AZUL DEVANEIO DE LEMBRANÇAS
No rutilante albor, da jovem existência,
Quanto querer em ser sábio...
Mas quanta inocência
Em meus devaneios encantados...
Num oceano, imerso profundamente!
O amor evola e açula o pensamento,
Na etérea fixação ao nosso ser amado;
Nós... Sem nenhuma anterior vivência,
Antevia-te despida, translúcida sereia;
Rebrilhando em límpida água transparente
Na Ilha Azul, praias de brancas areias...
Verdes olhos de raro fulgor iridescente.
Dois corações rompendo o peito,
Rostos febris em enrubescência,
Ao advir da quimera, abraçados ao leito
Assomada visagem era tão minha querência.
No devaneio de tão ampla esperança,
Mimos de terra, mar à tua tiara de cores:
Os sonhos ganharam asas de lembrança,
Perfume que a brisa traz de todas as flores...
Asas de sonhos por estrada percorrida
No devaneio da Existência de Esperança;
Navegando distantes mares desta vida,
Hoje, conchas que o mar, à praia lança...
[Mauro Martins Santos]
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