sexta-feira, 29 de setembro de 2017

PROVÉRBIOS E DITADOS


Todos devemos observar, ler e usar a sabedoria prática e simples 
dos provérbios e ditados  populares. 
São como ervas aromáticas 
que realçam o sabor dos alimentos 
que nutrem nossa 
vida mental.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

ORAÇÃO AO SENHOR DO TEMPO











 
ORAÇÃO AO SENHOR DO TEMPO

Meu Pai Eterno, Senhor de meus dias;
gestor e administrador do Tempo de minha vida.
Ensina-me Pai, a contar os meus dias e aproveitá-los
tornando-os úteis, não somente a mim sede dos sentimentos pessoais, mas de forma a tornar outras pessoas úteis a elas mesmas,
para que se tornem multiplicadoras divulgando os milagres que Tu operas
em nossa vida por intermédio do nome sagrado de Jesus Cristo Nosso Salvador.

Dias tenebrosos encontrei nas primeiras décadas de minha vida,
onde conheci a existência do sombrio Vale da Sombra da Morte,
e do campo de ossos secos, os mares tempestuosos e ondas gigantescas 
que me davam pavor; sem vislumbre de um farol, sem lume, barco à  deriva.

Minha esposa e as duas crianças já estavam passando por necessidades básicas.
Há mais de quatro anos o governo do Estado-SP não dava aumento à corporação,
nem acompanhava a reposição para uma inflação galopante.

Nada pior para um homem em retirar uma moça de sua casa
e não conseguir dar-lhe ,e às crianças, o mínimo; 

e começar a viver de favores de uma só irmã biológica mais caridosa.

Éramos seis irmãos, quatro homens duas mulheres, todos os cinco restantes tinham situação financeira estabilizada e casas próprias,
eu nada tinha, pagava aluguel, em uma casa de fundos, sem água corrente (era um poço,cisterna) nem luz (usava lampião), ruas de terra (lodaçal nas chuvas)

A esposa, muito jovem ainda, retirava água do poço para as necessidades básicas e envergonhadamente, aceitava a ajuda de seus pais. Tudo feria muito fundo e lancinante em meu coração.

‘Senhor, testemunha de meus dias, são estas coisas, agora amargas lembranças... 
que de joelhos pedia  removeres de mim e que perguntava-Te até quando iria suportar...!

Paro para pensar Senhor, quando Te inquiri:
- Por que Pai, por que, no exato dia de maior alegria da vida de um homem e de uma mulher, quando ambos iriam se tornar uma só alma, eis que o altar ao qual me ajoelhava 
se transmudou em  um abismo sem fundo?

Tudo se transformou em um poço de lágrimas e indescritível tristeza... Nesse dia antes de entrar no Templo meu querido e amado pai, morria. Hoje eu e a esposa comentamos, parece um filme... um triste, tenebroso e amargo filme.

Em um de meus escritos, sob a luz da inspiração, esta faculdade abençoada, 
que tu me concedes .. Tempos após - perguntei a razão das grandes  e incontidas tristezas...
E Tu Senhor dos Céus, da Terra, do Mar e da Eternidade, me fizeste perguntar ao Tempo...

Concluí erroneamente ser isso, um pensamento filosófico que me ocorrera. Mesmo assim, fiz a pergunta de onde me encontrava: “Quanto ainda vais durar ó Tempo a me castigar com agonias, tristezas e amargas lembranças?”

O Tempo respondeu dentro de mim mesmo: “Deixe-me apenas passar...!”


Sai do Templo onde estava, confuso com aquela breve 'resposta-pensamento'.
Mas surpreendentemente tudo realmente passou na minha vida...
Não fora um mero pensamento. 
O Tempo passou, vergando as ervas e alçando o voo dos pássaros no céu...


*

Na década seguinte concluí a duras penas - com crédito educativo - a faculdade de direito.
Fui aprovado em um concurso interno para sargento [era um simples cabo]; um ano e oito meses após, fui aprovado em um concorrido concurso, com candidatos de todo o Estado, para oficiais da PMESP. Lembro -me bem do título da redação da prova de Língua Portuguesa:
“A Verdade é Imutável, Incorruptível e Eterna”. Tinha peso “seis”, eu o alcancei. Demais provas se seguiram: conhecimentos gerais, química, física, matemática e a temida e difícil prova de resistência física.

Um dos requisitos além do “excepcional comportamento” em folha, era ter Curso Superior. Havia terminado a Faculdade de Direito e Ciências Jurídicas e Sociais  na Unipinhal. 

Após concluir o curso de Oficiais, era segundo tenente. Fiz diversos cursos de aperfeiçoamento em trânsito no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAOPM)  incluindo a Polícia Rodoviária Militar, o Policiamento de Trânsito Urbano (CET) e Rural  ( Rodovias) e Radio-Patrulhamento Aéreo com vistas ao Trânsito e suas decorrências, tornando-me um especialista, em Direito Administrativo que abrange o Trânsito e Direito de Trânsito.

Fui contratado pelo Senac, onde lecionei por dezessete anos todas as matérias pertinentes ao trânsito, em várias cidades da região geográfica de Campinas, Piracicaba, São João da Boa Vista, Americana e Limeira. Também requisitado e remunerado como palestrante em empresas e entidades públicas e privadas. E internamente ao Curso de Soldados e Cabos da Polícia Florestal.

Minha vida mudou radicalmente, somente com persistência, muito esforço pessoal, força de vontade, incentivo e resignação da esposa, em minhas ausências para os cursos, e, sobretudo a Fé incontestável de ambos no Eterno e Senhor do Tempo.

Já havia passado dos quarenta anos, não era mais criança e a exigência dos cursos militares tomam por base a resistência física, onde concorri com pessoas bem mais jovens de força física e biológica natural, e, ou os acompanhava ou daria adeus ao Curso de Oficial e a oportunidade de melhora  na carreira e na vida já descrita.

Fui promovido a primeiro tenente e depois a capitão. Já estando a trinta e dois anos na Corporação em serviço imprevisível e de alto risco, não quis esperar mais tempo para uma promoção a major. Queria escrever, pintar quadros, viajar... E graças ao pai Eterno o fiz e venho fazendo.


Ó meu Pai Eterno, Senhor de meus dias; gestor e administrador do Tempo de minha vida, bem que meu pai terreno dizia: “Peças a Deus Paciência e Sabedoria, Luz a teu caminho para esperar e entender o Tempo da Criação.”

Assim, com este conselho e a partir daquela voz interna - ajustei o leme e a posição das velas de meu barco - obedecendo ao Vento que sopra do Alto.

O maior prêmio e incentivo para tudo em minha vida, sempre veio e vem da voz de minha esposa que me diz: “Você venceu, eu e os filhos nos orgulhamos de ti." -  E eu te ti para sempre! - Respondo.

Obrigado Senhor por tudo e por seres o Senhor Absoluto do Tempo e o Grande Cuidador de minha existência!

AMÉM!


domingo, 24 de setembro de 2017

DAS APARÊNCIAS



















DAS APARÊNCIAS

Temos que olhar
através das aparências
para divisarmos a alma humana.
Bem assim temos que enxergar
através das paredes de argamassa,
através das vidraças,
através do concreto.
Porque todos estes elementos
são nada mais do que a materialização
de um povo e sua luta que constrói a História.


M. Martins Santos

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

SEU TROCO EM REAL PODE VALER MAIS DO QUE LHE PARECE





















Seu troco pode valer mais do que parece:
Veja as 

Moedas mais raras do real

Nem todo mundo sabe disso, mas existem moedas que circulam
como troco por aí, cujo o preço é muito maior do que o que ela
representa.
No mercado dos colecionadores, algumas dessas moedinhas
Chegam a valer muito ou possuem um grande potencial de valorização
para o futuro.
Por isso, é sempre bom dar uma boa olhada nas suas moedas antes
de passá-las para frente.

Mas qual o motivo dessa valorização?

O principal fator para elevar o preço de uma moeda é o número
de exemplares que foram produzidos.
Os números podem até parecerem elevados, mas considerando
a produção de dinheiro de um país, talvez seja o suficiente para tornar o item raro.

Fique sempre atento às moedas comemorativas como as da copa ou olimpíadas.

A probabilidade do preço dessas moedas aumentar com o tempo é alta.
Veja algumas das moedas mais raras do país:

5. Moeda de 1 real de 1999
Essa é a moeda de 1 real comum com a menor tiragem registrada: 3,84 milhões.



4. Moeda de 1 real da bandeira olímpica (2012)
 Menos de 2 milhões de exemplares dessa moeda foram produzidos.



3. Moeda de 5 centavos de 1999 e 2000
 Mais uma moeda comum feita em menor quantidade.




2. Moeda de 10 centavos de 1999 e 2000
 Dentre as moedas deste valor, esta é a que possui a terceira menor tiragem.



1. Moeda de 1 real dos direitos humanos (1998)
 Essa é uma das moedas mais raras e valiosas do real. Ela foi lançada em 1998 em homenagem ao cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apenas 600 mil exemplares dela foram produzidos.



Não colocamos os valores das moedas na publicação, pois isso depende muito do estado de conservação ou mesmo do comprador e elas também tendem a valorizar com o tempo.
Quer saber o preço de uma determinada moeda? Uma maneira fácil de fazer isso é pesquisar o valor e a data dela em sites como o Mercado Livre.
É claro que o ideal é fazer uma pesquisa mais completa, mas buscando nesse tipo de site já dá para ter uma pista do valor.
Você possui alguma moeda que já vale bastante ou está esperando alguma valorizar?  Pense bem, pesquise bastante antes de comercializá-la ou disponibilizá-la sem atenção para não se arrepender

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Compartilhe essa lista para que mais pessoas prestem atenção em suas moedas! E se quiser saber mais, ou se tiver alguma dessas moedas comente com: Awebic <noreply+feedproxy@google.com>
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terça-feira, 19 de setembro de 2017

O TANTO QUE TE AMEI


































O TANTO QUE TE AMEI


Lá no século que se foi,
Fui jovem e muito amei.
Mas tanto, tanto, te amei
Que sei que mais fui eu.
Hoje no século seguinte
Velho um século a mais
Deus meu, como queria
Que não tivesse sido eu!

Mauro Martins Santos




domingo, 10 de setembro de 2017

BURACOS DE RUA VIRAM CANTEIROS DE FLORES

PEQUENO VOO POR UMA HISTÓRIA EMOCIONANTE - A CARTA DO CACIQUE SEATTLE





Pequeno voo por uma História emocionante



A carta do cacique Seattle

Em 1852, o governo dos Estados Unidos
propôs compraras terras das tribos indígenas
Suquamish e Duwamish,
localizadas na região de Puget Sound,
no atual estadode Washington.
O objetivo era dar prosseguimento à ocupação do
Território norte-americano com populações estrangeiras
que chegavam ao país.
O governo pretendia deslocar as duas tribos para uma
reserva indígena, oferecendo-lhes algumas garantias
e compensações.
Em 10 de janeiro de 1854, Isaac Stevens,
Governador doTerritório de Washington,
esteve em Puget Sound para reforçar a oferta
de compra das terras.


Naquele dia, o Cacique Seattle, como era conhecido
o chefe das tribos Suquamish e Duwamish, proferiu
um histórico e emocionante discurso
[este que se transformou em carta e documento]
em que destacou a transitoriedade da existência do homem
frente a importância da terra.
O homem passa, as terras ficam para a descendência.
Sem ela nossos descendentes morrerão.
A Terra não pertence ao homem.
O homem pertence à terra.

[M. Martins Santos]

Carta do cacique Seattle,
da tribo Suquamish, ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce).




Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou  - que na verdade proferiu uma oração (discurso) cuja anotação dos assessores do governador do Estado de Washington foi apresentada ao presidente em forma de carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios, para acomodar ricos estrangeiros que aportavam nos Estados Unidos da América.
 
*

Uma emoção legítima e profunda me acomete cada vez que a leio, e já a li bem mais que uma centena de vezes!  Levemos em conta, que o próprio povo consciente  dos EUA o enaltecem e veneram suas palavras, de uma lucidez e inteligência como se estivesse iluminado pelo Grande Espírito, o Deus de todos, como o cacique mesmo afirma. Há estátuas espalhadas por museus e ao ar livre e a cidade de Seattle no Estado de Washington recebe seu nome.

“É simplesmente o modo como os nativos norte-americanos, e os do resto da América, pensam.  São mais ligados e agradecidos à Natureza  do que qualquer um de nós.  ”        

 [Blog Kuruneko by Yasmin]



Concordo em gênero e número com o comentário acima, nem em mil anos teríamos essa consciência ancestral, quando aqui chegamos os nativos eram donos de toda a América, de tudo que estava acima e abaixo da terra da água e do ar. Pensavam com os sentidos. A terra era sua mãe, pai, criador, mantenedora das vidas. O europeu aqui chegando começaram a escrever a história com sangue e seu centro de concentração de riquezas eram insaciáveis como continua sendo, cada vez mais. Os nativos tinham o senso da parcimoniosidade, só o que precisavam e o que lhes bastavam. Eis a razão de desejar que cheguem a mais leitores e multiplicadores desta perfeita lição.





Era, pois um indígena, um “selvagem” no entender da época. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade e vem eivado de verdade pura.

A carta:


O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal ideia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exauri-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.



Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.




De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.


Palavras do Cacique da Tribo Suquamish do Estado de Washington transformada em carta e escrita em 1855,atualíssimas como se houvessem sido ditas hoje. Aliás, sempre precisas serem ditas repetidamente, para podermos ter futuro.