domingo, 20 de dezembro de 2015

A COR DAS ROSAS
Postado por Mauro Martins Santos em 20 dezembro 2015 


Gosto das cores contidas nas flores, gosto muito
das rosas amarelas, e ao depois todas elas.
Olhar as estrelas na brisa da noite, e todas as árvores,
e sentir seu perfume de folhas e inflorescências.
Amo observar toda a Criação em desfile perante meus olhos.
O esconderijo da beleza que se traduz em poesia,
mesmo em pensamentos sem palavras
de forma latente e internalizada.
Meus olhos fogem a se esconder em meio às ramagens.
Senhor, obrigado por ensinar-me a ver
as maravilhas da Criação e há tantos que não querem  enxergar.

Um amigo que estava passando por uma decepção familiar, certa feita falou-me: "Mas se sou preciso implorar pela intervenção divina então Deus é arrogante, distante e ausente" - Não, repliquei - não pense desta forma sob sentimentos convulsos. Disse apenas isso, pois não valeria a pena desdobrar a discussão. Em outro dia talvez ele estivesse melhor.
Deus Pai nunca é ausente, mas como queremos receber Amor se não oferecermos?

O postulado do Amor [bem como de todas as paixões, emoções e sentimentos humanos] é uma lei cósmica universal de causa/efeito... ¹refletiva/reflexiva ,dos corpos e das forças místicas imensuráveis que povoam o espaço, onde um oferece a massa o outro oferece a atração, e tal e qual de forma sucessiva, nenhum corpo celeste orbitando no espaço despenca para o infinito vazio. Essa mística entendida como estudo das coisas divinas e espirituais; o que inclui toda a divina obra.

Assim é a lei da mecânica cósmica, do grande celeiro da Criação, dos inimagináveis volumes de bilhões de vezes maior que o maior corpo celeste conhecido pelo homem, até a menor vida conhecida e existente. A cor das rosas e demais flores e coisas, só existe ao nosso sentido, transformada que foi em sensação. Maravilha essa, que só passa despercebida pela nossa ignorância, mal agradecimento e ter se tornada comum, assim misturada e confundida à paisagem de nossa percepção.

Portanto muito, muito mais que as constantes mesquinharias da existência humana, são todas essas, observem, mínimas amostragens do imensurável Poder Criador. Desta forma, venhamos a compreender que só Aquele que cria pode dispor de sua obra.
Se fossem os homens tão autossuficientes e de pretenso poder, seriam eternos, para horror do mundo, visto que em média de vida: 73 anos os homens já devastaram a Terra, e o que não teriam feito em termos de destruição, se vivessem... 200 anos, por exemplo.

O homem procura ao contrário dos animais não humanos a prolatar no tempo sua pretensa superioridade em relação a seus semelhantes, versada nos sentimentos peculiares a ele inerentes: ódio, inveja, desprezo, arrogância, e o que julgo o pior de todos, a hipocrisia que consegue camuflar todos os demais baixos sentimentos, fazendo-o um adorador da dissuasão que ocupa o mesmo altar da dissimulação, as quais são afluentes da grande e mais perigosa besta aquela gestada pelas opiniões das mediocridades individuais.


Se atentarmos bem para este fato narrado, pessoas centradas e de bom senso passarão a ter pena, compaixão dessas vítimas dos laços de sentimentos exacerbados, apaixonados pelo complexo de superioridade - neste caso a psicologia afirma ser um sentimento de compensação a um gatilho de outro complexo que lhe é dominante: o de inferioridade. Na realidade é uma “persona”, máscara, usada como disfarce de seu verdadeiro “eu” encerrado em sua alma e que vive batendo nas paredes da argamassa de seu corpo para sair e ser a realidade.

Este posicionamento é básico a todos os tipos que ocupam degraus no poder e aos aspirantes a isso, bem como aos escudeiros e verdugos de plantão a serviço de seus “donos”.

Não é necessário perguntar se tais excrecências humanas tem alguma crença acima do tampo de seus crânios, ou se ousam olhar o céu em noite estrelada a se perguntar o que representa essa incalculável imensidão em relação a eles, ao seu ínfimo porte e lugar no universo. Claro que não; e é pura perda de tempo tentar imaginar isso. Mas se eles não pensam, pensemos nós. Se eles nada creem, creiamos nós, nada perderemos com isso, estejamos certos!
       

Digo estejamos certos, porque a cor da rosa-flor não existe, mas passa a existir em nossos sentimentos, por um mecanismo muito superior à nossa vontade. De forma espontânea: luz-incidência-reflexão-²reflação.
E isso é no mínimo algo a se “refletir ou a se fazer uma reflexão”.


¹ Na Física [não na língua portuguesa ou em filosofia],  reflexão difere da refração porque nesta segunda ocorre alteração nas características do meio por onde passa a onda. [O mérito destes dados da física carecem de outro ensaio, os interessados podem encontrar esclarecimentos nas matérias que tratam da eletrônica e da eletricidade - mesmo na ótica;  nas matérias referentes ao campo da emissão/incidência dos raios/feixes de luz.]




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