sábado, 28 de janeiro de 2012

UMA QUESTÃO DE TEMPO  - ///@//Rº S@//TºS

UNIVERSO BRILHANTE

Para se ter a pretensão de entender o universo, além de suas convicções pessoais, como tudo na vida, temos que ler, estudar, meditar, raciocinar, formar opinião, moldar-se a ela, aceitá-la e sempre que quizer mudar de opinião, pois trata-se de um assunto altamente complexo e cercado desde o misticismo assoberbado à religiosidade fundamentalista, ortodoxa, conservadora e agregadora de membros em torno da opinião ou dogma de um líder. Há certezas e dúvidas em torno dos assuntos complexos. Nada é final. Nada se pode chamar de definição. Afinal temos o céu sobre nossas cabeças!

Mas, para iniciar a curiosidade sobre o assunto é preciso se trabalhar com a ideia de espaço/tempo, começando com Galileu e Copérnico passando por Einstein e outros grandes nomes da astro-física chegando a Stephen W. Hawking (ler Uma Breve História do Tempo).

O conceito de velocidade implica num tempo para se percorrer determinada distância.
Pois bem, no universo que reconhecemos, há um limite de velocidade, medida pela "unidade" velocidade da luz. Como uma trena foto-lazer para simplificar ao máximo. Esta "unidade" de medida vai nos permitir aferir grandiosas distâncias. Como no caso a ciência astro-física elegeu esta "unidade" de medida é com ela que se vai medir as distâncias espaciais do universo. é o que ocorre nas citações de "ano-luz" ao se referir às  distâncias entre os corpos celestes.
Tomando por base a ficção da não existência do tempo ou sua concepção criada pelo homem, vamos supor que o tempo a ser percorrido entre uma cidade e outra seja de uma hora e cuja velocidade fosse de 80 quilometro/hora. Dobrando-se essa velocidade, o tempo seria dividido pela metade. Sendo certo isso, se, supondo que a velocidade fosse acionada para 60 vezes, ocorreria que faríamos o percurso em apenas um minuto. E isto também é certo.

Agora um porém. A matéria tem suas limitações de resistência. Ao atrito, à fricção, ao calor, ao frio e milhares de ingerências, quanto mais se aprofunda no desconhecido humano. Existe, não sabemos ao certo, um limite para a velocidade do deslocamento da matéria. Intuimos que a matéria não é a essência primordial no fator tempo/deslocamento/velocidade, já que convivemos com elementos e entidades mentais e endógenas do homem desmaterializadas: sentimentos, paixões, pensamentos, a imaginação, o raciocínio, deduções, prazeres, estados emocionais. E, a inteligência também não possui matéria.

Como vemos, ou melhor fotografamos com os olhos e nosso cérebro revela, e sabemos estar cercados de matéria, que a semiótica (ou semiologia) trata como sígnos ou símbolos. A semiótica é uma ciência relativamente nova, que filtrou o que é de melhor da filosofia, história, arte, matemática, e um sem-fim de outras ciências e trouxe à tona para simplificar tudo, como símbolos, inteligiveis e formadores de sentimentos diversos conhecidos do homem. 

Pois assim, a matéria então só existe em sua realidade, porque temos o detector de sígnos, nossos sentidos, que ao percebê-los ou sentí-los os delineam e mandam para a central: o cérebro. E aqui registro, as pessoas não veem as coisas da mesma forma.
 Pergunte a mil pessoas que pressenciaram um desastre, de automóvel por exemplo, e comparem as descrições se uma coincide com a outra, congruentemente.
Portanto, esse universo que chamamos "nossa realidade" é percebido por sentidos diversos, eivados de paixões, certezas e dúvidas, carregados de "virus" muitas vezes, não refletindo "uma verdade verdadeira", quase sempre periférica daquilo que nos cerca, não passando de opiniões, palpites, pareceres e com isto trabalham nossos cientistas teóricos e práticos, médicos e cirurgiões, mestres e doutores. E a justiça parte desse universo jurisprudencial e científico.

É certo que, quanto mais se aprofundam nos estudos de sua especialidade no campo da "nossa realidade",  mais apto se tornam a "perceber", "detectar", as variações da normalidade e anormalidade dentro de um universo de probabilidades, que cada vez menor se torna com o maior conhecimento que toma lugar em suas mentes. Nosso corpo endógeno e exógeno são inadequados a certas situações: quanto tempo duramos debaixo d'água sem proteção ou oxigênio ou quanto tempo resistimos pendurados à beira de um abismo, segurando nosso peso só com o uso dos dedos? Sem falar em nossos sentidos que são muito limitados.

O caso das cores é extremamente interessante (existe até uma terapia, a colorterapia) elas são por nós separadas ou reconhecidas porque cada uma delas emite um feixe de ondas de comprimentos diferentes uma das outras e pela sua extenção são captadas pelo nosso olho, que por sua vez sendo limitado, pode deixar escapar alguma por seu comprimento mínimo e máximo.

Falamos um pouco sobre nosso universo e de nós mesmos. Até mais!

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