sexta-feira, 12 de agosto de 2016

NOITES DOLOROSAS





NOITES DOLOROSAS

As noites me são todas mui dolorosas,
Insossas como num despropósito vivo:
Saudade esculpindo estátua enganosa
Nos salões escuros do bojo do Tempo.

Clamo pelo sono vir nas asas de Pégaso.
Ouço um ruflar de asas sem mensageiro,
Revolve-se a alma sólida dentro de mim,
Como fosse alçar o voo rumo ao infinito.

Desprezo a inimiga saudade de meu ser;
Pior a nostalgia que possui a cronicidade,
Causa recalcitrante da ausência de viver...

Após tanto venerar-te, ficou apenas a dor
Causa dum eterno autoexílio sem distância,
Banido em mim, pelo crime de tanto amor


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