sábado, 11 de março de 2017

O POEMA - "Ó NÃO TE QUEIXES" - AGORA COM A PARTE II COMPLETO
























NÃO TE QUEIXES...

- I -

Sim, na vida tudo passa tudo há de passar...
Como neste meu fado de memória dolente
Na alma abalada e de memória comovente
O Tempo em forma de poesia este vai levar!

A poesia, lenitivo aos queixumes que gestou:
Ó “não te queixes... Não o faças”, tens razão,
“Inda que verdadeiros os motivos do coração”
Não te preocupes querida a poesia me libertou.

- II -

E o vento palavras traz de um tempo distante,
D’algum alfarrábio inserto na memória:
Escrevo por amor às letras e não me afasto disso,
Ouso compor poesias que versem alguma história...

Minha querida e aos poetas todos que revoam
Translúcidos, pássaros canoros neste caminho,
Digo que tento o verbo conjugar no presente:
Há tal vontade no poeta, que em sua alma viva,

Lego a conjugação: “queixar ou lembrar” à missão
Não no pretérito-mais-que perfeito que é o passar
Do passado; mas no pretérito perfeito pronta ação,
Acabada sem resquício ou letargia além do versejar.

Que a alvorada me venha no futuro deste presente
Que o atual murmúrio da vida não me alcance mais;
Coração alegre pela vida e para a queixa abstinente,

Que a queixa fique no passado e não retorne jamais!

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