VENTOS E
BRISAS
As cálidas
brisas ao pôr do sol em tardes amenas,
Colhem o
suave olor das miúdas flores de campo,
Trazem-me
teu perfume de hálito e rosto apenas
E nossas
imagens perdidas nas brumas do Tempo.
Os ventos que
às vezes dispõe de caprichosa força,
Apesar
disso nos garantem que não iremos chorar.
E fazem a
promessa, de voltar a serem os mesmos,
A trazerem
alguém e novamente tornarmos a amar.
Os ventos
como o Tempo, curam todas as feridas,
Talvez seja
pelo bálsamo que trazem ao chegarem,
Sendo
lenitivo para nossas vidas inteiras já vividas:
Ser
esculpido na rocha: rara criatura uma imagem!
Dizem: o
tempo para os males ser o melhor remédio,
Mas até
quem fala se perder o amor, vive como ébrio.
No desprezo
do amor ele não serve para curar o tédio!
Brisa tão
fingida, que me engana e disso não se cansa,
Finge
trazer o meu amor, com carícias em meu rosto;
Se esperar
irei alcançar, então não perco a esperança!
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