Lágrimas de guerra sobre a Terra
Gotas de
lágrimas caem sobre a terra
Salgam e
embaçam - tão amortecidas.
Vêm como
torrentes do alto da serra,
Inflamar a
morte que nasce na guerra.
Lágrimas de dor de mulheres aos gritos,
Pedem aos anjos e fiam no reencontro,
Pedem aos anjos e fiam no reencontro,
No estelar brilho dos confins do Infinito;
Vai à terra
o corpo, a fazer seu claustro!
O senhor da guerra estraçalhou como feras:
Entre espasmo
de soluço, o espírito menino,
Os sonhos
juvenis de acalentadas primaveras
Quedadas na
aurora de um marejar cristalino.
Trêmula a
escura terra que se abre fecunda,
Arrancando dum peito o desolado coração,
Como o rastro
de guerra é a terra profunda
Feito lama de lágrimas e sangue pelo chão.
A morte
sempre assina uma carta de guerra;
A
lancinante dor na alma, turva toda a razão...
O envelope
pardo a medalha de ferro encerra
Aos pais: uma vida é mero metal e um cartão.
Filho...! a flor do mal assim que tu morreste,
Fez tolher a minha vida, em turgida emoção.
E por plantar tanta dor em minhas entranhas,
Não mais vejo o amor com tanta escuridão!
Não mais vejo o amor com tanta escuridão!
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