NÃO TE
QUEIXES...
- I -
Sim, na
vida tudo passa tudo há de passar...
Como neste
meu fado de memória dolente
Na alma
abalada e de memória comovente
O Tempo em
forma de poesia este vai levar!
A poesia,
lenitivo aos queixumes que gestou:
Ó “não te
queixes... Não o faças”, tens razão,
“Inda que
verdadeiros os motivos do coração”
Não te
preocupes querida a poesia me libertou.
- II -
E o vento
palavras traz de um tempo distante,
D’algum
alfarrábio inserto na memória:
Escrevo por
amor às letras e não me afasto disso,
Ouso compor
poesias que versem alguma história...
Minha querida e aos poetas todos que revoam
Translúcidos,
pássaros canoros neste caminho,
Digo que
tento o verbo conjugar no presente:
Há tal vontade
no poeta, que em sua alma viva,
Lego a
conjugação: “queixar ou lembrar” à missão
Não no
pretérito-mais-que perfeito que é o passar
Do passado;
mas no pretérito perfeito pronta ação,
Acabada sem
resquício ou letargia além do versejar.
Que a
alvorada me venha no futuro deste presente
Que o atual
murmúrio da vida não me alcance mais;
Coração alegre pela vida e para a queixa abstinente,
Coração alegre pela vida e para a queixa abstinente,
Que a
queixa fique no passado e não retorne jamais!
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