quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

ALEXANDRE - O GRANDE, E O MENDIGO NU...

Diógenes - Óleo de Sir John Watherhouse


ALEXANDRE - O GRANDE, E O MENDIGO NU

Alexandre, o Grande, encontrou Diógenes, que era um mendigo nu, com apenas uma lâmpada, sua única posse. E mantinha sua lâmpada acesa mesmo durante o dia. Ele, obviamente, estava se comportando de maneira estranha, e até mesmo Alexandre teve de lhe perguntar: — Por que essa lâmpada acesa durante o dia? Ele levantou sua lâmpada, olhou para o rosto de Alexandre e disse: — Estou à busca do homem de verdade dia e noite, e não o encontro. Alexandre ficou chocado. Um mendigo nu dizer esse tipo de coisa a ele, um conquistador do mundo. No entanto, ele podia ver que Diógenes era altivo em sua nudez. Os olhos eram serenos, o rosto tão pacífico, suas palavras tinham autoridade, sua presença era tão tranquila, que o próprio Alexandre sentiu-se  um mendigo frente dele. Ele escreveu em seu diário: ‘Pela primeira vez senti que a riqueza é algo diferente de ter dinheiro. Eu vi um homem rico’.

A MENTE ESTÁ SEMPRE MENDIGANDO

Um mendigo bateu na porta do palácio. Por acaso, o rei estava saindo para sua caminhada matinal no jardim, de modo que ele próprio abriu a porta.
— Este parece ser um dia de sorte para você — disse o mendigo.
— Para mim ou para você? — falou o rei.
— Isso será decidido no fim do dia. Sou um mendigo, e peço apenas uma coisa: tenho essa tigela de esmolas; pode enchê-la com qualquer coisa que você queira?

O mendigo parecia um pouco estranho. Seus olhos eram os de um místico, e seu discurso não era o de um mendigo, e sim de um imperador. O rei ordenou que seu primeiro-ministro enchesse a tigela do mendigo com moedas de ouro, para que pudesse lembrar que batera na porta de um rei, e que ele foi um afortunado. (...) E, então, o problema começou. Quando o primeiro-ministro trouxe um saco de moedas de ouro para encher a tigela, todas desapareceram, e a tigela permaneceu vazia. Mais moedas, mais moedas... Diamantes, rubis, esmeraldas. Tudo desapareceu na tigela, que permaneceu vazia. Por fim, o rei perdeu tudo. Era noite. O rei era teimoso, mas agora não adiantava, ele não tinha mais nada para dar. Ele caiu aos pés do mendigo e lhe perguntou o segredo da tigela: (...)

— Basta olhar atentamente para a tigela. Ela é feita do crânio de um homem. Dentro do crânio do homem está a mente. Despeja-se tudo nela e tudo desaparece. Ela está sempre pedindo mais, e está sempre vazia. Ela é sempre um mendigo, não se pode mudar isso. A única coisa que pode ser feita é compreendê-la – esclareceu o mendigo. Esta é a sua situação também. Você não conseguirá satisfazer a si mesmo se ouvir a mente; no entanto, se não ouvir a mente, nesse exato momento a satisfação será toda sua.
Que aprendamos a ser instrumentos da paz e  do bem e que nossas palavras sejam sempre para acolher o outro, acredito que devemos somar forças, subtrair as tristezas, dividir amor e multiplicar o bem.
* Texto publicado em DIVERSAS fontes e épocas.

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