terça-feira, 29 de novembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
ORAÇÃO - AS POSSIBILIDADES DO AMOR DE DEUS
Oração
AS POSSIBILIDADES DO AMOR DE DEUS
Senhor,
Alguns são cegos dentre todos os homens às possibilidades
de Teu Amor.
Sois vós como uma fonte canora.
Um manancial inesgotável de Bênçãos.
Faze-nos ver que os atos, são transitórios e podem provir
de Teu Amor.
Sois vós como uma fonte canora.
Um manancial inesgotável de Bênçãos.
Faze-nos ver que os atos, são transitórios e podem provir
de um espírito que chora;
e por trás da máscara, pode estar escondida uma face torturada
pela angústia, que mereça ao invés de ódio, nossa piedade.
Mal entendimentos, preconceitos
e ressentimentos rebeldes acabam surgindo.
Mas, por Tua Graça Eterna,
ajuda-nos sempre na difícil tarefa
de procurar os sentimentos verdadeiros por trás de cada ato,
o rosto por trás da máscara,e a verdade no íntimo,
das pessoas que nos magoam.
Porque
Até aqui nos ajudaste.
e por trás da máscara, pode estar escondida uma face torturada
pela angústia, que mereça ao invés de ódio, nossa piedade.
Mal entendimentos, preconceitos
e ressentimentos rebeldes acabam surgindo.
Mas, por Tua Graça Eterna,
ajuda-nos sempre na difícil tarefa
de procurar os sentimentos verdadeiros por trás de cada ato,
o rosto por trás da máscara,e a verdade no íntimo,
das pessoas que nos magoam.
Porque
Até aqui nos ajudaste.
Obrigado por tudo Pai.
AMÉM
domingo, 20 de novembro de 2016
VELHO AURÉLIO
VELHO
AURÉLIO ‘
‘Sendo
velho,
A vida
ralha
Como relho,
‘
Diz pra si
O
velho Aurélio.
Que já não
mais
Dobra o
joelho...
Não levou
‘Vida
canalha
Nem de
gaudério,
Tal vida
não leva
Por
mortalha,
Na
longa estrada
Desta batalha...
’
Só na sombra
Da Pedra
Grande
Desgastada,
Por
derradeiro
É que pediu:
‘Ser a
última morada,
Deste velho
peleador. ’
Sua nora
O
acompanha,
Confortando
sua dor
Na diuturna
campanha!
Nara, a
jovem
Que não
ralha,
O ajuda com
as
Rotas tralhas
Ela e o
marido Aran
Nunca
lhe puseram
Cangalha.
Aran filho,
Nara a nora,
Sejam
benditos,
Este velho
Quer-vos abençoar
e se não
for pedir muito:
‘Quero
jazer
Na sombra
Da Pedra
Grande,
Do relho
não desfazer
Pra tundar
alma penada,
Das que
nunca
Fizeram o
bem,
Só
maltratar
Só malfadar
Todo mundo,
Sem nunca
Amar
ninguém!’
E junto às tralhas O fiel amigo cusco
Também
velho,
Se
enrodilha
Nas botas
Do velho
Aurélio,
Que camperearam
Tanta
coxilha.
O velho
cusco
Quer a custo:
A ovelha,
O tordilho,
A nora Nara,
E ao
filho Aran,
Acompanhar
O rastilho...
Aurélio se atrapalha
A pegar água
da talha,
E uma unção
Nas Cabeças
Da nora
Nara
E do filho
Aran
Pra benção
O velho espalha!
Pediu-lhes uma
Cruz de
cedro,
Feita por Ordec
O velho
Inca Xiru
E seu filho
Acní,
Descendentes
de velhos
tribais
Vindos do
Peru de
Artesãos
ancestrais.
São amigos
de
Oruam de quem
Não
esquecem as obras
Nem o toponímico
De família
de valor;
Sod-Sotnas;
De Grande
Rio
Das Cobras
Morador.
“Raios !”
Ralha
Aurélio:
O raio é
Ser velho!
Rememorando
Seu
açoriano pai.
Apenas
Há penas:
Uma mais
branda
Outra mais
atroz
Dúvida e
dor,
Nesta vida
A carregar
Que
remontam
Aos bisavós;
Nada
mais terei
Além dessa
Cruz
falquejada
E duas
lágrimas
Pra
derramar.
E em
castelhano
pra Ordec
entender:
‘Donde
están
Los otros
sus
Hermanos?
Muertos los doce
y sus
mujeres
No están...’
Antonte, de longe,
Vi todos
c'os filhos
P’ras
bandas da Missão...
Entonces serão
só cês dois
E meus dois
benditos,
No meu
velório?
Bençoados
Sejam cês
dois,
Que
tiveram coração,
Ponto de
pra duas dúzias
De veros
viventes
Fazer vera
repartição!
Mas
tão todos perdoados,
Não
são mesmo de parecença
os
dedos da mesma mão.
Lembre meus
Dois
filhos:
A
Pedra pode ser
Demais
de grande
Mas
sua sombra
Que também
é grande,
Por cima
de minha cova
Não me
assombra!
Porque a
pedra
Pode ser
grande
Mas sua
sombra
Que também
é grande...
Não pesa
nada!!
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Pintura e Fotografia: Pintura - Chimarrão
Pintura e Fotografia: Pintura - Chimarrão: Cevando um mate com chaleira e cuia na mão mais a fumaça e o galpão formam o típico cenário do gaúcho. Técnica: Óleo s/Tela, 2013, de Sel...
terça-feira, 15 de novembro de 2016
A POESIA, O TEMPO E O VENTO
A POESIA, O
TEMPO E O VENTO
Retornar de
um Tempo
Só o Amor
com sua ciência
Nos retorna
tão nascentes.
Nos retorna
à inocência
O Amor nos
faz carentes,
Doce
passado adolescente
Onde o
Tempo passou e levou;
Mas vivi
esse amor ardente,
Que do
coração não se apagou
Aquilo que
minha alma regou;
Esse doce
voltar somente,
O meu
coração - guardou...!
(m.m.s)
“Coração
aperta no peito
Morre um
pouco mais
A cada dia
que se vai...”
[Wau]
Isto que se
reflete e se repete,
Faz-nos
saber que a lágrima é o sumo da vida,
Que sai
quando se espreme o coração,
Nesta
malsinada vida, mas tão querida,
Muito
embora repleta de ilusão!
(m.m.s)
Tempus
fugit... Nunca cessa; como o vento que balouça as ramagens e poeticamente - meu
“Eu”- mais antigo, pede licença: para dizer que são sim, as árvores que fazem o
vento... São os grandes leques, não os de madrepérolas e rendas negras, mas os
de folhas, flores e verde Esperança.
Quero pedir
a licença do Grande Criador de todos os Poemas, para dizer também, que o tempo
não existe lá fora, é o tique-taque dos relógios, o badalar dos carrilhões e o
bimbalhar de todos os sinos que esculpem no tempo invisível a imagem do
Invisível Tempo...
Quero que a
imagem esculpida seja a mais linda materializada que jamais se viu por
ninguém...!
Aquela
escultura do ser amado, que o queremos vivo e eternizado... Aquela bela dama
nostálgica, tão saudosa do amado que se foi... Queda os dias refletindo sobre o
Tempo que lhe era tão belo; e esperando, ela espera... com os olhos perdidos no
infinito, seu grande amor voltar...!
Aquele
retrato pintado com arte sublimada, entremeando seu rosto no mais belo
pôr-do-sol, à aragem das brisas e o alçado voo dos pássaros em silhueta
contratada à palheta de cores!
Poetas e
escritores, sois todos criadores, pelas suas contribuições ao Belo, ao Amor e à
Paz - que de modo alado e encantado - nos fazem viajar entreabrindo as Cortinas
do Tempo - folheando como um álbum de figuras, as esquinas antigas de minha
alma serena ou em golfões de ira santa a "expulsar os vendilhões do
Templo", no buscar mais profundo de nosso pensamento...
O arrepio
do Vento e do Tempo inexorável e passante - a poética saga nos alenta,
antecipando o Paraíso trazido ao real - iluminando os caminhos do derradeiro e
incógnito final!
domingo, 13 de novembro de 2016
sábado, 12 de novembro de 2016
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
A LENDA DO NEGRINHO DO PASTOREIO - Folclore Rio Grande do Sul - BR
Negrinho
do Pastoreio - Gineteando o baio nos céus
Aldo Locatelli / Palácio Piratini, Poa, RS
Origem da foto: http://taislc.blogspot.com.br/2010/03/aldo-locatelli.html
A "lenda" do Negrinho do Pastoreio
Folclore- Rio Grande do Sul- Brasil.
Espécie de anjo bom dos pampas que ajuda as pessoas a encontrarem as coisas perdidas.
É crença que tenha sido ele, no passado, um escravo guri
negrinho, que morreu por maus tratos. A ele como oferendas se oferecem
toquinhos (como reza a lenda) de velas e pequenos pedaços de fumo (de corda) -
para que ele ajude a encontrar animal bagual, ou demais solípedes e até coisas
de estimação perdidas.
A "lenda" do Negrinho do Pastoreio, cuja autoria é
atribuída ao pelotense (RS) João Simões Lopes Neto, adquiriu, com o tempo,
características de "mito". Contudo a lenda apresenta diversas
variantes como soe às lendas do folclore brasileiro.
Conforme acentua o antropólogo e mitólogo Rogério Rosa,
corrobora que há diferentes versões dessa narrativa, como, por exemplo, as de
“O negrinho do pastoreio”, “Negrito del pastoreo” e “el Quemadito” (ROSA,R. R.
G. ) “. A relação afro-ameríndia entre o Negrinho do Pastoreio e o Saci Pererê
na mitologia”; Antares: Letras e Humanidades. vol.5, n°10, julho-dez, 2013.
Também correntes, as versões de Cezimbra Jacques e a já
referida de J. Simões Lopes Neto, grande nativista e vivente das mais profundas
tradições rio-grandenses. Mas, em ambas o negrinho é um pobre escravo, sem eira
nem beira, solito sem ninguém por si, que de um cruel estancieiro sofreu
constantes maus tratos, terminando a narrativa de crueldades por colocar o guri
em um formigueiro, até que as formigas o matassem. Contudo, o negrinho,
arribando-se dos ferimentos e do lugar amaldiçoado, ergue-se do formigueiro
milagrosamente e segue ascendendo-se ao céu.
A Negrinho do Pastoreio são envidadas rezas e pedidos dos
crentes na história. É conhecido também por outros nomes similares e
acastelhanados: Negrito del Pastorejo, Crioulinho do Pastoreio, Crioulo do
Pastorejo, Crioulinho del Pastorejo
Esta lenda, genuinamente rio-grandense, tem inspirado ao
longo da campanha gaúcha, perpassando pajadores, cantadores nativistas,
regionalistas, cultuadores das lides pampeanas e forrando de inspiração
belíssimas páginas não só do cancioneiro regionalista, mas da literatura
gauchesca.
É interessante registrar lendas e mitos para aguçar nossa
percepção quanto às múltiplas formas que uma narrativa vai tomando de autor
para autor.
Mesmo oriunda de uma determinada região do país, em suas
localidades seja pela distância uma das outras, dificuldade das comunidades se
encontrarem, sobremodo retrocedendo-se ao passado, vão os mitos sofrendo
mutações, caminhando cada vez mais para o dramático o sofrido até a
santificação de um personagem mitológico.
Contudo não cabe aos antropologistas, historiadores,
contistas, mitólogos, teólogos, folcloristas e escritores em geral, provar isto
ou aquilo, lhes cabe retratar, contar, recontar, poetizar, juntar partes do
encontrável, produzir em performances ou obras de arte o folclore; teólogos:
levantar dados para a beatificação e posterior canonização; aos escritores
perquirir os possíveis caminhos para retratar a realidade ou aprofundar-se na
imaginação ficcional.
Raras vezes aqueles, caminham ao contrário, tornando o
personagem um pândego, devasso, descumpridor, embusteiro. Casos há que existe
uma reviravolta como o caso, por exemplo, de uma invenção moderna: o aparelho
de televisão. Não há um único, inventor isolado, mas uma série de
descobrimentos, pesquisas, peças, equipamentos, sensores, circuitos, até a
modernização dos circuitos impressos e toda uma rede de aparatos que a envolvem.
Neste caso parte-se de uma ideia, perquire-se um caminho e atingem o objeto das
pesquisas experimentos, dando-o como pronto. Os acertos finais são filigranas.
No conto mitológico ou lendário, não. Cada conto aumenta um
ponto e cada autor tem sua versão, cada lugarejo conta a história com
acréscimo, desbancado para o fantástico ou sobrenatural. Pior, muitos alegam
terem visto a “coisa” de um jeito ou de outro. Sempre à noite e no escuro. A instalação
da energia elétrica aos mais longínquos rincões, exorcizou a maioria dos
fantasmas e monstrinhos, relegando-os ao folclore.
Assim as lendas para uns, pura verdade, a outros parece
que sim, e uma grande totalidade "pero si, pero no"; acende uma
vela para este conto e para o outro também. Assim, o autor, muitas vezes de sua
exclusiva criação: o "causo" desgruda-se das páginas de seu livro e
vai até a mente das pessoas e se transforma num fato verdadeiro, com visões e
tudo...
Muito nos lembram dos livretos de * “cordéis”, onde muitos
juram: ser verdade o que leram nos livretos comprados nas feiras. Ou para ilustrar
mais - Sherlock Holmes que antropofagiou Sir Conan Doile, e passou a existir de
forma autônoma, independente. E há quem acredite piamente que Holmes existiu.
Para isso há o domicílio do detetive à Rua Baker Street, com os seus objetos
pessoais. Sendo um dos pontos turísticos (um museu) mais visitados anualmente
de Londres, e quanto mais "fog" para fazer "clima"
melhor.
***
* Cordéis - Livretos pequenos de papel
barato, capa da mesma folha, quase sempre artesanais, com impressão de capa em
xilogravura de madeira. São vendidos em barracas de feira, junto a outros
produtos, pendurados com presilhas de roupa em um varal de cordel (cordinha) ou
barbante. Daí seu nome cordel. O poeta de cordel chama-se cordelista. As histórias
são na maioria simplórias, partindo do ingênuo até literatura de dupla
interpretação ou sentido, que recai no erótico-sensual. Outras são dos
vaqueanos, cangaceiros, heróis do sertão, milagreiros etc. Alguns autores
poetas-cordelistas, já assumiram o gênero e emprestam poesias bem concatenadas,
com rimas e métricas elaboradas feitas em gráfica. Mas, buscam conservar a
feição tradicional em formato feição e tamanho
Estimado amigo poeta, que
belíssima homenagem,
ao nosso 'Negrinho do Pastoreio'
encantada com o teu maravilhoso
texto,
parabéns, bjs Maria Iraci leal (MIL.)
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