sábado, 25 de março de 2017

PERGUNTAS SEM FIM QUE NÃO SE CALAM SOBRE O TEMPO







PERGUNTAS SEM FIM QUE NÃO SE CALAM SOBRE O TEMPO

Todos os dias eu enfrento meus monstros interiores, que ninguém fica sabendo. Há dias de cansaço, desânimo e revolta contra o estado de coisas vigentes e as preparadas para piorar. Nesses dias há tristeza na alma e lágrimas nos olhos. Por outro lado às margens das alamedas a esperança - que me é um estado de espera - viceja em forma de flores e arvoredo. Nestes momentos vemos a necessidade de fazer votos de fraternidade e paciência com outras pessoas. Temos que ser pacientes e humildes o suficiente para não nos exaltarmos e ser iconoclasta dos signos universais da natureza e da criação. Respeitar mesmo o invisível que é visível a outros, o ininteligível para nós enquanto é fonte de felicidade a outros. Cada um de per si conhece as veredas de sua própria vida, o caminho das pedras, os atalhos e os abismos ao fim dos caminhos. Conheço os meus. Ou penso conhecê-los por mim mesmo.

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Para mim não existe maior mistério que o Tempo.
Não sabemos de onde vem nem para onde vai, nem há quanto tempo ele existe; qual a sua origem e qual a sua idade.
Qual é a sua consistência? Contém o Universo ou o Universo o contém?
É ele que nos determina a idade ou o tempo de nossa vida é que o faz existir? Tem peso, altura, largura e profundidade ou é uma total abstração?
Se for uma abstração como sabemos que uma criança nasce, vem à luz do mundo, surge, e um velho ou pessoa, ou animal, morre,  desaparece, se finda, ao decurso de um prazo?
O tempo é contado pelo tique-taque cronométrico de um relógio ou cronômetro, mas como explicar o fim das máquinas e nunca o fim do Tempo? O que é o Final dos Tempos e para quem? Desse Fim existirá testemunha e para que ela vai servir - se nada mais existirá?

Seja de que forma for a extinção do último homem ou dos últimos homens, será pela deixada de existir da Terra e consequentemente a morte da espécie humana. Após o fim do último homem, quem vai presenciar o Sem-Fim do Tempo, e se restou alguém ou não?

E já que tudo que não tem começo nem fim é Eterno, o contrário é  a Finitude, inversamente proporcional à Eternidade.
Então será o fim do Tempo - a matriz da Eternidade?

Reportemos ao título deste texto - que acusa serem a priori apenas indagações - a ninguém mais que a mim mesmo - e depois de ter sido escrito e lido, pode vir a formar um contexto, onde se  presume um tempo dado à matéria e outro subsequente imaterial. Caso contrário, seria um gigantesco desperdício da Criação, capaz de elaborar algo ininteligível aos cérebros humanos mais avançados junto à parafernália de suas máquinas e equipamentos auxiliares.

Os especuladores do Universo, ao afirmarem como definição, saber o que é o Tempo e a Eternidade e estarem aptos a desvendar o Universo, cometem imensa falácia; vez que negam - ou não afirmam - a dualidade do fenômeno Vida, onde o complexo se confunde ao extremamente simples, finda a Matéria ao após se libera a Essência.

Queima-se a madeira, eleva-se a fumaça, que se dissipa, não deixa de existir, apenas se transforma em outro elemento.




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