quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AZUL DEVANEIO DE LEMBRANÇAS



AZUL DEVANEIO DE LEMBRANÇAS

No rutilante albor, da jovem existência,
Quanto querer em ser sábio...
Mas quanta inocência
Em meus devaneios encantados...

Num oceano, imerso profundamente!
O amor evola e açula o pensamento,
Na etérea fixação ao nosso ser amado;
Nós... Sem nenhuma anterior vivência,

Antevia-te despida, translúcida sereia;
Rebrilhando em límpida água transparente
Na Ilha Azul, praias de brancas areias...
Verdes olhos de raro fulgor iridescente.  

Dois corações rompendo o peito,
Rostos febris em enrubescência,
Ao advir da quimera, abraçados ao leito
Assomada visagem era tão minha querência.

No devaneio de tão ampla esperança,
Mimos de terra, mar à tua tiara de cores:
Os sonhos ganharam asas de lembrança,
Perfume que a brisa traz de todas as flores...

Asas de sonhos por estrada percorrida
No devaneio da Existência de Esperança;
Navegando distantes mares desta vida,
Hoje, conchas que o mar, à praia lança...

[Mauro Martins Santos]

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