terça-feira, 23 de dezembro de 2014

VIOLINO-POESIA E RABECA-POEMA



VIOLINO-POESIA E RABECA-POEMA 
- crônica em prosa-poética –

Um poema é aquela poesia que queria que fosse uma rosa para lhe ofertar. Escolhi a nossa cor predileta - a amarela - das pétalas mais aveludadas que pude conceber; mas meu poema não é uma rosa. Tentará ser sempre um lírio, 
dos mais belos do jardim. 
Mas sei que você adora os lírios também...

Assim pensando, em não “tocar” poesia, não sabê-las dedilhar, não acertar sua afinação... Veio-me à lembrança uma frustração 

deixada nos tempos de adolescência. 
Por mais de três anos tentei ser um violinista,
onde meu violino era a minha grande poesia. 
Mas não consegui dominá-lo. 
Ele também me recusou de todos os modos. 
Não nos demos bem. 
O “Príncipe dos Instrumentos”, sem o qual não existe sinfonia que evoque a beleza e a magia que só ele produz.

Todos os instrumentos são importantes, mas ele é inigualável. 
Sou um violinista frustrado, o que são três anos e tanto, frente aos doze anos para seu aprendizado? 
Fora as especializações e técnicas das muitas possibilidades instrumentais, conhecer seus irmãos de nova geração: 
os elétricos de cinco cordas,
não só as quatro fundamentais, mi, lá, ré e sol.
 E os estudos diários, que para sempre serão.

Meu querido violino de madeira vermelha, modelo antigo... 
Não resistindo mais ver seu corpo sem alma, 
depositado em sua “caixa-ataúde” 
o doei a um aluno carente, lamentando sua despedida,
seu adeus, não a minha atitude.

Foi embora com ele, boa parte da poesia que existia em mim. 
Ficou um vazio que precisava ser preenchido, 
como viver a vida sem um amor ao menos parecido? 
Vão-se as paixões ficam as ilusões. 
Sonhos sonhados e não realizados. 
Desejos e amores não almejados.

Estudando as histórias infantis mais a fundo, perscrutá-las com olhos e sentimentos aguçados, veremos que inúmeras, têm um grande poder formativo latente, psicodidático: quanto mais for o vetor de sua emissão e nossa captação 
em ver neles o “ensinando a aprender”.

“O pobre menino violinista”, tocando nas esquinas 
de um tempo barroco, 
para ganhar algumas moedas de algum troco
 e levá-las para casa ajudar a sua mãezinha... 
Foi (hoje analisando pela psicodidática), 
uma história que mamãe me contava, 
até como recurso comovente de convencimento, 
a matricular-me a seu gosto, no Conservatório Musical, 
trocando o futebol no “Campinho da Enxada” 
e a natação no “Tancão” – um represamento de um riacho - 
pelas três “infindáveis” horas de violino diárias, 
menos o domingo e “dias santos”. 
Mais ainda as lições de casa. 
Depois, tomei gosto. 
Até ia ter aulas de reforço com o maestro Vicente Muniz que regia sua orquestra homônima.

- Por que esta crônica inclui a história de um violino? 
- Porque não produzo poesias 
da mesma maneira que não faço música. 
Sou um teórico musical frustrado, 
como se pela minha vida tivesse passado 
um grande amor não correspondido.

Para acalmar a frustração fui à Iguape. 
Lá se fazem rabecas – originais – de forma artesanal. 
As mesmas usadas nas Festas do Divino (Espírito Santo), 
padroeiro da cidade. 
Comprei minha rabeca-poema. 
Ela não é tocada do mesmo jeito, nem possui o mesmo som agudo do violino-poesia. 
Toca-se apoiada ao peito. 
Seu som fanhoso mais parece um lamento tristonho, 
saído do fundo da alma. 
Alma que não necessariamente sofre por amor ou dor, 
apenas vive por uma fé, no dançar e cantar 
desse povo simples, caiçaras, autodidatas que elevam aos céus seu canto-poema.

Como disse Cecília Meirelles, 
“Não sou alegre nem sou triste: sou poeta”. 
Não toco violino-poesia; tento tocar rabeca-poema.



domingo, 14 de dezembro de 2014

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

sábado, 6 de dezembro de 2014

A FORMIGUINHA FIZUNGA [CONTO INFANTIL]

Meus amados. Estamos próximos ao Natal. Para mim o Natal de Jesus, sempre me recorda a infância. Lembra-me crianças. Lembro-me cantando corinhos natalinos na igreja, assistido pelos meus pais. Disse Jesus: 14 Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. 15 Em verdade vos digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. 16 Tomando-as nos braços, impondo-lhes as mãos, as abençoava. Mc 13:16. Esta é minha Mensagem a Todos e junto a ela esta história infantil. A quem peço a honra da leitura. VAMOS LER? MUITO OBRIGADO. Beijos e abraços.
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A FORMIGUINHA FIZUNGA

Na orla de um bosque, estendia-se um campo enorme, cheio de formigueiros. Aos quais as formigas chamavam de “Reinos”.

Em um desses reinos das formigas, morava uma formiguinha de nome Fizunga. Era igual às suas coleguinhas, muito trabalhadeira. Trabalhavam dia e noite o ano inteiro. Só tiravam férias durante o inverno, quando ficava muito frio. Ela era uma formiguinha que morava bem ao sul do país, onde no inverno até cai neve.




Ela tinha uma diferença das demais, era muito inteligente, persistente e de bom coração. Ajudava muito suas amiguinhas.

Fizunga e suas coleguinhas, no reino, eram chamadas de operárias, porque eram responsáveis para trazer alimentos para o reino e alimentar - a Grande Formiga Rainha, que era a mãe de todos . Tratavam dos “formiguinhos” que viravam soldados do reino, das formigas velhas que não podiam mais trabalhar, cuidavam dos ovos e alimentavam os filhotes. Eram, além de trabalhadoras, também babás.

Os soldados eram aqueles de capacete grande, que os deixavam cabeçudos e cresciam neles ferrões parecidos com alicatinhos. Os “meninos-formigas” eram treinados para defender o Reino contra os inimigos. Quem já tomou uma picada de formiga sabe que dói e arde bastante.
Pois bem, conhecendo a vida de Fizunga e seu reino, vamos à sua aventura:

Estava chegando os ventos frios do inverno e as coleguinhas de Fizunga já haviam abandonado o carreiro – que é aquela filinha que elas fazem para buscar comida -, mas nossa heroína, queria ainda continuar, mesmo sozinha ir bem longe buscar comida. Ela pensava: - Preciso ir para pegar um bom pedaço daquele caqui que caiu do pé, e está amassado no chão...




As formigas adoram caqui, porque eles são docinhos, e a família de Fizunga estava com fome. Tinha ela uma irmãzinha e um irmãozinho, além de seu papai e mamãe, já velhos. Geralmente sobra pouco para as operárias por causa da grande fome da Rainha que é muito grandona. Então, apesar de sua mamãe falar: - Não vá Fizunga, todas as outras meninas já voltaram para casa porque pode nevar. Ela respondeu: - Não se preocupe mamãe eu vou é já volto depressa.

Acontece que, quando Fizunga voltava, só com um chalezinho no pescoço, começa a cair neve sem parar. Ela apressa os passos para chegar logo ao reino. Vai ficando cada vez mais difícil andar na neve. Seus pezinhos estão afundando cada vez mais, até que ficou presa na neve. Seus pezinhos começam a gelar, apesar das botinhas que a mamãe a fez calçar.

Aí ela se lembra: - Ah! Vou pedir para o senhor Sol, esquentar e derreter a neve que meu pezinho prende. E fala assim: “seu” Sol, o senhor está me escutando? Ele responde: Sim, claro, estou lhe escutando formiguinha! Ela fala: “seu” Sol, o senhor poderia esquentar e derreter a neve que meu pezinho prende?                                                                                         
Fala o Sol: - Minha querida formiguinha Fizunga, eu queria tanto poder ajudá-la. Mas eu não posso!                                                                                
– Por que o senhor que é tão quente e forte não pode “seu” Sol? – Fala Fizunga.                                                                                                        Porque a “Dona” Nuvem  muito grande e cheia de chuva, está parada na minha frente... Responde o Sol.                                                                         
- Que faço então “seu” Sol ?                                                                                   
- Ele diz: - Peça para a Dona Nuvem sair de minha frente Fizunga!

Fizunga fala com a nuvem: - Dona Nuvem, por favor, estou morrendo de frio, meu pezinho está gelado, a senhora poderia sair da frente do Sol para ele esquentar e derreter a neve que meu pezinho prende? – A Nuvem responde: - Queridinha Fizunga, eu gostaria muito de poder ajudá-la, mas eu não posso!
- Fizunga em desespero: - Quem pode! Quem pode então Dona Nuvem??
- Quem poderá ajudar-lhe será o senhor Vento que pode soprar forte afastando-me do sol.                                                                                             
- Obrigada Dona Nuvem. - Agradece Fizunga.




- “seu” Vento, por favor, estou com meus pezinhos gelados, acho que vou morrer!                                                                                                            
O vento que gostava demais de Fizunga disse assim: Minha querida formiguinha Fizunga, lamento muito (quase chorando) eu queria fazer tudo para te ajudar, mas eu não posso!!
Fizunga quase ao desespero diz: - “Seu” Vento, o senhor que é tão forte, quando fica bravo derruba árvores e telhados, faz grandes ondas no mar, e não pode ajudar uma pobre formiguinha? O senhor não pode soprar forte  para a Dona Nuvem que está pesada, sair da frete do Sol, para o senhor Sol, esquentar e derreter a neve que  meu pezinho prende?                                 
O vento então fala: - Eu não posso, mas tem quem pode, é a mamãe Natureza!               - Obrigada, muito obrigada “seu” Vento o senhor é mesmo meu amigo...!              - Fala Fizunga.

E Fizunga estão fala com a mamãe Natureza: - Mamãe Natureza, a senhora que é tão bondosa, cuida de todos os animais, das árvores, das fontes, não vai deixar que eu morra gelada não é mesmo?                                              

A mamãe Natureza, medita um instante e diz: - Minha querida e linda formiguinha Fizunga, vou te explicar, é com grande sentimento no coração, mas eu não posso te ajudar, mas tem quem pode...!

Fizunga começa a chorar, percebendo que iria morrer de frio e gelada, pois nem a mamãe Natureza a podia ajudar...!! Quando então mamãe Natureza lhe diz: - Fizunga meu amorzinho, quem pode lhe ajudar é a mamãe Terra, peça para ela te escutar!

- Obrigada – diz Fizunga enxugando os olhinhos. – Mamãe Terra, ô mamãe Terra a senhora está me escutando, já estou muito fraquinha... A senhora poderia me ajudar...?  Dando poder à mamãe Natureza, para que ela possa deixar o senhor Vento forte, para que ele possa soprar a Dona Nuvem, que está tapando o senhor Sol, pra que ele possa esquentar e derreter a neve que  meu pezinho prende?  - E... aguarda esperançosa!

Aí a mamãe Terra diz: - Formiguinha, formiguinha Fizunga, eu gostaria muito de poder dar ordens à mamãe Natureza para que ela ficasse poderosa para deixar o senhor Vento muito forte e soprar a Dona Nuvem para longe, destapando o senhor Sol para ele esquentar e derreter a neve que o seu pezinho prende, mas desculpe-me, eu não posso. Mas vou dizer-lhe quem, com toda a certeza pode.

Quase sem forças, com a voz fraquinha, mesmo assim já desanimada, Fizunga agradece à mamãe Terra e pergunta: - Quem poderá me ajudar agora mamãe Terra?
 – Mamãe Terra diz: - Quem pode ajudar sem dúvidas é o Papai do Céu! Peça a ele que comanda a nós todos com sabedoria e bondade e Ele vai ajudar- lhe minha queridinha Fizunga.

Então Fizunga olha para cima e diz bem alto: - PAPAI DO CÉU! PAPAI DO CÉU, O SENHOR ESTÁ ME ESCUTANDO? E o Papai do Céu então imediatamente responde: - Claro Fizunga, minha formiguinha querida , estou te escutando muito bem. Diga-me o que tu queres?

Fizunga sem conter as lágrimas de alegria e agradecimentos diz: - Papai do Céu, eu queria que o Senhor pedisse para a mamãe Terra, fazer poderosa a mamãe Natureza, para que ela deixasse bem forte o senhor Vento e ele pudesse soprar para longe a Dona Nuvem, para que ela saia da frente do senhor Sol - e ele que é sempre alegre - possa esquentar e derreter a neve que os meu pezinho prende!!

O Papai do Céu pergunta: - Só isso queridinha formiga Fizunga?                      
- Sim Papai do Céu, só disso que eu preciso, para poder levar esse pedacinho de caqui, para meus irmãozinhos e meus pais que estão com fome!

O Papai do Céu diz para Fizunga: - Você é uma boa menina, tem um coração de ouro, pensa mais nos outros que em si mesma, seu reino será abençoado e lá nunca haverá fome ou perigo. Vá, com meus Anjos Protetores, querida formiguinha Fizunga e obedeça a seus pais contra os imprevistos da mamãe Natureza .


E Fizunga voltou para o Reino das Formigas 
 onde ela e sua   família foram felizes para sempre sempre.                                            






How To Draw A Female Face: Step By Step

How to Draw a Wolf

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

AS BATALHAS DA VIDA




                                                AS BATALHAS DA VIDA
A peleja é longa
e a batalha é sempre.

A VOZ DIZ AO SOLDADO:
-Festejes tua vitória sem remorsos e ore pelos mortos.
O caminho da guerra é sempre longo para ir ou voltar.  
A batalha estará sempre vos rondando.
Para os horrores, a mente é um cofre
em que se perde a chave que libertaria tais pensamentos.
Abra-o tu mesmo e se liberte.
Regresse ao lar para teus filhos, receba a maior comenda,
o maior galardão que um homem pode desejar:
o abraço e o beijo ardente de tua esposa que o espera dia a dia, minuto a minuto.
Dê-lhe também o maior prêmio que ela poderia esperar – sua vida –
aproveitando-a até o fim junto a ela e as crianças em plena Paz.
Um culto aos amigos que apodrecem ao sol e na noite escura sob os bicos dos corvos,
não será jamais melhor que estas oferendas de amor infinito.
Esta será tua homenagem maior.
Um vitorioso que persistiu na coragem até o fim.
Não foste tu que preservaste a própria vida, isto é assunto do Criador.
Não te voltes contra isso.
Eu e o Pai sabemos que de tudo que é humano tu lançastes mão aos companheiros,
não torne a ida deles de encontro à Origem sem significado…





O SOLDADO ORA:

 ESQUECER O QUE NÃO VALE A PENA TER

Depois de tudo que passei, usei um dia,
O retrovisor de minha existência;
Tinha receio de tal delírio que temia,
De ver a “maldita guerra sem clemência”.

Para trás observei uma vida de amarguras,
A peleja com coragem eu venci; tudo suportei,
Para os insepultos, erigi as sepulturas,
A Cruz, última dignidade lhes improvisei.

Inda hoje tento vencer minhas tristezas,
Os obstáculos, pedras e espinhos enfim...,
Esquecer o amargor que não valeu a pena ter,
Aquele desejo de vingança dentro em mim...

Vencer na vida, vencer os medos, não perecer,
A peleja é longa, guerras sempre existirão,
A batalha é sempre – não podemos esquecer:
Bem fundo lancemos estas raízes no coração!

Soldado em estado de choque
frente ao horror e ao absurdo

N.A. Estas ilustrações são desenhos realistas feitos com base em cenário real, por soldados presos de guerra - nas 1ª e 2ª Guerras Mundiais.





segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

BONSAI DE ULMUS - CULTIVO

Guia de Cuidados - Ulmus

                











Rega:
Regue seu bonsai distribuindo a água sobre a superfície do vaso até que saia
por baixo. Manter constantemente a terra úmida. Acostume-se a regar
com mais freqüência e quantidade com a proximidade do verão.
Insolação:

Coloque-o em um local onde o mesmo possa receber sol diretamente em suas
folhas por no mínimo SEIS horas diariamente.
Adubação:
Usar:
TM - Torta de Mamona espalhando a dose recomendada sobre a terra,
escarificando-a levemente. Regue em seguida.
Poda:
Pode normalmente o bonsai. Caso tenha sido feita modelagem com arames no inverno, devemos retirá-los este mês com delicadeza para não quebrarmos
Nenhum galho.


Não devemos transplantar nesta época.



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Bonsai Kai Plantas e Complementos Ltda.
Rua Miranda Guerra, 1530   -   04640-001   -   São Paulo   -   SP   -   Tel.: 11 5546-0620