sábado, 28 de janeiro de 2012

UMA QUESTÃO DE TEMPO  - ///@//Rº S@//TºS

UNIVERSO BRILHANTE

Para se ter a pretensão de entender o universo, além de suas convicções pessoais, como tudo na vida, temos que ler, estudar, meditar, raciocinar, formar opinião, moldar-se a ela, aceitá-la e sempre que quizer mudar de opinião, pois trata-se de um assunto altamente complexo e cercado desde o misticismo assoberbado à religiosidade fundamentalista, ortodoxa, conservadora e agregadora de membros em torno da opinião ou dogma de um líder. Há certezas e dúvidas em torno dos assuntos complexos. Nada é final. Nada se pode chamar de definição. Afinal temos o céu sobre nossas cabeças!

Mas, para iniciar a curiosidade sobre o assunto é preciso se trabalhar com a ideia de espaço/tempo, começando com Galileu e Copérnico passando por Einstein e outros grandes nomes da astro-física chegando a Stephen W. Hawking (ler Uma Breve História do Tempo).

O conceito de velocidade implica num tempo para se percorrer determinada distância.
Pois bem, no universo que reconhecemos, há um limite de velocidade, medida pela "unidade" velocidade da luz. Como uma trena foto-lazer para simplificar ao máximo. Esta "unidade" de medida vai nos permitir aferir grandiosas distâncias. Como no caso a ciência astro-física elegeu esta "unidade" de medida é com ela que se vai medir as distâncias espaciais do universo. é o que ocorre nas citações de "ano-luz" ao se referir às  distâncias entre os corpos celestes.
Tomando por base a ficção da não existência do tempo ou sua concepção criada pelo homem, vamos supor que o tempo a ser percorrido entre uma cidade e outra seja de uma hora e cuja velocidade fosse de 80 quilometro/hora. Dobrando-se essa velocidade, o tempo seria dividido pela metade. Sendo certo isso, se, supondo que a velocidade fosse acionada para 60 vezes, ocorreria que faríamos o percurso em apenas um minuto. E isto também é certo.

Agora um porém. A matéria tem suas limitações de resistência. Ao atrito, à fricção, ao calor, ao frio e milhares de ingerências, quanto mais se aprofunda no desconhecido humano. Existe, não sabemos ao certo, um limite para a velocidade do deslocamento da matéria. Intuimos que a matéria não é a essência primordial no fator tempo/deslocamento/velocidade, já que convivemos com elementos e entidades mentais e endógenas do homem desmaterializadas: sentimentos, paixões, pensamentos, a imaginação, o raciocínio, deduções, prazeres, estados emocionais. E, a inteligência também não possui matéria.

Como vemos, ou melhor fotografamos com os olhos e nosso cérebro revela, e sabemos estar cercados de matéria, que a semiótica (ou semiologia) trata como sígnos ou símbolos. A semiótica é uma ciência relativamente nova, que filtrou o que é de melhor da filosofia, história, arte, matemática, e um sem-fim de outras ciências e trouxe à tona para simplificar tudo, como símbolos, inteligiveis e formadores de sentimentos diversos conhecidos do homem. 

Pois assim, a matéria então só existe em sua realidade, porque temos o detector de sígnos, nossos sentidos, que ao percebê-los ou sentí-los os delineam e mandam para a central: o cérebro. E aqui registro, as pessoas não veem as coisas da mesma forma.
 Pergunte a mil pessoas que pressenciaram um desastre, de automóvel por exemplo, e comparem as descrições se uma coincide com a outra, congruentemente.
Portanto, esse universo que chamamos "nossa realidade" é percebido por sentidos diversos, eivados de paixões, certezas e dúvidas, carregados de "virus" muitas vezes, não refletindo "uma verdade verdadeira", quase sempre periférica daquilo que nos cerca, não passando de opiniões, palpites, pareceres e com isto trabalham nossos cientistas teóricos e práticos, médicos e cirurgiões, mestres e doutores. E a justiça parte desse universo jurisprudencial e científico.

É certo que, quanto mais se aprofundam nos estudos de sua especialidade no campo da "nossa realidade",  mais apto se tornam a "perceber", "detectar", as variações da normalidade e anormalidade dentro de um universo de probabilidades, que cada vez menor se torna com o maior conhecimento que toma lugar em suas mentes. Nosso corpo endógeno e exógeno são inadequados a certas situações: quanto tempo duramos debaixo d'água sem proteção ou oxigênio ou quanto tempo resistimos pendurados à beira de um abismo, segurando nosso peso só com o uso dos dedos? Sem falar em nossos sentidos que são muito limitados.

O caso das cores é extremamente interessante (existe até uma terapia, a colorterapia) elas são por nós separadas ou reconhecidas porque cada uma delas emite um feixe de ondas de comprimentos diferentes uma das outras e pela sua extenção são captadas pelo nosso olho, que por sua vez sendo limitado, pode deixar escapar alguma por seu comprimento mínimo e máximo.

Falamos um pouco sobre nosso universo e de nós mesmos. Até mais!
PENSO. LOGO EXISTO.

 Por Mauro M. Dos Santos.  ///@//rº  S@//tºs



 O TEXTO –

Um texto não é para ser lido como se fosse uma obrigação, contando-se o que falta ainda ler. Ele é, simplesmente, o substrato material através do qual o autor procura se comunicar com o leitor. Este encontro deve ser prazeroso. O texto não vai sumir de sua frente como se fosse escrito com tinta mágica, logo não tenha pressa em terminar a leitura. Entre alguns temas, escolha para ler antes aquele que mai lhe chame a atenção. O importante é estar, ou interessar-se pelo que lê. Mas, sempre ler. A ciência já descobriu a neuróbica, exercício mental que a leitura proporciona. Quanto mais exercitar a mente com prazer!
PESSOAS E ANIMAIS
 Não há como estabelecer um limite entre os sentimentos das pessoas e dos animais. Precisamos perder a mania que temos de nos considerar o que há de melhor e mais importante na Terra. Já fomos suficientemente ridículos por pretendermos ser os únicos seres inteligentes do universo - o que acho é que somos por demais daninhos, maléficos e belicosos para que alienígenas se interessem por terráqueos - talvez vejam em nós os únicos seres, que no universo, mata seus semelhantes! Sabendo-se a insignificância do planeta que habitamos,  pertencente a um insignificante sistema centrado pelo sol, que por sua vez é uma insignificante estrela-anã e pertencente a uma insignificante galáxia, cuja sabedoria é realidade de Einstein a Hawking. A quem interessa se não a nós mesmos, ou outra agravante, o lixo terrestre dá temor que contaminemos o universo. O que logo começará: os EEUU querem colonizar a lua.
 Achar que somos significantemente superiores aos demais animais, ou seres vivos da Terra é reproduzir o egocentrismo ridículo que conversamos.Por certo que nós humanos temos características que nos diferenciam dos outros animais, dos vegetais e dos minerais. Mas, ao que consta a ciência, o objetivo das massas biológicas é a vida, dita como existência. Os átomos giram não à-toa. Se o objetivo é a vida, os animais não humanos também objetivam a vida e a preservação das espécies. E são felizes ao seu modo. Existem para serem também felizes para eles. Com isso a raça humana  se auto-atribuir a superioridade a tudo o mais existente com vida é algo longa e fartamente discutível.
 Não somos  só os humanos a ser equipados com uma consciência que por sua vez se insere em círculo psíquico-mental bem mais abrangente de uma "consciência" que se propala a estudos continuados. Ocorre que os estudos quando não humanos, não são levados tão a sério. Muitos parecem virar lendas, em  se tratando dessa "consciência" por exemplo da morte. Se há o instinto de preservação desde uma lagartixa ou minhoca até aos elefantes, frente ao perigo há que haver  em algum recôndito o senso da morte, que no caso dos elefantes, citados são os "cemitérios dos elefantes" localizados nos sítios onde nasceram, ao que consta voltarem para morrer onde nasceram. Por que razão ocorrer isto, se não lhes anteceder que estão para morrer. E o mugir dos bovinos quando passam por um local onde foi sacrificado um seu semelhante? E a piracema dos peixes voltando à origem de seu nascedouro? Os salmões? E tantos fatos que checam a "inteligência" dos homens?  É essa inteligência que leva o ser humano a se matar drogando-se, bebendo e fumando, aplicando-se overdose, correndo motorizado a altas velocidades embriagados e drogados? Os assassinatos de todos os gêneros. O ser humano se suicida. Um cão ou outro animal nunca foi registrado cometendo essas faltas. Com exceção do escorpião não conheço registro de “suicídio” (ainda assim quando o cercam com fogo, não sabendo a quem picar se auto-aplica o veneno pela ferroada em si mesmo). Repito, essa "consciência" é muito mais abrangente, e que nos individualiza.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

NOSSOS SONHOS

Não há quem em sã consciência que não acalente um sonho, diversos em espécie, qualidade e finalidade, mas sempre sonhos. Sonhos acordados.
Os sonhos que sonhamos dormindo são apemas sonhos. Os sonhos que sonhamos acordados são a essência de uma vida.
Para esse sonho, aquele desejo bem lá no fundo do coração - muitos têm mais de um - outros uma verdadeira coleção vamos colocar neste espaço, sugestões, pensamentos e experiências que sem serem auto-ajudas piegas, são um colóquio de amizade e cooperação à difícil e maravilhosa arte de ser amigos.
Milton já disse que "amigo é coisa preciosa que se guarda no coração".
Para começo, temos que descobrir na coleção, aqueles que são novos e aqueles que desejamos requentar por diversos motivos de interrupção, começar a persegui-los ou recomeçar sua busca, em sua nova situação ou versão atualizada. O momento da perquirição, ou o agora, você já planejou as maneiras de concretizá-los. Como já disse: escolhemos o sonho que desejamos em primeiro lugar, para não ficarmos correndo a esmo como a resposta do gato para Alice: - Quero ir embora. -  diz Alice. - Pergunta o gato: - para onde? - Para qualquer lugar responde Alice. - Então qualquer caminho te serve - diz o gato! Ou para quem não sabe para onde ir qualquer porto é paradeiro. Outra é aquele pensamento: "Quem procura o Divino além mares, corre o risco de perdê-lo dentro de si mesmo".
Não precisamos correr atrás de todos os sonho de uma só vez como vimos.

Outra bússula ou leme de suma importância são os mapas mentais cuja memória reteve os pormenores da estratégia. A vida nos dá o ímpeto da vontade, mas precisamos de uma mente preparada que possa aquilatar os perigos, transtornos, momentos propícios e estratégia de campo. Assim também verificamos o tamanho de nosso sonho: se podemos carregá-lo ou por falta de "combustível" teremos de abandoná-lo, o que é sumamente frustrante. Quanto ao preparo uma ferramenta útil como um canivete suiço é o livro: "Na verdade, devemos ler como se estivéssemos em busca de poder. O livro deveria ser como uma bola de luz em nossas mãos"- Esra Pound.


Não conseguimos realizar nossos sonhos, e me incluo nisso, porque estamos condicionados a um lugar que é nosso ninho. Nascemos nele, nossa mãe e pai o forraram com plumas quentes e macias, nos alimentaram na boca. deixaram-nos criar penas e ficar forte e grandões, daí arriscamos um pequeno vôo e se for incômodo logo voltamos ao ninho. Se chover nossa mãe nos cobre com as asas. Nada melhor que isso! Até aqui para que sonhos?.
Vem o pensador e nos diz o que muitos não querem ouvir: "Nós nos comportamos como se o conforto e o luxo fossem as necessidades prioritárias da vida, quando na verdade, tudo de que precisamos para ser felizes e algo que nos entusiasme." - Charles Kingsley.

Quando temos necessidade de sair fora do ninho, logo nos sentimos desconfortáveis, ficamos desencorajados por muito tempo, e cansados antes de qualquer esforço. Digamos até exaustos só de pensar em abandonar o ninho. Por isso olhamos em volta à distância de um braço, ou extenção do ninho a fim de catar o que havíamos começado e parado como "um crochê" qualquer, retomamos pensamentos surrados de tanto pensar, coisas, emoções amenas mais familiares, mais repitivas, enfim nada mais comprometedor que requira uma atenção sequencial. Porque "é dificil combater um inimigo que ocupa um posto avançado dentro de nossa cabeça"

Muitas pessoas navegam sem rumo como se fosse uma criança no comando de um transatlântico. Um eterno sonho infantil. Para realizar os sonhos acordados, temos que ser adultos no comando, temos que despertar a criança e ser adulto. Disse Churchil: "De tempos em tempos, as pessoas tropeçam na verdade; mas rapidamente se recompõem e seguem adiante como se nada tivesse acontecido".

A verdade que dói é que, ir atrás do maior sonho que você elegeu é tão trabalhoso quanto você fazer um faxina pesada, juntando tudo aquilo que você guardou como se fosse útil há anos. Você não deseja mais aquela quinquilharia, mas vai protelando, terá que ler quase tudo para separar, examinar cada objeto. O negócio é pensar: já que eu vou, passar o resto de minha vida fazendo alguma coisa, por que não começar por esta faxina, por este trabalho, por esta inciativa, ou algo que eu queira?

Outra coisa que é inerente a todos nós, razão pela qual não estarmos realizando os sonhos, o problema é nosso, está dentro de nós. Mas fingimos que nada temos a ver com as derrotas: foi o destino, não era a hora, não era para mim mesmo. E o pior jogamos a culpa nas coisas, pessoas e situações diversas - é lógico - fora de nós. "Este é um mundo em que as pessoas não sabem o que querem mas estão dispostas a mover céus e terras para conseguí-los. É o  "marcar passo" da ordem unida militar, continuam marchando, mas sem sair do lugar. Ou o final da famosa peça Esperando Godot: "Vamos."
"Sim vamos." E os dois não se movem. (Palavras finais da peça, de Samuel Beckett).

É um desperdício, ver tanta gente capaz (olhem para Stephen W. Hawking, totalmente deformado por uma doença degenerativa, que o tornou uma bola deformada - passando a vida na cadeira de rodas) e mantém aos 70 anos, a mente completamente brilhante tendo escrito com um só dedo, o que resta funcionando, diversos livros de física e astronomia. É comovente a busca de seu sonho, mesmo enclausurado numa redoma de sofrimento.

É triste, mas necessário paralelos, em frente ao desperdício de milhões de maneiras que fazemos das vidas. E, no entanto mesmo sabendo desse desperdício o mundo dos seres humanos continua esperando Godot. Abandonamos o desejo de nosso coração - mas, em algum lugar bem no fundo sabemos disso. E, mesmo não lembrando  extamente todo o delinear do sonho, sentimos falta dele.

///@//ro S@//tos - AGL                                                       santos.mauro@yahoo.com.br

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Arte Medieval


Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a Igreja Católica exerce forte controle sobre a produção científica e cultural. Essa ligação da cultura medieval com o catolicismo faz com que os temas religiosos predominem nas artes plásticas, na literatura, na música e no teatro. Em todas as áreas, muitas obras são anônimas ou coletivas.

Artes plásticas – Criada para exaltar Deus e os santos católicos, a arte medieval difere da representação idealizada da realidade, típica da Antiguidade Clássica. As obras têm aspecto ornamental, com formas estilizadas. Predominam temas bíblicos, e a simetria é a base das composições.

A arte mais desenvolvida é a
arquitetura, com a construção de inúmeras igrejas. Entre os séculos VIII e X, surgem novas atividades, como a iluminura (ilustração manual de livros), a tapeçaria, a ourivesaria e os esmaltes. Com as invasões bárbaras, a arte adquire descontração e colorido.

No século XII, desponta
o estilo gótico, marco do período medieval. Embora de origem incerta, é na França que assume as características mais marcantes. Depois se espalha pela Europa e vigora até o século XV. O termo gótico é criado no Renascimento, com conotação pejorativa: godo era sinônimo de bárbaro. Na pintura e na escultura, usadas fundamentalmente para decorar templos, as figuras são esguias e delicadas. O tamanho dos personagens depende de sua importância social ou religiosa.

Na transição para o Renascimento, a pintura incorpora o naturalismo e noções de perspectiva, que depois distinguiriam o classicismo. Um exemplo são os murais sacros do italiano Giotto (1266?-1337), considerado o primeiro artista a assinar uma pintura.

Literatura – As formas literárias medievais típicas são as novelas de cavalaria e o trovadorismo. Principal prosa da época, as novelas narram aventuras guerreiras, desenvolvendo temas ligados aos cavaleiros medievais, como a valentia, a fidelidade ao soberano e o cristianismo. A maioria das novelas tem caráter religioso, mas trata também do amor cortês, idealizador da mulher. Destacam-se as aventuras do lendário rei Artur, do País de Gales, que teria fundado a Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda. A assimilação das novelas de cavalaria pela Igreja, que as utiliza como instrumento doutrinário, faz surgir A Demanda do Santo Graal.

O trovadorismo, que celebra formas idealizadas de amor, em geral platônico e inatingível, tem início no sul da França, no século IX, e domina o cenário literário europeu por dois séculos. Em Portugal, só aparece no fim do século XII. Poetas-cantores compõem poemas, chamados de cantigas, para ser cantados e acompanhados por instrumentos. As obras classificam-se em líricas – as cantigas de amor e de amigoe satíricas – as cantigas de escárnio e de maldizer.

No
século XIV, em plena transição para o Renascimento, há grande produção literária, principalmente na Itália. Elementos do cristianismo misturam-se ao humanismo nascente. Francesco Petrarca (1304-1374), no Cancioneiro, glorifica o amor e fixa a forma do soneto. Dante Alighieri (1265-1321), na Divina Comédia, faz uma alegoria do percurso da alma em busca de Deus. Em Decamerão, Giovanni Boccaccio (1313-1375) mescla valores cristãos a temas burlescos.

Música – A música medieval caracteriza-se pela combinação das notas em modos, ou seja, de acordo com a função e o texto cantado, o compositor usa uma escala diferente. As principais formas musicais são as salmodias – cantos de salmos ou parte de salmos da Bíblia – e as himnodias, cantos realizados sobre textos novos, numa única melodia, sem acompanhamento. Com a expansão do cristianismo, no século VI a Igreja unifica a liturgia conforme as regras do papa São Gregório I, o Magno (540-604). O canto gregoriano, sempre em latim, língua oficial do catolicismo, é o único aceito nas igrejas. As composições baseiam-se na simplicidade, na austeridade e na homofonia – todos os cantores entoam a mesma melodia a uma só voz. No século XI, o monge beneditino Guido d''Arezzo (990-1050) sistematiza a notação musical, a base para a elaboração de partituras. Os sistemas de notação impulsionam a polifonia (duas ou mais melodias independentes superpostas), que no século XII desenvolve-se com a música dos compositores que atuam na Catedral de Notre Dame.

No
século XIII, surge a ars antiqua (arte antiga), cuja marca é a independência rítmica das melodias e a preocupação de compor uma música sem dissonância. As obras passam a ser assinadas, e cria-se a figura do compositor. Os principais são Petrus de Cruce e Adam de la Halle (1250-1306). No século XIV, desenvolve-se a ars nova (arte nova), movimento que busca romper com as regras até então aceitas.

Em plena crise da Igreja, a música secular predomina sobre a sacra. A atividade de compositores profanos desse período é marcada pelos minnesangers e meistersangers germânicos e pelos trovadores franceses. Suas composições, de cunho popular, incluem canções de amor, canções de cruzadas, lamentações, duelos poético-musicais e baladas. Com maior liberdade de ritmo, aparecem novas formas vocais, como o rondó e o madrigal. Na área religiosa, a novidade são as missas. Um dos principais compositores é Guillaume de Machaut (1300-1377), autor da missa polifônica mais antiga que se conhece: Missa de Notre Dame (1364).

Teatro – Apesar de o teatro escrito no modelo greco-romano ser proibido pela Igreja Católica, a manifestação teatral sobrevive no início do período medieval com as companhias itinerantes de acrobatas, jograis e menestréis. A partir do século X, a Igreja adapta-o à pregação católica e às cerimônias religiosas.

Dramas litúrgicos são encenados nas igrejas. Depois se desenvolvem outras formas, como milagres (sobre a vida dos santos), mistérios (discutem a fé e misturam temas religiosos e profanos) e moralidades (questionam comportamentos). As encenações passam a ser ao ar livre por volta do século XII e se estendem por vários dias. Aos poucos, os espectadores assumem papéis de atores, conferindo às apresentações um tom popular. Uma das primeiras obras independentes da liturgia é a francesa Le Jeu d''Adam (1170). Nessa época os textos, em geral, são anônimos. No século XIII, na Espanha, surgem os autos, peças alegóricas que tratam de temas religiosos, encenadas em palcos provisórios. A proibição, pela Igreja, da mistura de temas religiosos com profanos – processo que se consolida no fim do século XIV – provoca o aparecimento das comédias medievais, totalmente profanas. Uma peça importante é Farsa do Mestre Pierre Pathelim, do século XIV, que mostra advogados e juízes como trapalhões sem caráter. Na França, a primeira sala permanente de teatro é aberta no início do século XV. A primeira companhia profissional da Inglaterra é montada em 1493.

                       (Adaptação M.Santos – AGL – Academia Guaçuana de Letras

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

TEMPO - ///@//rº S@//tºs

Os dias podem parecer iguais no tempo biológico e cronológico. O relógio - invenção humana - abate, suprime as partículas do tempo - "tempus fugit". Só o homem tem capacidade de acrescentar valores aos seus dias.

                                                                     ///.S
DU CHAMPS

Quando Du Champs, num aparente misto de rebeldia, desencanto e sarcasmo - em que pese a sua genialidade - assinou seu famoso urinol, do tipo daqueles colocados nas paredes dos W.C masculinos: como fosse um ready made, ou l'object trouver . Ao fazê-lo, assinou junto um dos maiores atos criativos do mundo, embora tenha causado horror, espanto e aversão nos meios artísticos e criticos de arte dos salões de exposição de sua época. Superpôs sua famosa assinatura a um objeto manufaturado, um artefato.
Ele quis desatolar a vitória da arte atemporal e sem fronteiras em contraponto à secularidade do artefato, produto industrializado aos milhares por isso tão efêmero quanto a raça humana. 
Para uns, Du Champs estava louco, para outros um desvairado e rebelde desencantado. Mas a verdade é que o ato de Du Champs em expor o urinol assinado por ele,  praticou a vitória da arte sobre o artefato para  a posteridade, ficando   também  conhecido como um dos maiores atos criativos já produzidos em artes plásticas.   ///@//rº S@//tºs 

                                                               ///.S

A força mais desagregadora do universo é a língua a serviço da maledicência. 

Nenhum amigo preencherá as lacunas da nossa alma ou da nossa solidão, mas é na amizade, com todas as suas limitações, que experimentamos o amor incondicional e iluminado de Deus.
                                                             ///.S  

Estava de olhos fechados mas não estava dormindo, eu estava olhando para dentro.
                                                (Joseph Joubert)

O gênio inicia belas obras; só o trabalho as termina.

                                                            ///.S

O único prazer verdadeiro é o da atividade criadora
                                                  ( Leon Tolstoi)

A sabedoria dos sensatos e a experiência dos tempos devem ser conservadas pelas citações.                                  
                                                       (Disraeli)

Aquele que confia um grande segredo a outro, é o primeiro a desconfiar de seu confidente.  ///@//rº S@//tºs

                                                          ///.S

Confiar um segredo a alguém é disseminá-lo. 

Nunca me envolvi em intrigas por nunca ter avalizado segredo de ninguém. 

Existem os segredos de votos e profissão e os segredos de segunda mão.

Aquele que te pede sigilo é o primeiro a contar. 

O segredo mais bem guardado é aquele que ainda não  existe.

O segredo do sucesso está na perseverança acompanhada da criatividade.                                                        

                                                     ///@//rº S@//tºs

Agem com arrogância quem ensina aos outros o que eles próprios desconhecem.

Um homem que entortou a própria vida, nesse estágio, nunca poderá endireitar os outros.
                                                            
                                                    ///@//rº S@//tºs

Atrás de um grande homem atarefado, sempre existe uma mulher...cansada, triste, chateada, estressada...
                                                       (camiseta)


FRASES DE JORNAL

"Minha família sempre me protegeu muito, mas eu tive que estudar sozinha. Tive que ter coragem para continuar na escola, porque muitos tinham aquela visão de que os índios são bêbados, vagabundos (...) No mestrado, um professor chegou a repetir  em aula, sem saber que eu era índia, os mesmos estereótipos sobre os indígenas"

Maria das Dores de Oliveira Pankararu - índia pankararu que amanhã será a primeira indígena do país a obter um título de doutorado (Folha de São Paulo 18 de abril de 2006)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PENSAMENTOS

As gloriosas cuecas de muitos governantes são a imundície de suas mentes corrruptas.  - Fausto Rodrigues Lima, Promotor de Justiça Federal. -

É melhor mirar as estrelas e acertar as nuvens, do que mirar muito baixo e acertar o chão.  - Daniel Godri -

A fraternidade é sempre construida, nunca é encontrada pronta.

É de Deus que desce o calor benéfico da centuplicação dos esforços.

A melhor da conversões é o amor ao próximo, porque, para ir a Deus, nunca conseguiremos ir só...onstroi

A fraternidade sempre se constrói, nunca é pré-fabricada.

Deus nunca exigiu de mim a perfeição, mas sim a autenticidade.
Deus não me vê como eu sou, mas sim o que posso ser com o Seu poder.

A especialidade de Deus é realizar o impossível.

Ainda que eu não perceba a presença de Deus, sempre perceberei a sua ausência. - Daniel Godri -

A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas. - Johann Goethe - 

A palavra é do tempo, o silêncio da eternidade. Por isso o Eterno nos fala em silêncio.

(...) Quando fazemos aquilo que nos dá prazer: - "O coração vai fazendo dentro o que as mãos vão fazendo fora" - Rubem Alves - Um Céu Numa Flor Silvestre - página 42.

(...) Por fora e no provisório, mas artista na alma e no definitivo. - Rubem Alves, falando de um artesão em Um Céu Numa Flor Silvestre -

Acreditar em algo e não o viver é desonesto.

Quanto mais puro for um coração, mais perto estará de Deus.
- Mahatma Gandhi -

Quem ama não vê defeitos. Quem odeia não vê qualidades.

Fazer frases capazes de estremecer a lógica e desafiar o óbvio, não é absolutamente fácil.

Falar com propriedade sobriedade às pessoas e escrever de maneira não pedante, que todos se beneficiem do conteúdo pelo lazer e saber é tarefa difícil, que põe constantemente o escritor se policiando para criar um estilo, e este ser seu caminho.

A sequência de pensamentos interiores de nosso ego, não podem e não devem ditar nossa personalidade, como um tirar e colocar máscaras. Devemos ser sóbrios, delegando à vontade o direito e o dever do raciocínio da inteligência.

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Já não basta existir um dia após o outro, se for assim, viver para quê? O homem tem que lançar mão hoje das feramentas que a atualidade vem dispondo e melhorar sua vida com o passar do tempo. Não há fórmulas mágicas, nem tempo pré determinado, porque não somos amebas. A busca de um dia melhor é próprio do ser humano não desprovido de espírito. O Criador em sua sapiência dotou o humano com a vontade da experiência a qual resulta na criatividade que gera a imaginação que é o ponto futuro da criatividade.
Cada milímetro e evolução e atualidade experimental ao longo dos milênios, representa à humanidade atual as maravilhas da eletrônica e da informática. Não teria o osso lançado para cima que caiu na cabeça do homem ancestral, tido o mesmo impacto do facebook ao atual ser humano? Uma vez caido em sua cabeça, doeu, fez um galo, daí...se batesse com ele em um ser vivente iria ter o mesmo efeito. E, quanto maior, maior impacto. Conclui-se singelamente, que cada evolução, mínima no atoleiro do milênios, contribuiu para nossa evolução pessoal. A saga irá continuar como assim caminha a humanidade.   

domingo, 1 de janeiro de 2012

IMAGENS FELIZES


Andorinhas sobre os telhados planando

Roupas  acenando nos varais

Folhas secas como pipas flanando

Chuva jogando gude nos quintais.

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REGRAS PARA BEM VIVER

1. Domine a língua. Diga sempre menos do que pensa. Cultive uma voz baixa e suave. O modo de falar impressiona mais do que aquilo que se fala.
2. Pense antes de fazer uma promessa e depois não a quebre, nem dê importância ao quanto custa cumpri-la.
3. Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
4. Tenha interesse interesse sincero nos outros, nas suas ocupações, em seu bem estar, seus lares e família. Seja sempre alegre com os que riem e seja compassivo com os que choram. Aja de tal maneira que as pessoas com quem se encontrar sintam que você realmente lhes dispensa atenção elhes dá importância.
5. Seja alegre. É o mesmo trabalho do que mostrar irrritação. Sorria ás pessoas com quem se relaciona. É dificil, mas esconda suas dores, para não aumentar as de quem sofre. Disfarce seus desapontamentos que são só seus, suas inquietações perante as dores alheias, encobrinado-os com um sorriso. Ria das histórias boas e aprenda a contá-las a quem precisa. 
6. Mantenha a mente aberta para todas as questões que podem gerar discussões e polêmicas. Investigue as questões, mas não argumente, intermedie com palavras brandas e quanto possível neutras aos assuntos ao redor. Se discordar que o seja próprio das grandes mentalidades que conserva em alto grau a amizade do oponente.
7. Deixe que suas virtudes - reconhecidas por outros não por você - falem por si mesmas, evitando ressaltar ou insinuar faltas e fraquezas de outros. Quando fala mal de alguém, até para com quem divide o assunto, estará com sua pessoa diminuida.
8.Tenha cuidado com os sentimentos dos outros. Cada pessoa cultiva seu íntimo diferentemente. Gracejos e críticas ás vezes são recebidas bruscamente e repelidas - e é você a sair magoado, de forma quando menos se espera.
9. Não faça questão das observações não agradáveis a seu respeito. Viva de modo que ninguèm as acradite.
10. Não seja excessivamente zeloso e observador fiel de seus direitos. Outras pessoas mais simples podem não atingir esse nível de conhecimento. Não haja de formas anteriores que permitam liberdades que não lhe agradem. Trabalhe, tenha o cultivo da paciência e da calma, aprenda que a vida que o circunda o fará esquecer de si mesmo. E, com isso receberá a recompensa para bem viver.

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Qualquer miserável comum terá em sua última morada, mais vizinhos, companheiros, amigos e colegas do que jamais qualquer poderoso vivo teve ou terá em sua vida. (Mauro Santos)

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O TEMPO

O TEMPO É MUITO LENTO PARA AQUELES QUE ESPERAM.
MUITO RÁPIDO PARA AQUELES QUE
TEMEM.
MUITO LONGO PARA AQUELES QUE
CHORAM.
MUITO CURTO PARA AQUELES QUE
REJUBILAM.
MAS PARA AQUELES QUE AMAM, O TEMPO
É ETERNIDADE

(Lido no funeral de Lady Diana)