Não escutamos a um pôr do sol, uma das maiores maravilhas da Criação
Não ouvimos o crescimento de um gigante vegetal. Cresce ha século silenciosamente
Aquilo que não se ouve
Nós ouvimos claras e em bom som
As vozes gritadas, falsas ou excitadas,
Nos palcos, nos palanques ou nos
púlpitos,
Dos altares erigidos à beira dos precipícios de arenito
Falam de forma demagógica, hipócrita...
Escatológica, com grito e barulho enganador,
Mistificadores apresentam as gaiolas de
ouro
Que fazem plateia e povo, prender seu
deus.
Desprezam-se hoje o valor do silêncio...
De uma flor ao se abrir nada se ouve,
No entanto é o desabrochar da maravilha
De uma obra da criação. Um pôr do sol...
O germinar de uma semente é absoluto
silêncio,
Mas olhem as araucárias, as sequoias
adultas,
Há quase século: de semente ao porte
gigantesco
Sem ruído algum crescendo, frutificando,
E o homem com sua parafernália destruidora
As abatem em segundos, com estrépito e
barulho...
Uma semente germina em absoluto silêncio, e após dezenas
de silenciosos anos, produz um gigante vegetal
As ideias surgem em silêncio e podem mudar vidas,
Atentem para os jovens que estão mudando
a cara
Deste país, locupletado pelos arautos de
palanque,
Que ao roubar o erário, cometem
genocídio a um povo,
Que morre quase ao vivo diante da TV, pela falta
daquilo
Que proviria - da pilhagem do sofrido
dinheiro do povo
Mas por misericórdia divina, jovens imbuídos
do dever
De justiça, vestindo a armadura da
dignidade, investigam
E mostram pelo menos as caras sem
máscara, dos meliantes
Travestidos de arrogantes autoridades...
E quanta arrogância...
Não escutamos o ruído da relva, das flores
que crescem,
Nem de uma árvore nem
de uma criança,
O importante não está
no alarido, no bater no peito, nos gritos,
Nas ameaças, nas (falsas)
promessas desses criminosos
Nos altares, nas
tribunas, secretos gabinetes fechados,
Mas no silencioso e
fecundo brotar das sementes na terra,
Nos germens da esperança,
na justa consciência dessa juventude
Cuja autoridade maior
está na honestidade, no amor à nossa Pátria...
Vejam já tenho
setenta anos, e logo mais farei aniversário,
E nessa altura, ser
otimista não é coisa fácil...
Mas presto atenção nas Entrelinhas da vida
E creio que “A justiça tarda, mas não falha”,
Mas presto atenção nas Entrelinhas da vida
E creio que “A justiça tarda, mas não falha”,
Não apenas como
um ditado a mais, mas uma crença.
Com Deus, o “Senhor
do Tempo e da História” o mal nós venceremos.
Já começamos a vencer!
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