A COR DAS ROSAS
Postado
por Mauro
Martins Santos em 20 dezembro 2015
das rosas amarelas, e ao depois todas elas.
Olhar as estrelas na brisa da noite, e todas as árvores,
e sentir seu perfume de folhas e inflorescências.
Amo observar toda a Criação em desfile perante meus
olhos.
O esconderijo da beleza que se traduz em poesia,
mesmo em pensamentos sem palavras
de forma latente e internalizada.
Senhor, obrigado por ensinar-me a ver
as maravilhas da Criação e há tantos que não querem
enxergar.
Um amigo que estava passando por uma decepção familiar,
certa feita falou-me: "Mas se sou preciso implorar pela intervenção divina
então Deus é arrogante, distante e ausente" - Não, repliquei - não pense
desta forma sob sentimentos convulsos. Disse apenas isso, pois não valeria a
pena desdobrar a discussão. Em outro dia talvez ele estivesse melhor.
Deus Pai nunca é ausente, mas como queremos receber Amor se
não oferecermos?
O postulado do Amor [bem como de todas as paixões, emoções e
sentimentos humanos] é uma lei cósmica universal de causa/efeito...
¹refletiva/reflexiva ,dos corpos e das forças místicas imensuráveis que povoam
o espaço, onde um oferece a massa o outro oferece a atração, e tal e qual de
forma sucessiva, nenhum corpo celeste orbitando no espaço despenca para o
infinito vazio. Essa mística entendida como estudo das coisas divinas e
espirituais; o que inclui toda a divina obra.
Assim é a lei da mecânica cósmica, do grande celeiro da
Criação, dos inimagináveis volumes de bilhões de vezes maior que o maior corpo
celeste conhecido pelo homem, até a menor vida conhecida e existente. A
cor das rosas e demais flores e coisas, só existe ao nosso sentido,
transformada que foi em sensação. Maravilha essa, que só passa despercebida
pela nossa ignorância, mal agradecimento e ter se tornada comum, assim
misturada e confundida à paisagem de nossa percepção.
Portanto muito, muito mais que as constantes mesquinharias
da existência humana, são todas essas, observem, mínimas amostragens do
imensurável Poder Criador. Desta forma, venhamos a compreender que só Aquele
que cria pode dispor de sua obra.
Se fossem os homens tão autossuficientes e de pretenso
poder, seriam eternos, para horror do mundo, visto que em média de vida: 73
anos os homens já devastaram a Terra, e o que não teriam feito em termos de
destruição, se vivessem... 200 anos, por exemplo.
O homem procura ao contrário dos animais não humanos a
prolatar no tempo sua pretensa superioridade em relação a seus semelhantes,
versada nos sentimentos peculiares a ele inerentes: ódio, inveja,
desprezo, arrogância, e o que julgo o pior de todos, a hipocrisia que
consegue camuflar todos os demais baixos sentimentos, fazendo-o um adorador da dissuasão que
ocupa o mesmo altar da dissimulação, as quais são afluentes da
grande e mais perigosa besta aquela gestada pelas opiniões das mediocridades
individuais.
Se atentarmos bem para este fato narrado, pessoas centradas
e de bom senso passarão a ter pena, compaixão dessas vítimas dos laços de
sentimentos exacerbados, apaixonados pelo complexo de superioridade - neste
caso a psicologia afirma ser um sentimento de compensação a um gatilho de outro
complexo que lhe é dominante: o de inferioridade. Na realidade é uma “persona”,
máscara, usada como disfarce de seu verdadeiro “eu” encerrado em sua alma e que
vive batendo nas paredes da argamassa de seu corpo para sair e ser a realidade.
Este posicionamento é básico a todos os tipos que ocupam
degraus no poder e aos aspirantes a isso, bem como aos escudeiros e verdugos de
plantão a serviço de seus “donos”.
Não é necessário perguntar se tais excrecências humanas tem
alguma crença acima do tampo de seus crânios, ou se ousam olhar o céu em noite
estrelada a se perguntar o que representa essa incalculável imensidão em
relação a eles, ao seu ínfimo porte e lugar no universo. Claro que não; e é
pura perda de tempo tentar imaginar isso. Mas se eles não pensam, pensemos nós.
Se eles nada creem, creiamos nós, nada perderemos com isso, estejamos certos!
Digo estejamos certos, porque a cor da rosa-flor não existe,
mas passa a existir em nossos sentimentos, por um mecanismo muito superior à
nossa vontade. De forma espontânea: luz-incidência-reflexão-²reflação.
E isso é no mínimo algo a se “refletir ou a se fazer uma
reflexão”.
¹ Na Física [não na língua portuguesa ou em
filosofia], reflexão difere da refração porque
nesta segunda ocorre alteração nas características do meio por onde passa a
onda. [O mérito destes dados da física carecem de outro ensaio, os interessados
podem encontrar esclarecimentos nas matérias que tratam da eletrônica e da
eletricidade - mesmo na ótica; nas matérias referentes ao campo da
emissão/incidência dos raios/feixes de luz.]
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