domingo, 28 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Cães e humanos são os únicos animais a reconhecerem emoções de outra espécie
Desculpe...!
Para casa menina...!
*Deparando-me com o título acima, causou-me forte curiosidade em lê-lo - tendo-o pesquisado em vários sites, para a constatação de seu teor comparado. Verifiquei que o principal é o que publico abaixo - após minhas considerações - visto que os demais decorrem da pesquisa da Psicóloga doutoranda na Inglaterra, Natália de Souza Albuquerque, pesquisadora da USP, que o assina e fornece seu endereço eletrônico.
Para casa menina...!
*Deparando-me com o título acima, causou-me forte curiosidade em lê-lo - tendo-o pesquisado em vários sites, para a constatação de seu teor comparado. Verifiquei que o principal é o que publico abaixo - após minhas considerações - visto que os demais decorrem da pesquisa da Psicóloga doutoranda na Inglaterra, Natália de Souza Albuquerque, pesquisadora da USP, que o assina e fornece seu endereço eletrônico.
Mas, antes de deixá-los à vontade para ler o texto sob o título CÃES RECONHECEM EXPRESSÕES EMOCIONAIS, apresento-lhes - digamos, uma curiosidade - por mim coletada, nos recantos da memória. Trata-se de um trecho do Livro O HOMEM QUE ANDAVA DE RASTOS, de Arthur Ignatius Conan Doyle, [ com grifo meu] tendo em ação seu mais famoso personagem de histórias de detetive e suspense do mundo em todas as épocas, em que ele escreve o seguinte:
...............................................
(...) - Há de me desculpar uma certa abstração de espírito, meu caro Watson — disse ele. — Contudo, foram submetidos à minha apreciação alguns fatos curiosos, que, nas últimas vinte e quatro horas, deram por sua vez origem a algumas especulações de caráter mais geral. Tenho pensado seriamente em escrever uma pequena monografia a respeito da utilidade dos cães no trabalho do detetive.
- Mas isso, Holmes, já é assunto explorado — disse eu. — Cães policiais…
- Não, Watson, não. Esse aspecto do assunto é naturalmente conhecido. Mas existe outro muito mais sutil. Deve se recordar de que, no caso que você, no seu estilo sensacional, associou às Copper Beeches, eu consegui, observando o espírito da criança, formular uma dedução relativa aos hábitos criminosos do pai, burguês de respeito.
- Sim, lembro-me muito bem.
- O curso das minhas idéias relativamente aos cães é análogo. O cão reflete a vida da família. Onde é que já se viu um cão espevitado numa família sorumbática, ou um cão tristonho numa família jovial? Gente rabugenta tem cães rosnadores, gente perigosa tem cães perigosos. E as disposições de espírito passageiras destes talvez reflitam as disposições passageiras dos seus donos.
Abanei a cabeça.
- Há de convir, Holmes, que isso é um pouco forçado.
Ele tornara a encher o cachimbo e sentou-se direito, sem
tomar conhecimento do meu comentário.
- A aplicação prática do que acabo de dizer prende-se
intimamente ao problema que estou investigando. A meada, como vai ver, tem
muitas voltas, e ando à procura do fio que provavelmente está na seguinte
pergunta; por que é que Roy, o fiel cão do professor Presbury, tem tentado
mordê-lo?
*Minha curiosidade mais se acentuou visto que Conan Doyle era médico e embora não usasse explicitamente a primeira pessoa verbal da ação, Sherlock Holmes era sua projeção - mesmo porque toda a engenhosidade mental (preceptora do computador) era fruto da mente de Doyle. Ainda, usou como coadjutor de Sherlock o Dr. Watson, não coincidentemente médico. Quando não se encaixava em Holmes, vestia-se de Watson. Bem, mas o que tinha a dizer já disse, curiosamente pela boca de Holmes, Conan Doyle preconizou as pesquisas caninas, lá em 1926, em seu conto citado. [M.M.S]
*Minha curiosidade mais se acentuou visto que Conan Doyle era médico e embora não usasse explicitamente a primeira pessoa verbal da ação, Sherlock Holmes era sua projeção - mesmo porque toda a engenhosidade mental (preceptora do computador) era fruto da mente de Doyle. Ainda, usou como coadjutor de Sherlock o Dr. Watson, não coincidentemente médico. Quando não se encaixava em Holmes, vestia-se de Watson. Bem, mas o que tinha a dizer já disse, curiosamente pela boca de Holmes, Conan Doyle preconizou as pesquisas caninas, lá em 1926, em seu conto citado. [M.M.S]
Cães reconhecem o significado de expressões emocionais
Um artigo sobre o tema, Dogs recognize dog and human emotions, foi publicado nesta
quarta-feira, dia 13 de janeiro, na revista científica Biology Letters, e tem obtido uma grande repercussão na mídia e no meio científico internacional. Uma nota chegou a ser divulgada no site de notícias da Revista Science. A pesquisa teve a coparticipação da professora Carine Savalli, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre outros pesquisadores.
De acordo com a pesquisadora, os resultados dos experimentos mostram que os cães reconheceram muito bem as expressões humanas de raiva e alegria. No entanto, eles foram ainda melhores em reconhecer as expressões de outros cães. “Por isso, acreditamos que esta é uma habilidade intrínseca deles, que são animais naturalmente sociais e já interagiam em seu passado evolutivo com coespecíficos [animais da mesma espécie]“, destaca.
Obrigado pelo carinho...
Mas, segundo a bióloga, trata-se também de uma habilidade que deve ter sido altamente vantajosa para o estabelecimento e manutenção das relações com os seres humanos e identificação de pessoas amigáveis ou não.
Os dados foram obtidos durante o mestrado da pesquisadora, apresentado ao Instituto de Psicologia (IP) da USP e realizado parcialmente na Universidade de Lincoln, no Reino Unido, onde Natalia é atualmente pesquisadora visitante. A bióloga trabalhou com o grupo do pesquisador Daniel Mills, coorientador do mestrado, um dos maiores especialistas mundiais em comportamento animal. No IP, a orientação foi da professora Emma Otta. Quem tem cachorro sabe que, muitas vezes, o melhor amigo do homem parece entender o que dizemos e como nos sentimos. Estudo da bióloga Natalia de Souza Albuquerque, do Instituto de Psicologia (IP) da USP, comprovou o que antes era desconfiança: esses animais conseguem, além de diferenciar, reconhecer expressões emocionais de raiva e alegria tanto em seres humanos como em outros cães. “Obtivemos, com este estudo, a primeira evidência científica de que essa habilidade está presente também em animais não primatas”, destaca a pesquisadora.
Natalia explica que os primatas, como chimpanzés e macacos Rhesus, são capazes de reconhecer emoções, mas apenas entre si. O estudo mostrou que os cães também fazem isso. Entretanto, até então, apenas seres humanos eram considerados capazes de reconhecer emoções, tanto de outros humanos como de outros animais.
Mas a pesquisa de Natalia mudou tudo. “Um dos resultados mais interessantes deste trabalho é mostrar que os cães são os únicos animais, fora os seres humanos, que conseguem reconhecer as emoções entre si e em outras espécies”, comemora.
Associando o som à imagem
A metodologia utilizada foi desenvolvida em 1964 pelo psicólogo Robert Lowell Fantz para ser aplicada em crianças na fase não verbal, mas já foi usada em primatas. Natalia analisou o comportamento de 17 cães, que não passaram por nenhum tipo de treinamento ou tiveram qualquer contato com os estímulos utilizados. Eles foram colocados, individualmente, em uma sala, a cerca de dois metros de distância de um painel contendo duas grandes telas. Uma segunda experimentadora segurava o animal, mas sem interagir com ele. O cão ficava sentado, de frente para o painel.
A metodologia utilizada foi desenvolvida em 1964 pelo psicólogo Robert Lowell Fantz para ser aplicada em crianças na fase não verbal, mas já foi usada em primatas. Natalia analisou o comportamento de 17 cães, que não passaram por nenhum tipo de treinamento ou tiveram qualquer contato com os estímulos utilizados. Eles foram colocados, individualmente, em uma sala, a cerca de dois metros de distância de um painel contendo duas grandes telas. Uma segunda experimentadora segurava o animal, mas sem interagir com ele. O cão ficava sentado, de frente para o painel.
Natalia permaneceu atrás do painel, sem estar visível, observando duas câmeras: uma focava o animal e a outra mostrava a imagem das telas. Um jogo de luzes, no meio do painel, chamava a atenção do animal no início de cada teste. Quando ele olhava para a região central, Natalia exibia nos telões duas imagens: de um lado, a face de uma pessoa com expressão de raiva e, no outro, a imagem da mesma pessoa com expressão de alegria. Esses estímulos eram de cães e humanos (femininos e masculinos). As imagens eram de pessoas e animais desconhecidos dos participantes e em tamanho real.
Simultaneamente à exibição da imagem, era tocado um som, que poderia ser uma vocalização (voz para humanos e latidos para cachorros) que poderia ser positiva, negativa ou um som neutro. “Para os seres humanos, utilizamos a expressão ‘venha cá’, em português, pois todos os cães eram ingleses e queríamos utilizar uma língua totalmente desconhecida para eles”.
O som era tocado e repetido durante 5 segundos, mesmo tempo de duração de apresentação dos estímulos visuais. A pesquisadora analisou o comportamento dos cães, observando os movimentos dos olhos e da cabeça. Ela percebeu que eles associavam os sons às imagens. Diante de um som positivo, eles passavam mais tempo olhando para a imagem correspondente a essa emoção positiva. “Se o animal consegue reconhecer aquele estímulo sonoro, ele passa mais tempo observando a imagem correspondente. Ele reconhece o conteúdo emocional do estímulo”, destaca.
Segundo ela, nesse caso, a única correspondência entre voz / latido e uma expressão facial é o conteúdo emocional. “São estímulos de modalidades sensoriais diferentes, um é auditivo, o outro é visual, e não há correspondência direta. Se os cães respondem apropriadamente ao experimento, é porque ao escutar o som eles ativam uma representação cognitiva daquela emoção que vai ser utilizada no momento de discriminar entre as duas telas. Isto quer dizer que eles conseguem categorizar e reconhecer as emoções”, finaliza.
Agora, em seu doutorado, a pesquisadora continua trabalhando numa parceria entre a USP e a Universidade de Lincoln sobre o tema. O foco desta vez é entender quais são os mecanismos que os animais utilizam para reconhecer essas emoções.
Imagens cedidas pela pesquisadora
Mais informações: e-mail natalia.ethology@gmail.com, com a pesquisadora Natalia de Souza Albuquerque
Muitos donos de cães acreditam que seus animais de estimação são capazes de identificar o seu humor, mas cientistas demonstraram de uma vez por todas que o melhor amigo do homem pode até reconhecer as emoções humanas.
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[BARKING]
Os pesquisadores chegaram a esta conclusão ao combinar informações de diferentes maneiras através das quais os cães formam representações mentais abstratas de estados emocionais positivos e negativos nas pessoas.
Estudos anteriores haviam mostrado que os cães eram capazes de diferenciar entre emoções humanas através de sinais como expressões faciais, mas isso não é igual ao reconhecimento emocional, de acordo com o Dr. Kun Guo, da Escola de Psicologia da Universidade de Lincoln, na Inglaterra.
“Este é o primeiro experimento empírico a mostrar que os cães podem integrar aspectos visuais e oratórios para entender ou diferenciar emoções humanas como emoções caninas”, disse Kun à Reuters.
Os experimentos foram realizados por uma equipe de especialistas em comportamento animal e por psicólogos da Universidade de Lincoln, no Reino Unido, e da Universidade de São Paulo, no Brasil.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
O CERTO E O ERRADO
O CERTO E O ERRADO
O certo perguntou pro errado
se estava tudo certo.
O errado respondeu pro certo
que não sabia de nada.
Na verdade, ele não sabia
o que era certo,
porque só conhecia o que era errado.
Entre o certo e o errado
havia o mais ou menos
que não entrou na conversa,
porque não fora convidado.
Nesta conversa
entre o certo e o errado
tudo finalmente ficou acertado,
e, na verdade, nada ficou certo
e nada ficou errado.
Tudo ficou mais ou menos,
mas este não entrou na conversa.
E assim a humanidade continua
mais ou menos
entre o certo e o errado.
- Cícero Alvernaz - Academia Guaçuana de Letras
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
"O Grito" - Em contraponto a "Ceci n’est pas une pipe" de René Magritte
"O Grito" - Em contraponto a "Ceci n’est pas une pipe" de René Magritte
Quando René Magritte apresentou seu quadro La Trahison des
Images, ou A Traição das Imagens, com sua legenda, que não por acaso subtitula este texto - "Isto não é um Cachimbo" - o artista reviveu a discussão sobre a
representação na arte! Uma imagem não é uma realidade, é uma reinvenção, um
índice, um símbolo dessa realidade.
A Semiótica (Semiologia) trata todo o existente e o ficcional como símbolos a serem percebidos pelo nosso sistema sensorial. A capacidade de cognição, retenção e interpretação de cada indivíduo afeta o equilíbrio e o desiquilíbrio do universo dos signos. São estes sempre os mesmos, a diferenciação é que fica a cargo da especiosidade, de acordo com sua corrente preferencial e de intensidade.
Portanto, a mim, a arte praticada pelos expressionistas tem um
posicionamento sensorial intimista e subjetivo. Aqui a arte se difere do mundo físico realista. Assim viram Munch e os demais expressionistas. A imagem pode ser de um realismo inconteste (caso do cachimbo) mas sua composição, disposição e intenção, busca a subjetividade. É um cachimbo quase fotográfico, mas não é um cachimbo, é uma pintura, como se lê na sequência deste texto.
Abaixo iremos ver um texto que particularmente posso
inclui-lo no expressionismo literário (desde que lido até o final) - faço
reforço com o pensamento de Pablo Picasso:
“Todos sabemos que a arte não é verdade. A arte é uma mentira
que nos faz compreender a verdade, pelo menos a verdade de que podemos
compreender”
E, eu pretensioso, acrescento algo um pouco diferente ao pensamento de
Picasso:
- A arte é uma ilusão, produzida por um ser em constante construção.
Assim o artista, tem a "licença poética de iludir" docemente: pensando, dizendo
e criando o belo, numa tentativa presunçosa de eliminar com obras de traços e
sons, o feio que brota em nosso jardim.”
Sim, e, muitos dos pintores, iluministas, cubistas, fovistas (do fr. fauvisme) expressionistas e surrealistas... têm obras famosas praticadas sob o estilo (escola, tendência) acadêmica realista.
Sim, e, muitos dos pintores, iluministas, cubistas, fovistas (do fr. fauvisme) expressionistas e surrealistas... têm obras famosas praticadas sob o estilo (escola, tendência) acadêmica realista.
[M.M.S]
_________________________________
Texto
“O GRITO DE VAN GOGH”*
* Eco no
final...
"Há 120 anos atrás, um homem decide cortar a
sua orelha esquerda, mal sabia ele que seria aclamado por isso. Esse homem era
dado pelo nome de "Vincent Van Gogh. Ele é hoje um dos pintores mais
aclamados de todos os tempos. Mas porque cortou sua Orelha esquerda? Loucura?
Insanidade? Arte? Depressão? Ainda hoje, sabemos de pessoas que se mutilam nos
pulsos, nos órgãos genitais, nos dedos, mas, que sentido faria alguém se
mutilar numa orelha? O que será que passou pela cabeça deste gênio da arte
pós-impressionista?
Se tivesse sido um ato de suicídio, certamente ele daria outra direção à lamina. Por isso podemos concluir que talvez ele se quisesse castigar por algo que teria feito.
Apesar de hoje ser uma pessoa de renome internacional, naquela altura, Vincent Van Gogh, era um ser humano falhado, suas obras não eram importantes, ele não tinha meio de sustento, não tinha família. Era como se ele vivesse sozinho no mundo. E nessa solidão, a orelha, que ouvia desaforos, o incomodava. Então, era melhor cortá-la. Mais de um século depois deste ato que mitifica ainda mais o seu universo, pense se dá ou não uma vontade de cortar as orelhas depois de ouvir as barbaridades políticas, econômicas, sociais e culturais às quais estamos expostos.
Escondam as facas, as tesouras, os canivetes porque eu quero cortar minhas orelhas. Minhas orelhas estão cheias de crise, de fome, de miséria, de roubo, de corrupção, de enchentes, de impostos, de guerra... Dá uma vontade de cortar as orelhas e sair correndo pelos campos de girassóis de Van Gogh e soltar O Grito. Ops, embora esse quadro tenha tudo a ver com o pintor holandês, é uma pintura do norueguês Edvard Munch. O grito de Van Gogh não foi retratado em tela, mas em um gesto. Cortem as orelhas."
Se tivesse sido um ato de suicídio, certamente ele daria outra direção à lamina. Por isso podemos concluir que talvez ele se quisesse castigar por algo que teria feito.
Apesar de hoje ser uma pessoa de renome internacional, naquela altura, Vincent Van Gogh, era um ser humano falhado, suas obras não eram importantes, ele não tinha meio de sustento, não tinha família. Era como se ele vivesse sozinho no mundo. E nessa solidão, a orelha, que ouvia desaforos, o incomodava. Então, era melhor cortá-la. Mais de um século depois deste ato que mitifica ainda mais o seu universo, pense se dá ou não uma vontade de cortar as orelhas depois de ouvir as barbaridades políticas, econômicas, sociais e culturais às quais estamos expostos.
Escondam as facas, as tesouras, os canivetes porque eu quero cortar minhas orelhas. Minhas orelhas estão cheias de crise, de fome, de miséria, de roubo, de corrupção, de enchentes, de impostos, de guerra... Dá uma vontade de cortar as orelhas e sair correndo pelos campos de girassóis de Van Gogh e soltar O Grito. Ops, embora esse quadro tenha tudo a ver com o pintor holandês, é uma pintura do norueguês Edvard Munch. O grito de Van Gogh não foi retratado em tela, mas em um gesto. Cortem as orelhas."
domingo, 14 de fevereiro de 2016
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