-te e beijar teus lábios,
Tremia assim...
desvairado;
A sós
contigo por um momento,
Desejava-te ardentemente
Ao mirar-te
extasiado.
O amor evola
e açula o pensamento,
Na etérea
fixação de nosso ser amado;
Nós!... Sem
nenhuma anterior vivência,
Antevia-te despida, translúcida sereia,
Rebrilhando em límpida transparência
Na Ilha Azul
de praias e brancas areias
Dois
corações rompendo o peito,
Rostos em brasas em enrubescência,
Ao advir à quimera:
abraçados ao leito...
Assomada
visagem era só uma querência,
Neste devaneio tão amplo de esperança;
São as flores do campo de tua tiara de flores:
Perfume de
lírios e rosas de todas as cores...
Os sonhos ganharam asas de
lembrança.
Lá na distante Terra
Encantada
Dos devaneios passados... de uma Existência!
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Poesia Cristã : Soldado ferido
Poesia Cristã : Soldado ferido: Senhor, livra-me de mim mesmo Liberta-me da dor e do tormento Não permita que eu caminhe a esmo Perdido, arrasado em lamento Grit...
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
A GAROTA DOS OLHOS
VERDES E AZUIS
Tive em minha juventude
– reconheço - grandes alegrias, momentos de exultantes felicidades. Momentos eu
digo, porque a felicidade não é um sentimento que “mora” conosco, ela nos
visita, portanto é uma visitante. Nós a hospedamos, damos-lhe cama e mesa, todo
nosso amor e carinho, afagos, toda a nossa atenção, imploramos-lhe que
permaneça junto a nós, que fique mais um pouco, mas se resolver ir embora, ela
irá. Nada, nem ninguém, força humana alguma a segura dentro de nós. A felicidade
é uma grande e generosa amiga, mas temperamental. Tem sua vontade própria. E
outra coisa, não aceita superficialismo artificial: bebidas, drogas e
estimulantes. Ela se vai do “hotel” desta vez de forma definitiva. Leva junto
outros hóspedes vizinhos, deixando o “prédio” vazio, e em ruinas. Não
importando se a hospedagem era nova ou mais velha. Ficando cheia de fantasmas
agressivos.
Por isso é lugar comum,
mas pura verdade, quando dizemos: “a felicidade é feita de momentos”. Temos
“momentos felizes”, que na maioria das vezes não chega a um dia inteiro. Outras
vezes a felicidade é mais duradoura e nos dá uma “colher de chá”, permanece
conosco semanas, até meses, mas não digam que foi de modo contínuo,
ininterrupto.
A constância e a
plenitude da felicidade é uma mentira. Nós todos temos uma meia felicidade,
porque é da natureza desse sentimento não ser completo. E, o que não é completo
não pode ser uma verdade. Sabemos que uma meia verdade ou uma verdade faltando
um pedaço, é uma mentira. A verdade ou é inteira ou não é uma verdade. Assim
não seremos meio felizes, mais ou menos felizes. Ou somos ou não somos. Como o
caso daquela de Alexandre o Grande. Não existe Alexandre o Médio ou o Mínimo.
Ou será “o Grande” o nenhum outro.
Assim acontece com a
felicidade, e a quem diz que vive uma felicidade plena, ininterrupta, completa
como fosse uma obra de arte acabada. Está mentindo! Ou para enganar a si mesmo
ou aos outros. Muitas pessoas, para disfarçar sua frustração, decepção ou
fracassos perante os anos, a carreira e a vida em si, acenam com a bandeira da
felicidade incondicional.
Sabemos que não. Também
sabemos que é possível ter o maior número de momentos felizes que pudermos na
vida. Isso é verdade! A vida é uma sucessão de fatos díspares, como pedras:
umas mais lisas, outras mais rústicas, algumas com arestas e pontas. Nem todas
são seixos rolados.
Podemos preparar nossa
mente, sede de nosso espírito, alma, de forma que eles sejam cada vez mais
receptivos aos momentos felizes. A escala de valores a que atribuímos à
felicidade é muito importante, se pequenos momentos nos alegram a alma é muito
mais fácil obtermos maior número de momentos felizes do que aqueles que colocam
muito alto os objetos de desejo. Os seus custos podem - e quase sempre - estão
fora da realidade em que vivem. Disse-nos o Grande Mestre “Não vos preocupeis
com o dia de amanhã...” ou “De que vale ganhardes o mundo inteiro e perderdes
vossa alma?”, ou para Jonas, que se estafava no deserto, ao encontrar um pé de
hera, se acolheu á sua pequena sombra. De repente essa hera secou e morreu.
Jonas em desespero se lamentou e lamuriou-se. Deus lhe fala: “Jonas, por que se
lastimas por um pé de hera, o qual tu não plantaste, não regaste e da mesma
forma que nasceu, morreu?”
Assim somos todos nós. Preocupamos com o futuro, que
de incerto não nos pertence. Ou ganharmos fortunas, sermos avarentos com o que
temos se amanhã podemos perder a alma vivente que está em nós, que também não
nos pertence e sermos como se diz: “Mais vale um cão vivo, do que um leão morto”.
Ou lastimar a perda de bens ou coisas as quais são transitórias, muitas das
quais, não plantamos nem regamos, foi nos dada pela Graça? Eis a felicidade.
Como foi dito: - de Graça!
Na minha juventude, mais
do que na fase adulta, fui sensível à busca da felicidade, porquanto as
frustrações estavam de plantão me esperando para golpear. Mas sempre cultivei a
busca e a leitura do belo. A busca do “saber ver” nos ajuda a encontrar o belo,
a coisa, as pessoas que nos podem fazer felizes. Picasso disse: - Eu não procuro
(o belo), eu o encontro.
Dessa forma, passei uma
juventude com o maior número de momentos felizes que a maioria de meus amigos
ricos, e eu sendo um auxiliar de sapateiro, cujo oficial era o meu pai. Estou
inicialmente dedicando estas linhas, para dizer que busquei encontrar a beleza
em todos os cantos. Sem pretensão de jactância ou proficiência alguma.
O que não nego e me
mantém esperançoso até esta idade foi ser teimoso, persistente, perseverante,
nunca tendo dó de mim mesmo vida afora, quando sabia que: “aqui no alojamento (nos cursos militares) têm baratas aos montes, no acampamento escorpião é praga (de fato era) naquele
alojamento os pernilongos levam a gente embora (milhares), a macarronada de
ontem veio com barbante (aconteceu), a cabeça do frango veio com bico e tudo
(idem, e com o milho do papo também.) –
se fosse o caso, diria a cidade o ano e o local, onde os fatos aconteceram.
Já na prática
profissional, estar do lado de cá do cano de uma arma de um marginal, não é
nada confortável (mas tudo passa). Isto "na busca de meu caminho"
como escreveu Máximo Gorki em: “Ganhando o meu pão”.
Mas voltando no decurso
do tempo, descobri que o desenho era uma arte em si, com começo meio e fim, e,
que seu desenvolvimento com dedicação era um caminho para atingir a beleza.
Desde bem cedo comecei a dar bastante importância às aula de desenho no
Colégio. E frequentar aulas de desenho com o Professor Cação. Passei do desenho
geométrico, que é a forte base para as perspectivas, linhas de fuga,
proporções, formas e massas e volumes que ocupam o espaço, passei ao desenho
artístico, que desenvolvi o mais que pude. Juntamente, sem desprezar nenhuma
matéria, investi com muita dedicação também, às aulas de português. Passei a
ser um bom aluno no geral, e ótimo em desenho, português e geografia, pois
nesta matéria, me interessava muito saber os nomes de todos os acidentes
geográficos, que formavam a paisagem dos países, os climas, estações, relação
campo-cidade, rios, florestas, campos, cerrados e demais tipos de terreno que
forram o planeta e os povos, pois iria num futuro fazer somatória com o
desenho. E bem depois, a pintura. Interessa-me também muito, o retrato. Ou seja, retratar no desenho,
pessoas. Isto também tinha um objetivo mais imediato. Tinha a intenção de fazer
o retrato da garota: de olhos verdes e azuis...
O intervalo entre uma
série de aulas, eram chamados por nós de “recreio”. O recreio para
mim, era como disse, um “momento de felicidade”.
Enquanto o presidente do
“Diretório Acadêmico dos Alunos” colocava os discos de Elvis Presley e os
rapazes mais ricos, saracoteavam tentando na dança do “Rock and roll” imitar
Elvis - para chamar a atenção das garotas é claro - eu nem bola dava para isso,
estava ou retratando uma garota, ou lhe fazendo uma poesia. Muitas, se sentavam
ao meu lado, tão juntinhas de mim que lhes sentia o calor do corpo. “Momentos
felizes”!
Outras me pediam para ajudar-lhes nos desenhos, rosáceas, barras
gregas, acharem os pontos de fuga, determinar a linha do horizonte, ou mesmo no
“desenho do natural” obter as devidas proporções à folha de seu caderno, luz e
sombra etc. Até mesmo no francês, idioma que tinha uma facilidade natural, e
tinha aulas com a Valdete Moreno (em casa, ela era amiga da família). Mas não
eram só as meninas que me procuravam para acudir dificuldades com o desenho ou
redações alguns colegas rapazes também: um, há anos, foi Prefeito da cidade
vizinha, outro já era riquinho (pais nascidos na França), herdou tudo, sendo
filho único: o Alexandre Avignon. Outros se tornaram médicos, engenheiros e até
um sacerdote, Frei Rui Moraes, girou o mundo e voltou a um seminário de uma localidade vizinha.
No futebol, como fazia
com tudo, dediquei-me exaustivamente aos treinamentos, com o treinador de
goleiros do Moji Mirim Esporte Clube, então para ingressar à “2ª Divisão”, que
mais tarde passaria à “Especial” como está até hoje. Assim tinha um verdadeiro
“fã clube” de garotas, que me achavam o melhor "goleiro do mundo”,
coitadinhas! Era muito bom, sem falsa modéstia, mas a falta de discernimento
técnico delas, potencializava meu desempenho. Era certo que o “Flamenguinho”
nosso time juvenil, não tinha mais adversários. Este time teve em suas bases
grandes nomes como Paulo D., que foi para o Santos FC. E outros para o Guarani
de Campinas e Ponte Preta, outros ainda chegaram ao Flamengo do Rio. Eu cheguei
aos amadores do M.M.E.C. e à 3ª Divisão (então existente) o goleiro que fora meu reserva, subiu com o Moji
para a “1ª Divisão”, hoje a "especial". Bem, mas isto já é outra história.
Voltando às minhas
atividades de jovem colegial: fazia mais sucesso com as garotas ( apesar de ser pobre) do que os que eram
mais abonados. Nos clubes, por exemplo, ia até a porta; como não era sócio
voltava para sentar-me na praça e conversar sobre música com o sargento do Tiro
de Guerra que era jovem e solteiro e tocava saxofone: jazz, blues, Swing, música
erudita e até músicas populares. Falávamos das grandes orquestras como Ray
Conniff, Billy Vaughan e demais.
Outras vezes junto a dois ou três amigos que
iam fazer ou já estavam fazendo filosofia: Josué Rodrigues, Manoel Macedo de
Lima, Antônio Carvalho e até Benedito R.de Oliveira, também filho de um
sapateiro como eu, que ganhou uma bolsa de estudo e foi para Coimbra estudar Medicina -
ele Benedito, era barbeiro - um dia contarei a história dele.
Chegamos a ela, a garota
dos olhos verdes e azuis. Como a conheci? Ela, eu não sabia, era uma minha
admiradora. Gostava de me ver jogando futebol de salão no Colégio, gostava de
meus desenhos, gostava de minhas brincadeiras (sempre sadias, mas às vezes
tétricas) como um dedo polegar achado na calçada do necrotério que ficava em
frente ao colégio. Esse dedo eu mostrava para as meninas, um dedo já roxo e com
a unha amarelada e sangue em volta. Muitas garotas tinham ânsia, outras quase
desmaiavam, outras choravam de nojo e medo. Só que tinha um detalhe: a garota
dos olhos - verdes e azuis - ficava curiosa e não tinha medo! Olhava para o
dedão e olhava para mim. O dedo em uma caixinha. Todas as outras debandavam só
ficava ela. Com seus olhos bem verdes cor de folha vegetal, me fitando e eu
admirando aqueles olhos verdes tão profundos. Quando sorria apareciam
duas covinhas em cada lado de seu rosto. Ela - lembro-me bem disso - corava
muito facilmente. Possuía os cabelos castanhos bem claros. Mais baixa do que eu,
não muito. Podia usar salto alto que atingiria minha altura de 1,75, sem
afetação caso andássemos juntos.
Estranho para mim, foi o
fato dela não ter se assustado e ficado curiosa. Perguntou-me com sua voz delicada muito de
acordo com seu visual: “Onde mesmo você achou esse dedo?” – havia em seu belo rosto corado e no brilho
daqueles olhos verdes profundos, certa dúvida quanto a veracidade da
estapafúrdia exibição.
Não resisti, disse-lhe:
- Sônia, para você, eu conto como é feito isso. É meu próprio dedo que está
aqui. Passei azul-de-metileno e iodo nele, pus algodão nesta caixinha cortando
um lado no formato de meu dedo polegar e o acomodei dentro dela. É um truque
sua boba...
- Não sou boba... – me
respondeu. - Porque já estava desconfiada, você não seria capaz de fazer isso
de verdade... Eu te conheço!
Esse “eu te conheço”
soou para mim como um “eu te amo”.
Os jovens são emotivos e
impulsivos, mas são espertos também. Existem jovens e jovens. Todos que fomos
jovens sabemos disso!
Passou o tempo. Sempre
conversávamos no interior do colégio, no galpão do “recreio”, nos corredores.
Ainda não havíamos tratado nada. Nenhuma incursão até a sorveteria (mesmo
porque sempre estava sem dinheiro). Encontrávamos à noite, depois íamos comprar
pipocas e sentar na Praça Central da cidade defronte à matriz (bela réplica do
gótico tardio).
Interessante, que apesar
da grande beleza de Sônia, comentada por suas amigas e meus colegas que diziam:
Você é sortudo mesmo, que garota linda é sua namorada. A Iza, (Luiza) dizia-me
sempre a Sônia é linda, você é um rapaz de sorte. Com tantos querendo
conquistá-la!... Mas sabem quando aquele amor afetuoso não havia chegado forte ainda?
Até o dia em que ela me disse: - Sabe o que mais admiro em você? Respondi: -
Não! A sua educação! – afirmou ela.
Refleti no peso que ela
colocou naquelas poucas palavras: "sua educação". Divaguei. Ela não
está elogiando somente a mim, mas aos meus pais, além de mim existem muitos
outros fatores que implicam – pelo menos implicavam – quando se afirmava: Você
é educado (a). Existe a criação, a família, a escolha dos amigos, a ausência de
vícios, uma crença. Um modo de vida.
O modo de vida conquista, pensei. Não é
isto que sempre busquei? Nunca quis grandes reconhecimentos, mas esse reconhecimento
era diferente. Não visava as coisas materiais, mas atingiu diretamente meu
senso comum. Toda minha busca pareceu-me terminar ali. Com as palavras curtas,
quase sussurradas, como era sua voz, agora sem corar, mas direta: “O que mais admiro
em você é sua educação!" Momento intenso de felicidade!
Nas coisas do amor como
diz, Rubem Alves, “fazemos amor com as palavras”. Quando se faz amor com as
palavras, fazemos poesia, Sônia merecia além de meu amor uma poesia. Eu iria
fazê-la e lhe entregar de surpresa. Passei a amar Sônia. Nem ela própria nunca
soubera qual fora o gatilho que detonou de verdade meu amor por ela.
As palavras nos fazem
felizes ou infelizes. As palavras dela me fizeram imensamente feliz. Não foram
os beijos, nem os: “eu te amo”. Mas aquelas, que em outro contexto, cessariam
num “obrigado”. Em coisas de amor não se deve agradecer. Estraga tudo! Disse: -
Imagine. Apenas trato bem as pessoas, e você é observadora! Ela: - Não, você é
especial. Admiro sua educação.
Pensei divagante, na
Idade Média. Deveria ser isso que conquistava as damas, os Cavaleiros (mais
tarde cavalheiros) com sua cortesia (cortejavam). Nos séculos seguintes, o
“cavalheirismo”, correr e jogar a capa para as damas passar por cima e não
sujar os pés na lama. Abrir a porta das carruagens e oferecer o braço como
apoio, para as damas subirem. Os genes das verdadeiras damas ainda deviam estar
vivos nos corpos de muitas mulheres atuais. Porque não? Teria Sônia herdado
genes que provinham desde a Idade Média? Teria eu, com esta minha tendência
constante em desenhar castelos, a bico de pena (nanquim) retratar Guinevere,
Lancelot, Artur, e Camelot, muitos castelos da Bretanha, França, Escócia, Irlanda, Gales, Portugal, Espanha... Muitas donzelas e princesas, as justas entre
cavaleiros e suas armaduras, executados com detalhes realistas (fiz várias
exposições com desenhos de castelos medievais): “The Medieval Castle”. Claro
que eram apenas divagações. Mas aumentava o romantismo, quando pensando nisso a
via tão linda, usando uma tiara, (era moda). Imaginava: Sônia é "uma donzela saída de uma história e caída em meus braços". Era bom sonhar... tão apenas sonhar!
Só a via a noite ou nas
sombras dos galpões e corredores do colégio, interior da igreja, nos lugares sombreados,
até porque, encontrava-me com ela de acordo com a ocasião e os momentos
apresentados. Como disse antes, não havia ainda em mim um ímpeto em buscá-la, a
qualquer momento a todo lugar.
Após as curtas palavras
ditas por ela naquela noite, de cálida brisa, um vívido luar e um céu muito
estrelado, havia até certo perfume especial nela que eu sentira, mas não
retivera, e agora o sentia. Porque tudo compunha um cenário mágico. Vinha-me à
mente as suaves palavras: “Sabe o que mais admiro em você? - Sua educação!”
Aquilo houvera me soado
com uma pureza cristalina, uma magia benfazeja e eu a beijei terna e
demoradamente. Surgiu em mim um misto de carinho e fervoroso amor; um espírito
de gratidão não a ela, mas às forças que me fizeram encontrá-la. Iria
procurá-la mais e mais vezes agora. Eu sabia que o que sentia por ela não era
outra coisa senão um profundo e cálido amor.
Certo dia nos encontramos, em um quente
e ensolarado verão, já havia me formado, ela ainda não. Estava no último ano do
então “Científico”, ela dizia que iria ser enfermeira, iria fazer a faculdade
de enfermagem depois doutorar-se, embora já lecionasse música como professora
particular em sua casa, na Avenida Barão do Rio Branco, tocava piano (hoje
chamamos de “teclados”), também violino, flauta e violão.
Tinha estudado desde os quatro anos de idade, os doze anos exigidos para o
piano e violino em Campinas, onde morava com uma tia já idosa (que se esquecia
que estava no Brasil e quando falava em polonês corava como Sonia).
Encontramos-nos em
frente ao Hospital da Santa Casa, o mesmo hospital que possuía o tal necrotério
nos fundos, onde disse ter achado na calçada o dito polegar. Começamos a conversar
e os que se amam fitam-se nos olhos – que falam mais que as palavras – e eu fiquei
a fitá-la, estarrecido!...
Ela percebendo meu
espanto, preocupou-se seriamente comigo, e eu a fitava e mais inquisitivo me
punha. Ela dizia-me: O que foi? Fiz alguma atitude que não gostou? Está
ofendido por algo que tenha falado? Fale comigo!
Falei surpreso e meio
gaguejante. Mas você não tem os olhos mais verdes que as folhas desta palmeira
(próxima a nós), ontem mesmo eu vi!? Ela se pôs a sorrir lindamente com suas
covinhas no rosto e corou muito. Sabe, disse: - como é algo que
me pertence e há muito tempo, escapa de ser citado em conversas: eu tenho os
olhos verdes na sombra ou à noite. E ao sol, na claridade eles são azuis.
Disse a ela: - Mas como é
possível duas belezas em uma só pessoa Sônia? Na sombra seus olhos tem a cor
mais verde que as folhagens e ao sol são mais azuis que este céu que vemos
agora! Ela riu: - Duas belezas!
Vem ele com a educação e a gentileza. Nem uma, quanto mais duas belezas!
Não lhe disse por que
sua modéstia não iria concordar, mas eram três intensas belezas a compor seu
lindo rosto: A de olhos verdes , a de olhos azuis, e sua alma suave e meiga,
sempre pronta a agradar e a servir.
Como sempre disse Rubem
Alves: - Tempus Fugit. O tempo não cessa, não pára. Sônia, se forma enfermeira.
Volta para sua cidade no Portal das Águas. Sua vocação para a enfermagem era
tamanha que disse-me por carta que iria ingressar nas fileiras dos "Missionários Além Fronteiras” que iam para a África, Angola e Moçambique. Tentei demovê-la
da ideia, não pela causa que era nobre, mas pelos perigos que iria correr, o
tempo que isso nos roubaria, mas sobretudo pelo amor entre nós que era acima de
qualquer aferição; incalculável por ser abstrato, mas dois corações sabem medir
sua dimensão. Tudo já estava acertado, dizia-me na carta. Malas prontas, grupos
de trabalho separados: enfermeiros e médicos, teólogos, agrônomos, professores, dentistas... Era irreversível sua
decisão!
Queria ver seus olhos
mais uma vez, acariciar os cabelos e rosto daquela que tanto amava... Ela disse-me na economia
das palavras que sempre usava, que era melhor assim. Ir-se, sem me ver, seria
menos traumático para ambos, estava fazendo aquilo, não por que deixava de me amar, mas ao
contrário porque me amava muito, e seu íntimo, sua crença e a compaixão
especialmente pelas crianças, morrendo sem nenhum cuidado, de inanição,
pessoas que nada sabiam, nem ler, nem escrever, nem falar a própria língua dos
colonizadores, o português, só a tribal. Ela citou-me Paulo e sua missão, seus sacrifícios,
suas prisões tudo por amor às pessoas e sua fé. Paulo, o de Tarso, o apóstolo
do Amor. Disse: - Por tudo isso meu amor, um dia, você vai orgulhar-se de mim!
Não tive mais argumento.
Só falei: - Um dia você volta? Respondeu- me: - Voltarei. De qualquer forma
voltarei, para o Portal das Águas... Voltarei!
Soube por intermédio de
seus tios, que residem na cidade vizinha que comentaram na igreja a meu irmão,
cunhada e sobrinhos que ela tinha feito Doutorado em Portugal na sua área de
saúde.
E hoje...
Ela se encontra repousando na eternidade, na quadra 142/11-B, no cemitério do Portal das Águas, em seu túmulo
tem uma placa de bronze com a seguinte inscrição:
DRª SONIA KRISTINA
BARROS KOWPERIZSKY – “VIVEU PARA DOAR SUA VIDA, SEU AMOR E DEDICAÇÃO AO
PRÓXIMO. A DOUTORA SONIA FOI UMA HEROÍNA.” - MISSÃO "ALÉM
FRONTEIRAS", ETERNA GRATIDÃO.
Seu nome de solteira
estava intacto. Ela nunca se casou. Além disso, também soube por seus mesmos
tios na igreja, que ela, contraiu várias vezes malária e teve suas resistências
minadas, mesmo assim disseram que ela continuou atendendo crianças e adultos contaminados
com a febre, malária e doenças não dectadas e contagiosas, até que uma febre
hemorrágica a atingiu. Dada sua fraca resistência, faleceu.
Derrubei lágrimas
sentidas ao olhar sua foto no túmulo, seus olhos estavam bem verdes. Como se os
lugares por onde andou tivessem sido muito sombrios.
Ao me retirar, sob o sol
daquele dia de verão, voltei-me para um último olhar - o amor não mente - a luz
do sol refletia forte em sua foto: Seus
olhos estavam azuis!...
Mauro Martins Santos
sábado, 23 de agosto de 2014
SENHOR, LIVRAI-NOS DAS CULPAS DO PASSADO
ORAÇÃO
SENHOR, LIVRAI-NOS DAS CULPAS DO PASSADO
Senhor, neste dia que termina, como tantos outros terminaram, Tu nos recompensas toda manhã com um novo dia. Uma perfumada página alva em branco, para que nós possamos escrever nossa história a partir desse momento solene e sagrado. Tu não nos pergunta sobre nossos erros, apenas faz nos lembrar o que Jesus disse à pecadora: "Vai e não peques mais". Não lhe permitiu castigo algum como era o costume de seu tempo. Tu és um Deus de Amor e Perdão. Cremos e precisamos desse alento e certeza: de Teu perdão, precisamos aprofundar essa crença no interior de nossos corações, para que afastemos de nós as culpas, as lembranças más que insistem em passar em desfile diante de nós, quando estamos sós, ou com a insônia nos rondando e trazendo com ela todos os fantasmas do passado e as noites ficam longas e angustiantes.
Pai de Eternidade e Amor, vem em nosso socorro, dando-nos a paz de Teu amor incondicional. Minha alma sofre, ao ver a decadência mundana se exacerbando, sofremos todos os que pensamos na nova geração, que tem como representantes, aos mais jovens seus filhos pequenos, e ao mais velhos seus netinhos, cheios de inocência, como de geração em geração entrando na fase dos "porquês". Ajuda-nos Senhor pondo em nossa mente a Paz, a Fé, a Harmonia e a Tranquilidade abençoadas, para retirarmos respostas e acompanhamento aos pequenos e também os desassistidos de qualquer idade.
Também Pai, aponta aos nossos sentidos aquilo que Tu desejas de nós. Aquilo que podemos, temos condições de fazer a que necessita, a nos aproximarmos mais dos caminhos demarcados por Jesus Cristo teu único e Unigênito Filho, que as consolações do Espírito Santo emanada da Santa Trindade nos cubra de luz e invada nossos corações, ao para da Paz, a Santificadora Paciência, para não atropelarmos nossa condição humana. Fazei de nós instrumentos da Vossa Paz, esclarecei pela Luz Divina nossa mente humana e falível, para caminharmos seguros. Que possamos Nosso Deus, atravessar ainda que o Vale da Morte, sem temermos mal algum porque Tu estarás conosco. Hoje e pelos séculos dos séculos. Tudo vos peço e agradeço, em nome e por amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus, o Cristo de Deus.
AMÉM.
SENHOR, LIVRAI-NOS DAS CULPAS DO PASSADO
Senhor, neste dia que termina, como tantos outros terminaram, Tu nos recompensas toda manhã com um novo dia. Uma perfumada página alva em branco, para que nós possamos escrever nossa história a partir desse momento solene e sagrado. Tu não nos pergunta sobre nossos erros, apenas faz nos lembrar o que Jesus disse à pecadora: "Vai e não peques mais". Não lhe permitiu castigo algum como era o costume de seu tempo. Tu és um Deus de Amor e Perdão. Cremos e precisamos desse alento e certeza: de Teu perdão, precisamos aprofundar essa crença no interior de nossos corações, para que afastemos de nós as culpas, as lembranças más que insistem em passar em desfile diante de nós, quando estamos sós, ou com a insônia nos rondando e trazendo com ela todos os fantasmas do passado e as noites ficam longas e angustiantes.
Pai de Eternidade e Amor, vem em nosso socorro, dando-nos a paz de Teu amor incondicional. Minha alma sofre, ao ver a decadência mundana se exacerbando, sofremos todos os que pensamos na nova geração, que tem como representantes, aos mais jovens seus filhos pequenos, e ao mais velhos seus netinhos, cheios de inocência, como de geração em geração entrando na fase dos "porquês". Ajuda-nos Senhor pondo em nossa mente a Paz, a Fé, a Harmonia e a Tranquilidade abençoadas, para retirarmos respostas e acompanhamento aos pequenos e também os desassistidos de qualquer idade.
Também Pai, aponta aos nossos sentidos aquilo que Tu desejas de nós. Aquilo que podemos, temos condições de fazer a que necessita, a nos aproximarmos mais dos caminhos demarcados por Jesus Cristo teu único e Unigênito Filho, que as consolações do Espírito Santo emanada da Santa Trindade nos cubra de luz e invada nossos corações, ao para da Paz, a Santificadora Paciência, para não atropelarmos nossa condição humana. Fazei de nós instrumentos da Vossa Paz, esclarecei pela Luz Divina nossa mente humana e falível, para caminharmos seguros. Que possamos Nosso Deus, atravessar ainda que o Vale da Morte, sem temermos mal algum porque Tu estarás conosco. Hoje e pelos séculos dos séculos. Tudo vos peço e agradeço, em nome e por amor de Nosso Senhor e Salvador Jesus, o Cristo de Deus.
AMÉM.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
PALAVRAS MATRIOSHKA
MATRIOSHKA, PALAVRAS...
[Frases, pensamentos, reflexões]
O poder sempre temeu e censurou aqueles que sabem colocar suas ideias em letras. Tornam-se esses que sabem escrever, uma arma disseminadora de verdades diretas. Têm o poder de convencimento argumentativo e de formação de opinião, sem sequer que lhes toque.
Eu era euforicamente feliz. Hoje, sou serenamente feliz. Mudei cores, tons, raspei as velhas tintas de tudo aquilo que me iludia ser Felicidade.
Para mudar seu jeito de pensar o mundo, você precisa ser incisivo.
É como mudar a cor de uma grande e velha porta de madeira- de uma casa antiga - pintada por várias demãos de tinta ao longo de muitos anos. Você vai ter que raspar bastante. Aparecerão múltiplas cores remontadas até você atingir a madeira crua. A surpresa é que a porta foi feita da mais rara e cara madeira de lei. Aqui está a metáfora do segredo da Felicidade.
Somos também feitos de palavras. Que nos denunciam, nos marcam, que nos definem uma ética, um modo de ser, uma origem. E, muitas vezes, são o rosto mais profundo de uma atitude interior.
Todos vamos primeiro aprendendo, depois colecionando muitas palavras. Assim foi comigo antes de conquistar e me apropriar das minhas, que me são próprias. Creio que isto ocorre sem perceber e me faz diferente no falar ou escrever. Outros que o sabem. E eu o sei deles.
Leve sempre contigo palavras, suas palavras de amor e também as fortes de coragem, como as pedras usadas na funda do rei Davi ao enfrentar o gigante Golias nas páginas da Bíblia Sagrada.
Leve junto a ti, palavras que tenham asas! Palavras suaves que se derretam como neve ao sol, para usá-las às crianças e aos frágeis.
Palavras que tenham pó das estrelas, porque vieram de Deus e são sagradas como fonte que cura. Puras como a luz Divina e bela como as manhãs ao alvorecer.
Leve contigo palavras “Matrioshka”, iguais às bonecas russas que vão saindo uma de dentro da outra: são as palavras que se multiplicam com vida e significado profundo, que saem de dentro delas mesmas.
Palavras altivas, que se estendam, que se fluidifiquem, mas também se solidifiquem. Palavras que formem fluxo como os rios e que cresçam junto às demais palavras sadias e fortes e formem oceanos.
Leve sempre em suas palavras a vontade sincera de querer a paz.
domingo, 17 de agosto de 2014
COMO EXPLICAR A VIDA?
COMO EXPLICAR A VIDA?
Como explicar a vida humana? Será este universal equilíbrio poderoso por si só, abstêmio de quaisquer explicações?
Os animais racionais e irracionais e o mundo vivo vegetal, desde épocas imemoriais se reciclam sem se perpetuarem "ad eternum". O sistema perfeito se processa a cada fração de momento infinitamente ínfimo, verdadeiros universos em cada grão de areia, em cada folha que cai.
O que é grande, o que é pequeno, os sóis ou os micróbios e vírus? Ambos são equivalentes e proporcionais ao ponto de vista de como e quem os vê. Somos gigantes para uma formiga, e mínimos perante uma baleia, um elefante, e ao lado de um esqueleto de dinossauro. A Terra tinha proporções inimagináveis e eivada de lendas até a era dos grandes descobrimentos.
Assistindo um documentário, outro dia, assisti a um casal de namorados cariocas, que , com uma "Van" adaptada, e seu cachorro já deram até agora três vezes a volta na Terra, parando e registrando em filmes e fotos as cidades e países por onde passaram.
E nós perante o universo, o que somos? E em meio aos mais de 7 (sete) bilhões de pessoas sobre a terra o que somos? Qual a dimensão, ou importância que tem a nossa vida para um habitante de uma aldeia desconhecida da Malásia? Ou a dele para este outro lado do mundo? A população terrestre não pára de crescer. E quando os habitantes da terra chegarem às previsões de cientistas norte-americanos que dizem que o mundo terá 11 bilhões de pessoas em 2090? Morre-se muitas pessoas, mas nascem também muitas crianças.
A vida no seu desabrochar silente se constrói e reconstrói de forma veemente. Em seus diversos aspectos são magnitudes contidas ou expandidas, que por sua vez são novamente contidas por uma força descomunal, neste mover, expandir e protrair, tendo por trás o Invisível Jardineiro dos jardins siderais, que a um só tempo é uno e, por incrível a nos parecer, incontavelmente dividido por todo o Universo. Que é a vida senão parte de tudo? São estas palavras de um poeta e proseador? De onde vem o teu “animus vivendi”, senão do mesmo lugar que procedem todas as coisas animais, vegetais e minerais?
Como elucidar o irresistível e enigmático segredo que extravasa de uma única célula da fêmea na conquista no processo da escolha entre milhões de espermatozoides, e se, não fosses tu o escolhido vencedor, onde estarias ou serias? Acreditas seriamente no acaso desse processo que te dá a vida, e usufruindo dela, até negar a própria existência e ao Doador?
Mesmo desejando (alguns fingem pouco ligar) poder atingir a inacessível essência da criação, ou desvendar o edifício corporal do indivíduo - entende-se a vida humana como o agrupado de todos esses mistérios: o homem como resultado de sua interação com as verdades, biológica, psicológica e social, revelados através da energia mantida pela ação dos elementos naturais e que necessariamente se alternam sem altercação, iminentemente, pela intercessão da cultura.
As características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são simples resultado das pressões do meio externo, mas resultam da interação dialética do homem e seu meio sociocultural.
O desenvolvimento mental humano não é dado a priori, não é imutável e universal, não é passivo, nem tampouco independente do desenvolvimento histórico e das formas sociais da vida humana. O cérebro (base biológica do funcionamento psicológico) não é um sistema fixo e imutável, mas um sistema aberto, de grande plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual. Organismo e meio exercem influência recíproca, portanto o biológico e o social não estão dissociados.
Sendo assim, aqui no Planeta Terra, tentando respirar na superfície, havemos que perpassar pela compreensão as formas especificamente humanas de pensamento, bem como as origens das atividades mais sofisticadas.
Acaba por ser fundamental um aprofundamento epistemológico da relação entre a conformação biológica - os processos que vão chegando de forma natural, como: a idade, o envelhecimento e os mecanismos sensoriais - e a dimensão cultural – esta que não é incomum à idade preservar, como último bastião de uma independência, um erigir de mente longeva e luminosa. Juntos formam os mecanismos através dos quais a sociedade molda a estrutura mental e a história humana.
A vida humana se ampara na cumplicidade entre indivíduo e a natureza, que os torna inseparáveis e necessários um ao outro. Vertente dos outros bens jurídicos é pela sua essência - independente de qualquer avanço ¹biotecnológico - única e irreparável. Por isso, exige o respeito absoluto de não ser tratada como simples meio, mas como fim. Devendo ser constitucionalmente (como é) exigida sua segurança como bem maior, não só individual como de uma coletividade.
Mas, tudo isso falado, evidente que pode satisfazer o que já disse, a tentativa sempre de poder respirar na superfície, ou àqueles que só respiram na superfície, não mergulham na alma, no coração. Contentam-se com definições “cientificas” como lenitivo de seus dramas maiores. Há dramas comparáveis à morte. Dela só sendo possível ressurgindo, ressuscitando para a vida. Ocorrências psicológicas, cujo profissional não tem meios físicos para intervir. Resta uma internação sujeita a recaídas. A mídia é pródiga em divulgar famosos, que se despedem da vida de modo trágico, muitos, precocemente.
Os profissionais da mente e do corpo físico, fazem humanamente o que podem. Empenham-se e sofrem pelos seus pacientes. Empregam toda sua competência e conhecimentos. Mas não podem ficar junto a eles vinte e quatro horas por dia. Graças a um Poder Superior, e tão somente por este auxilio vindo do Alto, é plenamente possível salvarem-se sem acorrerem à auto-eliminação.
São Lucas, o médico, seguidor dos ensinamentos do Mestre, agia na mente e na patologia como “Médico de Homens e de Almas”.
Lucas foi antes de tudo um grande médico, tinha suas mãos e a mente guiadas por Deus. Sua história é a peregrinação de todos os homens através do desespero e das trevas da vida, do sofrimento e da angústia, da dúvida e do cinismo dos homens. Viveu a rebelião das paixões e a desesperança o rondando até a compreensão do Eterno Deus. E, foi ele o único apóstolo que não era judeu. Lucas ou Lucano, foi um abençoado, porque creu sem nunca ter visto Cristo.
A mente é poderosa, mas a serviço; no desserviço do corpo ao revés ao que foi dito, lembremos sempre dos casos escabrosos de crimes de corrupção, perpetrados por aqueles seres humanos que foram todos elevados até onde estão pelo voto do povo, para cuidar dos fragilizados; os sem poder algum, sequer muitas vezes do simples movimento básico de andar.
Eles os políticos, têm uma mente, até brilhante. Captam figuras de retórica como alguém que toma um copo com água; constroem castelos para si; e o povo lhes dá o alvará de habite-se. Elegem-no seu senhor feudal, e, trabalham só pela comida e moram nas choupanas ao derredor do castelo. Sujeitos aos reveses e adversidades do vandalismo da fome e da miséria, aos ataques do desprezo, das doenças sem assistência,
E os impostos feudais (pagos no que tiverem) não cessam de serem criados e aumentados, porque as festas e banquetes, orgias e bacanais no castelo tem que continuar.
No entanto também vimos que há um outro lado da rastejante materialidade. Há um lado da esperança eternal, da busca do verdadeiro tesouro da promessa do Cristo para nossas vidas.
"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração". (Mateus 6. 19-21)
"Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. (Tiago 4.13-16)
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¹Com a descoberta da estrutura do DNA em 1953 iniciou-se a era da biotecnologia e de uma nova revolução científica. Desde então, ocorreram muitos avanços na área. Chegou-se à clonagem de animais, à produção de plantas e animais transgênicos e ao mapeamento do genoma humano.
Muitas descobertas ainda estão por vir e são aguardadas com ansiedade: a cura de muitas doenças, tais como os cânceres, a AIDS e patologias hereditárias; a produção de medicamentos mais eficazes e acessíveis à população de baixa renda; a síntese de vacinas; a criação, em laboratório, de órgãos para transplante; o controle de pragas agrícolas sem agressão ao ambiente e o aumento da produção de alimentos, entre outras.
A aprovação, em 2008, da Lei de Biossegurança no Congresso, que regulamentou os estudos com células-tronco (CTs) e transgênicos, abriu novos caminhos para o avanço nas pesquisas e aumentou as possibilidades de trabalho para este profissional na produção e implementação de novos insumos biotecnológicos.
Espera-se que o biotecnólogo, ou biotecnologista, possa atender ao setor industrial e à pesquisa. Na indústria biotecnológica ele pode desenvolver equipamentos, montar plantas industriais, exercer o controle de qualidade, desenvolver novas tecnologias e biomoléculas, bem como propor soluções ambientais. Como pesquisador, espera-se que seja capaz de atuar na bioengenharia, principalmente nas áreas de Biologia Molecular, Bioquímica, Microbiologia, Fisiologia, entre outras Os profissionais qualificados na área são os engenheiros biotecnológicos. O instrumento básico de trabalho do engenheiro biotecnológico são os organismos vivos, suas diversas partes, tecidos, células, estruturas subcelulares e moléculas.
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