A CABANA
DOS VENTOS
MISTERIOSOS
I
Os ventos que nos extraem
Pelo mal - algo que amamos -
Pelo mal - algo que amamos -
Não são os mesmos que nos traem
Pelos quais não clamamos,
Mas trazem o Signo estampado
Do bem; nesta eterna ânsia de amar...
II
E do terrível Mal ali perpetrado
II
E do terrível Mal ali perpetrado
O pensamento reluta lembrar.
Onde, estando bem à distância,
Encontrei na sinistra cabana revirada
As roupas de sangue... Minha ânsia!
Oh! Eterno amargor, hoje sou um nada
III
Não devo e não posso chorar...
Penso no terror em sua aflição,
De mim foi afastado seu rosto.
Levada para longe de mim
Lembro como numa maldição...
Esse meu infinito desgosto
IV
Não mais te encontrei querida,
Seqüestrada, extraída de mim!
Não vou chorar, embora a vida
Tenha sido mesmo assim
Lembrar o que me fora morto
Ainda me é preciso... perdoar?
V
Juntar um coração que se estilhaçou
Apesar de todo aquele amor filial
Um diabólico vulto insano, a assassinou!
*Inspirada no livro A Cabana de William P. Young
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