ULTRAPASSAR
Castelo desenhado sobre lenço de papel
As eras se passam e nelas revivemos as dificuldades,
moinhos que
eram parados,
agora se
movimentam em profusão.
Entre dois
vales, sustentando a todos os passantes,
o
romantismo de uma ponte
traz nódoas
ao relembrar.
Dias de
antanho e o tamanho martírio que simbolizavam aqueles dias, na vida de
cada transeunte que suas mazelas ali passavam.
Castelo e
casebre, par a par, senhor e vassalo sem dialogar,
e as águas
tranquilas seu curso seguiam, sem se importar.
Castelo medieval - Lápis e nanquim - mms
Dementes,
decentes, a plebe, o clero a cumprir suas sinas,
uns choram
a ruína, outros dizem, eu quero.
Passagens
certamente se farão, no puir, na bancarrota,
ou na
opulência marota, para poucos.
Passam
poetas, passam os loucos, em sua ânsia febril, e as águas
dolentes refletem o poento sol nascente,
e as tardes
de anil.
-Laís
Müller - Brasil
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