sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A LENDA DOS TRINTA E SEIS ARCANJOS


A LENDA DOS TRINTA E SEIS ARCANJOS                          
(* Mauro Martins Dos Santos.)

O melhor da leitura, entre tudo, é o leitor poder aportar onde quiser e de lá trazer: lembranças, cultura, lazer ensinamentos e sabedoria. Esteja onde, quando e como desejar.

Uma das leituras que mais me agradam são os contos e os pensamentos, em prosa ou verso. Os contos internalizam a sabedoria e a psicologia da raça humana através dos sáculos.

Não raro, deparamos com histórias tocantes, de sabor especial plenas de ensinamentos. Revisitando as lendas, ressaltamos o brilho de seu valor que nos inspiram a criar outras lendas e contos, filtrando-os como a luz dos vitrais de uma catedral.

- É uma história muito, muito antiga. Dizem que remonta aos tempos da separação dos continentes, dos povos e línguas. Desde então vem sendo recontada ao longo dos tempos, ressoando através de castelos, ermidas, campos e aldeias, até nossos dias.

Segundo a lenda, o Criador do Universo permitirá que o mundo continue a existir, enquanto houver um certo número de pessoas, espalhadas pelo mundo - não importando sua origem - as quais Ele julga boas.

Assim, o Criador, já no começo de tudo, terminado o Caos e iniciado o Cosmos destacou três dúzias de anjos que viriam à Terra, e uma vez aqui, far-se-iam homens, guardando no maior sigilo suas origens divinas e jamais usariam do poder, a não ser quando determinado pelo Criador.

Segundo consta, o mundo continuará existindo enquanto houver em qualquer canto da Terra os trinta e seis anjos vindos do céu. Há porém uma condição: que sejam eles sempre tomados de pena por aqueles que sofrem e que sejam extremamente sensíveis às tribulações de cada ser humano.

Se, por qualquer razão, em dado momento, Deus contar menos de trinta e “seis anjos terrestres” o mundo terá chegado ao fim. Diz a lenda que só Deus sabe quem são eles.
Essas pessoas especiais podem ser qualquer um: sapateiro ou juiz, médico ou indigente, religioso ou leigo, político ou cidadão comum, patrão ou empregado: de qualquer raça, crença e costumes, sexo ou cor. O que realmente conta é eles sofrerem com intensidade proporcional o sofrimento alheio. Por isso a importância de tratar a todos com amor e respeito como se cada pessoa pudesse ser um arcanjo.

Conclui-se que Deus ainda espera algo da raça humana pela doação da vida...e continua esperando...                  
 *AGL – Academia Guaçuana de Letras - escritor

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