KAREL FRANS PHILIPPEAU - Uma prece na estrada - Óleo sobre painel - 39,6 x 50,2
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
HORIZONTES
Pese a ser uno de los nombres claves en la historia de la pintura de
paisajes en Antioquia, Francisco Antonio Cano [Colombia] murió pobre y casi en
el olvido. Su deseo fue que lo enterraran sin identificarlo, ya que sentía
que no hacía parte de ninguna religión.
HORIZONTES
Julgo difícil o
"Eu poético"
ter de escolher
ter de escolher
uma pétala de flor
do "Jardim de Poesias",
do "Jardim de Poesias",
estranhar íntimos
caminhos e vir a se perder.
Ocorre, o estranho e
difícil,
porque a poética
porque a poética
nos induz a fazer existir
discrição nas preferências.
discrição nas preferências.
Mas o acolher da
Saudade
é sempre apática,
é sempre apática,
é o regresso ao
recôndito
da alma, a essência...
da alma, a essência...
Pois
são letras
que se movem,
que se movem,
se modulam
se inteiram...
Se consomem.
A poética vida,
se não a se consome
como dádiva,
de per si é consumida!
Disse o ¹poeta:
"Não tenho paredes,
só horizontes."
A vida é muito mais
que o horizonte
visto
de sua janela! Bem
mais...
Vá mais longe...
Vá mais longe...
[M. Martins Santos]
_____________________________________________
¹ Mário
Quintana
sábado, 24 de fevereiro de 2018
A CARTA INÉDITA DE RUBEM ALVES
A CARTA
INÉDITA DE RUBEM ALVES
Aberta pós morte.
Sou grato
pela minha vida.
Não terei
últimas palavras a dizer.
As que
tinha para dizer, disse durante a minha vida.
Recebi
Muito. Fui muito amado. Tive muitos amigos. Plantei árvores, fiz jardins.
Construí fontes, escrevi livros.
Tive filhos, viajei, experimentei a beleza,
lutei pelos meus sonhos. Que mais pode um homem desejar? Procurei fazer aquilo
que meu coração pedia.
Não tenho
medo da morte, embora tenha medo do morrer.
O morrer
pode ser doloroso e humilhante, mas à morte eis uma pergunta: - Voltarei para o
lugar onde estive sempre, antes de nascer, antes do Big Bang ou (COMEÇO DO
UNIVERSO)?
Durante
esses bilhões de anos, não sofri e não fiquei aflito para que o tempo passasse.
“Voltarei
para lá até nascer de novo.”
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
ALEXANDRE - O GRANDE, E O MENDIGO NU...
ALEXANDRE - O GRANDE, E O MENDIGO NU
Alexandre, o Grande, encontrou Diógenes, que era um mendigo nu, com apenas uma lâmpada, sua única posse. E mantinha sua lâmpada acesa mesmo durante o dia. Ele, obviamente, estava se comportando de maneira estranha, e até mesmo Alexandre teve de lhe perguntar: — Por que essa lâmpada acesa durante o dia? Ele levantou sua lâmpada, olhou para o rosto de Alexandre e disse: — Estou à busca do homem de verdade dia e noite, e não o encontro. Alexandre ficou chocado. Um mendigo nu dizer esse tipo de coisa a ele, um conquistador do mundo. No entanto, ele podia ver que Diógenes era altivo em sua nudez. Os olhos eram serenos, o rosto tão pacífico, suas palavras tinham autoridade, sua presença era tão tranquila, que o próprio Alexandre sentiu-se um mendigo frente dele. Ele escreveu em seu diário: ‘Pela primeira vez senti que a riqueza é algo diferente de ter dinheiro. Eu vi um homem rico’.
A MENTE ESTÁ SEMPRE MENDIGANDO
Um mendigo bateu na porta do palácio. Por acaso, o rei estava saindo para sua caminhada matinal no jardim, de modo que ele próprio abriu a porta.
— Este parece ser um dia de sorte para você — disse o mendigo.
— Para mim ou para você? — falou o rei.
— Isso será decidido no fim do dia. Sou um mendigo, e peço apenas uma coisa: tenho essa tigela de esmolas; pode enchê-la com qualquer coisa que você queira?
O mendigo parecia um pouco estranho. Seus olhos eram os de um místico, e seu discurso não era o de um mendigo, e sim de um imperador. O rei ordenou que seu primeiro-ministro enchesse a tigela do mendigo com moedas de ouro, para que pudesse lembrar que batera na porta de um rei, e que ele foi um afortunado. (...) E, então, o problema começou. Quando o primeiro-ministro trouxe um saco de moedas de ouro para encher a tigela, todas desapareceram, e a tigela permaneceu vazia. Mais moedas, mais moedas... Diamantes, rubis, esmeraldas. Tudo desapareceu na tigela, que permaneceu vazia. Por fim, o rei perdeu tudo. Era noite. O rei era teimoso, mas agora não adiantava, ele não tinha mais nada para dar. Ele caiu aos pés do mendigo e lhe perguntou o segredo da tigela: (...)
— Basta olhar atentamente para a tigela. Ela é feita do crânio de um homem. Dentro do crânio do homem está a mente. Despeja-se tudo nela e tudo desaparece. Ela está sempre pedindo mais, e está sempre vazia. Ela é sempre um mendigo, não se pode mudar isso. A única coisa que pode ser feita é compreendê-la – esclareceu o mendigo. Esta é a sua situação também. Você não conseguirá satisfazer a si mesmo se ouvir a mente; no entanto, se não ouvir a mente, nesse exato momento a satisfação será toda sua.
Que aprendamos a ser instrumentos da paz e do bem e que nossas palavras sejam sempre para acolher o outro, acredito que devemos somar forças, subtrair as tristezas, dividir amor e multiplicar o bem.
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
domingo, 18 de fevereiro de 2018
NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO
O Amor é um sentimento nobre demais para se
viver mendigando.
NÃO REMENDE ROUPA VELHA COM PANO NOVO
O título pode parecer díspar frente ao que
vai ler, mas à medida da leitura do assunto, ele se encaixa.
O Amor entre um casal é na verdade pouco
falado como se deve. Ou é colocado quase sempre sobre os trilhos da teologia,
dos aconselhamentos vestidos de autoajuda, ou tecnicamente pela
psicologia-social e outras áreas se o caso for específico. Na grande razão só
deveria vir de forma natural, como o verdadeiro sentimento que é - da
composição do ser humano e sua atração pela outra pessoa.
À medida que o casal precisa de constante...
repito - constante intervenção externa
nos moldes citados, mais inclusive o policial e seus desdobramentos para o
jurídico, começamos a pensar no que o título deste ensaio tem a nos dizer.
A História tem fatos reais e romances às
centenas - sobre uniões baseadas nos interesses financeiros, nobiliárquicos ou
políticos, onde um dos cônjuges - normalmente eram as mulheres que mais sofriam
- passavam a ser somente um objeto sexual, uma serviçal e 'boa' parideira. Que,
aliás, a sequência maternal em série, era para mantê-las confinadas aos filhos
- para os homens de posses, terem tempo livre para seu harém espalhado pela
cidade e vizinhanças, ou nos lupanares. Houve casos, não poucos, de internações
de mulheres sadias como loucas, por maridos fazendeiros ricos, para livrar-se
delas no famigerado hospital do “holocausto brasileiro” de Barbacena-MG [De
1903 a 1980, mais de 60 mil pessoas morreram no Hospital Colônia, e boa
produção de cadáveres eram vendidos para faculdades de medicina. Tal manicômio
desativado na década de 80 era localizado na cidade de Barbacena, em Minas
Gerais. - *Leia mais em
http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/chocante-documentario-conta-historia-do-hospicio-mais-cruel-do-brasil--13240?cpid=txt.
De volta ao fluxo do relato principal: já os
pobres tinham muitos filhos pelo contrário dos ricos, por não terem dinheiro
para os lupanares e orgias. Não obstante, obtinham a domicílio mesmo, muitas
mãos de obras, comuns desde as crianças a partir dos seis anos de idade, em
qualquer serviço.
Hoje estes fatos não são mais segredo para
ninguém. Até o nosso rei ou Príncipe Regente Dom Pedro I, teve seus casos de
lazer sensual nos lupanares e com diversas bailarinas francesas, com pelo menos
duas teve filhos, e se envolveu por mais tempo com Domitila de Castro Canto e
Melo - que elevou a Marquesa de Santos - também não lhe sendo fiel, pois teve
um filho com a sua “lugar- cunhada”, irmã de sua amante Domitila, a qual morava
no Rio de Janeiro. E, existiram outros casos de Sua Majestade Dom Pedro de
Orleans e Bragança. - Se já houvesse a ‘Jovem Guarda’ ás tardes de domingo, Sua
Majestade cantaria com Erasmo Carlos: “Eu sou Terrível”.
Hoje felizmente apesar de uns pesares há uma
maior liberação e algum apoio maior às mulheres. E há em curso várias
reivindicações de iniciativa delas e de parlamentares.
Quando me formei em Ciências Jurídicas e
Sociais, nos anos 80, não havia a Delegacia da Mulher, nem a Lei Maria da
Penha, que de forma inconteste foi um avanço no reforço à defesa da mulher,
além de juridicamente no Código Penal e Processo Penal, artigos que tratavam da
"honra do marido traído" mesmo nos casos de homicídio, também no
Código Civil e seu diploma regulamentador o CPC. O capítulo, parágrafos e
artigos que tratam da família (Direito de Família); *as separações:
pós-divórcio (antes não contemplados pelo desquite) e direitos da mulher
cônjuge ou companheira que convivam maritalmente sobe o mesmo teto, teve
modificações, que recaem a bem da mulher, e outras edificações jurídicas.
Neste contexto, ao Amor não cabe imposição,
interesses familiares ou grupais. Não cabe mais construir metáforas romanescas,
o sofrer por sofrer de amor... como nos contos de fadas em que do interior da
Fera sempre houvera esperança de ressurgir um príncipe para a Bela retratar sua
saga em lindos acalantos. Se assim fora, maravilha! Mas quando comprovadamente
a Fera for realmente 'fera' - não há alternativa se não sair desse
relacionamento escravagista, repleto de pancadaria, infidelidade e desamor,
onde a mulher é mais objeto do que um traste jogado no sótão. Mas nunca se
esquecendo, sem falso puritanismo, de que também de própria e livre iniciativa
da mulher se faz objeto sexual de forma sórdida e extremamente passiva; se
vende e se escraviza à devastadora pornografia e se doa a outro ser humano por
diversas razões... Vejam-se os ‘programas’ pelas avenidas, ruas e becos ‘de amargura’, filmes,
vídeos além dos programas televisivos levados para o interior de nossas salas,
beirando a raia de dejetos.
*
Só relembrando, uma personagem já citada -
Domitila - conta a História, por exemplo, que ela recebia constantes
espancamentos por Felício seu primeiro marido, do qual mesmo ela tendo sofrido
tentativa de homicídio (hoje, não sei por que, se diz feminicídio) como se as
mulheres não fossem da espécie humana; fossem Extras Terrestres. Mas, Domitila
sofria de Felício inúmeras agressões
físicas - Felício era oficial mineiro do Corpo dos Dragões de Vila Rica .
Tentou Felício se reconciliar com Domitila, dizendo-se regenerado; mas não; a
bebida, a violência de caráter e o jogo de cartas o levaram a produzir duas
facadas em Domitila uma na coxa, outra no abdômen, esta ficando meses entre a
vida e a morte.
O inverso em menor número também é válido,
sendo o mais constante a infidelidade conjugal ou adultério por causa de falha
moral, quando não por outra causa.
Tudo se resume na falta de Amor de um para
com outro, a falta de interesse no bem estar comum, somados ao desdém para com
as necessidades biológicas naturais e emocionais do outro...
Quando é assim, com total falta de
cumprimento das obrigações conjugais e sexuais, não têm solução; não têm
remédio ou terapia de autoajuda que dê jeito. Quando as outras mulheres são
melhores que a sua esposa, ou vice-versa, o casamento estará falido.
Eu sei que às vezes é difícil de aceitar um
papo assim direto. Mas há a questão da dignidade ou amor pessoal (antigamente
se falava em honra - lavar a honra), marcavam-se até duelos... hoje se mata com
tiros ou facadas, pauladas, linchamentos...
Não importa mais a classe social. Quem mora
em condomínio ou apartamentos em edifícios de vários andares, onde predominam
ricos e classes médias altas; não são ‘pés-rapados’... e noticiários atuais divulgam assassinatos
passionais (contra mulheres) nesses
locais.
Não perca sua cabeça porque alguém não lhe
corresponde ao amor que acha que é maior que da outra pessoa. Num dos casos o
homem tinha 59 anos a mulher (e muito bonita) tinha 28. Ele espera mais o que
da vida agora? Outra mulher a princípio, sabendo quem ele é, o que fez ou pode
fazer, não vai aceita-lo nem com vela
amarela acesa.
Não somos nós que iremos traçar os caminhos.
Estragando-se a travessia, vai ficar de difícil a impossível atingir o porto do
destino. Meu pai em sua filosofia rude de sulista dizia: “Não ponha anel de
ouro em focinho de porco. E... quem te despreza é porque nunca te amou”!
Estamos falando de Amor que comporta uma
equivalência correspondente, como fossem dois pratos de uma balança nivelados
em peso e valor. Como um nível cuja bolha estará perfeitamente encaixada no
demarcador do relacionamento. Evitar os desvios e desníveis, sopesando a um
mais e outro menos, onde este último vai sofrer lastimar e chorar.
Além do amor próprio que carregará consigo
seja com quem for, deve estar certo que em questões humanas se ganha e também
se perde. É o caso de saber quando e o motivo de pôr um fim num relacionamento.
Sem rusgas, sem culpas, sem estresse.
Em nenhum momento podemos dizer que é fácil -
também por isso foi dito 'saber terminar.' Livrar-se daquilo que é desamor:
fábrica de lágrimas, tristezas, angústias e de infelicidade. Valorize-se, dê a
você, todo o amor que não recebe. A outra pessoa não é nenhum ídolo, é de carne
e osso - ou ‘carne de pescoço’ - como diziam os mais antigos; e faz todas as
mesmas necessidades fisiológicas que você, igualitariamente, nada de ouro com
perfumes de alfazema!
Transfira o amor que não recebe por
bônus de valor para você. E saia de
cabeça erguida para encontrar um outro alguém; humano , na melhor acepção da
palavra, digno de todo o Amor que tem para lhe dar.
Uma pessoa pode parecer absolutamente
encantadora no começo, mas talvez logo você tenha que se perguntar para onde
foi todo aquele encanto ainda em plena juventude... antigamente "aquele
corpinho de violão" para a mulher - hoje se diz 'aquele corpão', barriga
de tanquinho, etc. “Nem tudo que reluz é ouro”, para ser direto.
O amor verdadeiro é algo que vai além de
[mesmo compreender as divergências] e amar as coincidências; que, aliás, é o
que há de menos importância na composição da psicobiologia das pessoas. Um amor
sincero e verdadeiro é se apaixonar pelas diferenças naturais, saber que um
genética e fisiologicamente são seres humanos
de conformação diferentes de
origem diferente, e graças a Deus [na maioria quase absoluta]nem parentes somos
- ‘todos’ - somos possuidores de imensa diversidade, tanto quanto o número de
células que nos compõe.
E com grande regularidade, ao conhecermos
outro alguém, nos momentos iniciais de interação, formarmos a primeira
impressão, impressão essa que é influenciada pelas atitudes e gestos, ou seja,
comportamentos. Pesa nos primeiros contatos e encontros o conhecimento de como
essa pessoa é, e se vai muito pela
aparência física que é o natural.
Ainda acontece de vir no ‘pacote’, a ilusão
de que a aparência, aspectos físicos e comunicação corporal, dizem das
características da personalidade humana, a compreensão da vida e tudo o mais
que a formam.
Dou como exemplo - de homem que sou - que a aparência física, o corpo de uma
mulher, os traços de seu rosto, em suma sua beleza: seus cabelos [se forem da
cor que aprecio, melhor sendo naturais], altura, postura, andar, como se
veste... Aqui é importante dizer que a primeira impressão é a que fica...
Se quisermos conquistá-la para relacionamento
sério, iremos detalhar sobre esse caso. Se nem pensarmos, sendo apenas uma
‘namoréte’ - [‘peguete’- este termo já era], pouco importa como ela está
vestida ou ‘desvestida’, o que no último caso até se acham melhor.
Conforme a intensidade do impulso ou que
almejam (ambos) obterem, a atratividade física vai estar no topo das
preferências. Contudo levamos em conta também a propositura da visão do ‘belo’,
“cada ponto de vista é uma visão de um ponto” - e quem ama o 'feio', bonito lhe
parece.
_____________________________________
*Separações conjugais - Desquite/Divórcio -
Pelo advento da Lei nº. 6.515 de 1977, que o substituiu primeiramente o
“desquite” pelo vocábulo “separação”, admitindo, igualmente, a modalidade
consensual (amigável) e contenciosa (litigiosa). O art. 24 da chamada Lei do
Divórcio estabeleceu o primeiro diploma normativo acerca da matéria, assim
dispondo: “O divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio
religioso”.
sábado, 17 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
BOM FERIADO CARNAVALESCO A TODOS...
QUERIDO AMIGOS APRECIADORES DAS FOLIAS CARNAVALESCAS.
1. Se beber passe o volante a outra pessoa sóbria.
2.Todos podem e devem se divertir, mas com responsabilidade ainda maior nestas datas.
3. As estradas estão cada vez mais perigosas e com muitos motoristas dirigindo alcoolizados ou drogados.
4. Respeite ainda mais os limites impostos pela lei quanto à velocidade, ultrapassagens, distâncias de outro veículo adiante, sinalização em geral.
5. Em certos casos devagar também é pressa, ou quem tem pressa sai mais cedo, mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
6. Pensem em suas famílias, sobretudo nas crianças e os ditames da lei de trânsito quanto ao conduzi-las adequadamente.
7. Deem um tempo para as 'selfies', os arrastões de roubo a celulares e valores estão de forma acentuada quando as pessoas ficam mais vulneráveis e desatentas.
8. Verifiquem todos os documentos principais, e deixem em casa joias, objetos de ouro ou valor e não ostentem dinheiro em público. Zelem sem descuido de seus copos de bebida. Nestas datas aumentam as dopagens aleatórias ou de mulheres, chamadas de "Boa noite Cinderela".
9. Todo cuidado e 'caldo de galinha' não fazem mal a ninguém.
10. Este decálogo é apenas um modo deste amigo poder ser útil, nenhum 'terror'; uma confraternização à responsabilidade de cada um. Vão e Voltem bem de seus destinos.
FELIZ E DIVERTIDO FERIADÃO DE CARNAVAL
sábado, 10 de fevereiro de 2018
SE EXISTE UM RELÓGIO, HÁ MÉRITO DO RELOJOEIRO
A cada nova visão do Universo
ele se agiganta,
enquanto nós nos
apequenamos.
Creio que necessariamente
por
trás dessa imensidão
há um Incomensurável Dínamo
gerando eterna energia
e nos
desculpando
por toda a ignomínia
e estupidez humanas.
Não podemos olhar
para um
simples relógio
e admitir sua existência
e funcionamento
sem levar em conta
o mérito do
relojoeiro.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
O CASTELO DE FRENTE PARA MIM
O Castelo de frente
para mim...
Numa sala o
acervo do rei: aluvião de ilusões
Ao construir meu castelo a sala pareceu-me imensa
Ao construir meu castelo a sala pareceu-me imensa
Ora se
apresenta mínima para tantas e decepções.
Construí torres contra os ataques da vida insana,
Das janelas das altas torres assistia aos pores do sol,
Construí torres contra os ataques da vida insana,
Das janelas das altas torres assistia aos pores do sol,
Ao tempo
que via entre nuvens vossa imagem diáfana
Mais fácil preservar em luta renhida muralhas acossadas
Por exércitos de bárbaros, nórdicos ou romanos,
Mais fácil preservar em luta renhida muralhas acossadas
Por exércitos de bárbaros, nórdicos ou romanos,
Do que da infidelidade
os tropeços e enganos
Dos mistérios de uma alma de todo encouraçada
Enaltecidos e declarados sentimentos a ti Ivana,
Dos mistérios de uma alma de todo encouraçada
Enaltecidos e declarados sentimentos a ti Ivana,
Meu coração
encontra vossas muralhas fechadas
Em distanciamento falseado como de paixão insana.
Perfídias na trilha dos sonhos, em busca de tua lealdade,
Em distanciamento falseado como de paixão insana.
Perfídias na trilha dos sonhos, em busca de tua lealdade,
Somam-se ao
empoeirado acervo das desilusões,
Ouvindo na
capela o sábio e velho abade:
- Majestade,
as atitudes ofensivas que beiram a leviandade,
Tudo se
assemelha à alma de uma alteza de coração vazio,
Vais
aumentar teu já diverso e grande acervo de perdidas ilusões
Alteza, Ivana desdeixa seu principado a cuidados tardios.
Alteza, Ivana desdeixa seu principado a cuidados tardios.
Majestade não
deixais cair vossa autoridade em decepções,
Viverei no reino só mais um pouco, e neste Castelo um nada,
Observo o Tempo correr e as brumas caminham para o vazio
Sons de cantos gregorianos são o acolchoado de minhas noites
Viverei no reino só mais um pouco, e neste Castelo um nada,
Observo o Tempo correr e as brumas caminham para o vazio
Sons de cantos gregorianos são o acolchoado de minhas noites
Carece meu
coração de vos falar antes que o saber seja tardio,
Nas brumas
de minhas derradeiras visões vejo o vosso povo,
Ignoram a individualidade
de vossa paixão e gemem de frio e dor...
Antes que
me vá, reflita com firmeza nos propósitos de vosso reino,
Falo-vos
essas coisas pelos procedimentos de Sua Alteza Ivana,
Em miséria
deixou seu povo; e só por cobiça não vos dedica amor.
Aguarde meu
bom rei, um verdadeiro amor de terras distantes,
Sem os
sentimentos abjetos de Ivana, que embora linda é uma tirana,
Abra as
arcadas do torreão do Castelo e ouça os louvores incessantes,
Do povo que
te ama e respeita, não decaias, receba do povo o clamor!
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
QUAL O FANTASMA QUE OS ATUAIS BEBÊS 'REBORN' ESCONDEM?
*
TESTE PÉZINHO DE BEBÊ REBORN
https://youtu.be/AY2aN-XmJ5k
*
Qual o
fantasma que os atuais bebês 'reborn' escondem?
Perco-me no que é
'direito' escrever sobre bonecos que podem ocupar o
lugar de crianças.
O leitor sabe o quanto penso que vivemos num mundo ridículo.
Mas esse ridículo toca notas mais profundas em nós, penso eu, do que um mero
ridículo para risadas baratas. Notas sombrias. Gosto de filmes e histórias de
terror.
Há algum tempo, vi um filme em que uma mulher aceitava um
emprego de babá. Babá de um boneco. Ao longo da história, um namorado violento
descobre o endereço da casa em que ela trabalha e acaba por quebrar o boneco. A
partir dai, uma "versão" fantasmagórica do boneco, no tamanho de um
menino verdadeiro, surge para matar todo mundo. Resumo da ópera: o boneco
menino cumpria lá uma missão. A missão de conter o espírito atormentado do
verdadeiro menino.
A moda "reborn" é uma nova moda. A redundância aqui visa o ridículo. Reborn são bonecos e bonecas (para respeitar os gêneros) que, "hiper-realistas", muitas vezes, ocupam o lugar de crianças verdadeiras para mulheres adultas (para meninas também, mas isso costumava ser "normal"). Imagino que também, de repente, os outros 170 gêneros sexuais humanos se sintam excluídos se eu não escrever que não só mulheres "têm o direito de" serem mães de bonecos e bonecas reborn.
A moda "reborn" é uma nova moda. A redundância aqui visa o ridículo. Reborn são bonecos e bonecas (para respeitar os gêneros) que, "hiper-realistas", muitas vezes, ocupam o lugar de crianças verdadeiras para mulheres adultas (para meninas também, mas isso costumava ser "normal"). Imagino que também, de repente, os outros 170 gêneros sexuais humanos se sintam excluídos se eu não escrever que não só mulheres "têm o direito de" serem mães de bonecos e bonecas reborn.
Coloquei o "têm o
direito de" entre aspas porque a expressão hoje se assemelha a
"energia" ou "cabala" na sua desgraça semântica, ou seja,
expressões que, de tanto uso, perderam a dignidade semântica. "Ética"
é a próxima da fila. Perder a dignidade semântica quer dizer que perderam
qualquer significado de fato. Tipo: você "tem o direito de" dizer
"cabala" para se referir a uma brisa sua de que você na vida passada
foi uma bruxa queimada porque era muito inteligente e gostosa, e homens
opressores, que detestam mulheres inteligentes e gostosas, queimaram você.
E você descobriu isso
tudo numa terapia quântica.
Dado o exemplo, voltemos à realidade.
"Direito" você tem até de se declarar samambaia. Se você se sentir
uma samambaia, eu acho que você deve "ter o direito de" se declarar
uma samambaia. Samambaias felizes compõem o cenário do futuro humano
"cyborg". Se existirem samambaias competentes, logo bancos descolados
as empregarão. Coworkings também terão startups com samambaias empoderadas.
Voltemos ao termo "cyborg".
Em 1985, Donna Haraway publicou "A Manifesto for
Cyborgs". Aqui o termo não significa unicamente os seres robóticos dos
filmes. "Cyborg", aqui, significa o rompimento de fronteiras claras
entre humanos e animais ou humanos e máquinas. O "Manifesto" (adoro
gente que escreve manifestos) visa refletir sobre a dissolução das fronteiras
ontológicas entre natural e artificial ou a das fronteiras entre o que é gente
e o que não é. A reflexão é séria. Não vou entrar nela. Interessa-me aqui o
frisson presente na ideia de "manifesto".
A propósito, também existe o "Manifesto Coworking"
(adoro gente que escreve manifestos, desde o Comunista). Proponho o
"Reborn Manifesto". Defenderei que as pessoas "têm o direito
de" dar banhos em "reborn babies" e dar comida pra eles.
Comprar roupas em lojas descoladas que compram o frisson do meu
"Manifesto". Amá-los profundamente. Comprar remédios naturais para
eles porque a indústria farmacêutica quer nos transformar em seus escravos
viciados em drogas.
Beijá-los. Sim, beijá-los. Por que não? Claro, não na boca,
porque mesmo o "Reborn Manifesto" não aceita pedofilia.
Levá-los à
escola? Sim! Vejo logo os coletivos de mães reborn perguntando: "Por que
meus filhos, filhas e filh(x)s não têm o direito de frequentar as
escolas?". Mas não as escolas para crianças "especiais"! Escolas
para crianças "normais"! "Comuns"?
Perco-me no que é
"direito" ou não escrever.
Então suas crianças reborn frequentarão as aulas, com os mesmos
"direitos" das outras crianças, e políticas contra o bullying de
crianças reborn serão criadas por especialistas em diversidade reborn.
Logo a
discussão tocará o (tema dos 171 gêneros sexuais humanos) em matéria reborn. Um
"Transreborn Manifesto" será escrito. "Reborn babies"
terão cotas nas escolas! Pergunto-me: qual é o fantasma que esses "reborn
babies" escondem nessas "reborn mommies"?
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2018/02/qual-o-fantasma-que-os-atuais-bebes-reborn-escondem.shtml
*
* Filósofo, escritor e ensaísta, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv,
discute temas como comportamento, religião, ciência. Escreve às segundas - Folha S.Paulo
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2018/02/qual-o-fantasma-que-os-atuais-bebes-reborn-escondem.shtml
*
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
CHUVA ATEMPORAL
CHUVA ATEMPORAL
Gotejam lá
fora gotas numa lata
Os trovões
ribombam distantes...
No condutor
o rumor de uma cascata
Menino, eu dormia
feliz num instante.
Imaginando
meu telhado protetor
Meu colchão
simples, mas confortante,
Hoje - menino
já velho - cheio de dor...
Os segundos
a tiquetaquear,
Penso lá
fora, no chão sem cobertor,
Doentes,
velhos e crianças a chorar...
Já são
altas horas, retiro a lata da goteira
Para não
ouvir o som que era de saudade,
Parecendo
dar à miséria uma eira ou beira;
Somos todos
cegos esta é a pura verdade...
Ribombar de
trovões distantes ora tristes são,
O telhado
já não me protege das gotas frias
Que caem lá
fora em meu exposto coração...
Tempus
fugit, e todos ficamos nesta apatia.
Não podemos
sair a esmo pela noite afora,
A noite é o
logro de um poema feito a sós
Não, a
selva se alimenta de sangue agora,
Há angustia
no Tempo que cala nossa voz...
Soma dos infindáveis
minutos e horas feridas.
Para dormir
só o acalanto de outros mundos
Nos agregará
o fluir da paz para nossas vidas!
domingo, 4 de fevereiro de 2018
BUSCAR O SABER
BUSCAR O SABER...
O tempo corre tão depressa com os corpos que precisamos parar e
esperar nossa alma chegar. [De um conto indígena]
Tenho que penetrar fundo nas coisas que desejo saber - não
saber e continuar não sabendo gera-me um sentimento de culpa, e malevolente inoperância.
Chega a afetar-me a disposição, causando-me uma sensação de pequenez e
incompetência. Com propriedade disse o gênio da escultura Michelângelo:
“Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo que não é necessário.”
Outra frase de Michelângelo diz: “Não faço esculturas, na
verdade, elas sempre estiveram lá. Eu apenas retiro os excessos.”
O que me faz lembrar de uma metáfora que não me lembro onde a li, mas a mim diz muito: - Eu encontro meus heróis onde os busco.
O que faço e precisamos todos fazer, é penetrar através
da carapaça que reveste a matéria e ir ao seu âmago que se nos apresenta como mistério ou impossibilidade.
Muito do desconhecido ou ignorado, recai na ignorância bruta
e por sua vez na violência que é o ato de ruptura do ignorar , não saber, mas
desejar.
O desejo de possuir algo material - se for trabalhoso,
difícil, e o indivíduo for sem preparo para a vida, ignorante na acepção da palavra; de duas uma: ou ele abandona e se vai ou
usa de ilimitada violência para abrir a argamassa que o separa do bem almejado.
A busca do poder é um grande e claro exemplo, quanto mais
ignorante for o postulante ao poder, mais violento ou mais usuário de meios
ilícitos será, corrompendo, roubando, matando, propinando. Não importa a ele em sua volúpia de poder se vai cometer genocídio, o que poucos notam é que um usurpador, saqueador, do erário na essência é um genocida.
O saber não é privilégio deste ou daquele, mas trabalho
físico-mental e intelectual, dos que têm força de vontade dedicação e persistência. Não é o dinheiro, caso fosse, todos os poderosos seriam luminares, gênios, mestres, doutores, intelectuais, sábios. Mas não, o que vemos é vergonhoso. Ocorre infelizmente na sociedade humana dita racional, o que as formigas operárias fazem para engordar e manter forte e saudável sua rainha; independente do tamanho, cor ou espécie das formigas. A rainha em sua zona de conforto é alimentada, cuidada, protegida, tem o "povo operário das formigas" para o trabalho e seu exército de proteção ao "reino".
Outro fator que vira e mexe uns "iluminados" alegam - é a questão da origem. Balela e falcatrua das maiores! Assim fosse, Abraão Lincoln seria um marginal, porque até os 33 anos foi lenhador com o pai e mais pobre não podia ser. Foi aprender a ler, entender de leis, escrever petições à luz de vela, escondido no General Store que foi trabalhar. Abria os caixotes de livros que vinham de encomenda para os advogados. Lia-os, retinha o saber, e devolvia cuidadosamente aos caixotes. Enfim, todos sabem quem e o que foi Lincoln.
Aqui no Brasil recente, um negro retinto, chegou a ser ministro do STJ com seus próprios méritos (foi de carreira) e de criança a adolescente entregava lenha para as casas queimarem em fogão lá em Minas Gerais.. Quando teve sua própria carroça foi uma vitória. Modelo de honradez e justiça, e de ilibado conhecimento jurídico, aclamado pela maioria da nação. E, Augusto dos Anjos, e Machado de Assis... E tantos outros... Aqui e lá fora.
A persistência faz com que a pessoa
prossiga em busca de seu objetivo mesmo encontrando caminhos difíceis, grandes
obstáculos, que consegue diminuí-los frente a tenacidade com que luta contra o
que seria, os mais desanimadores desafios ou obstáculos.
Nesta concorrida sociedade cada vez mais heterogênea e
enigmática em um mundo em que a grande maioria desiste antes do fim do túnel,
os persistentes furam o céu e passam na frente de todos aqueles que se sentaram
a beira do caminho. Por entregar o corpo a um antecipado cansaço, outros por preguiça,
interesses secundários de lazer, o ninho de algodão da zona de conforto. Covardes
perante a vida, tomadores de atalhos - terrível fracasso os espera por pusilanimidade;
jogam fora uma carreira e seus desleixados objetivos.
No entanto a persistência precisa andar junto da modéstia
e da humildade, sem humilhação - que é a dose certa da autocrítica, da análise
para discernimento de propósitos do melhor para si. Sem compromissos com o
erro. Voltar atrás pela reflexão das conveniências. Mudar planos, rumos. Não há
humilhação alguma em buscar as pontes mais resistentes, os caminhos mais seguros
de acordo com as expectativas do momento de seu país e do mundo. Isso é ter
lucidez somada à persistência dos melhores propósitos.
Disse Henry Moore [1898-1986], artista plástico e
escultor - mudou na Inglaterra o conceito da escultura: “De tanto penetrar no coração da matéria acabei descobrindo o Céu do
outro lado.”
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