quinta-feira, 6 de março de 2014

O PALHAÇO QUE FINGIA SORRIR


  ORIGINAL EM PORTUGUÊS




















O PALHAÇO QUE FINGIA SORRIR

Foi um pobre palhaço sempre embriagado,
Foi de tal tristeza e vivia fingindo o sorriso,
Triste figura que se ia deitar num encerado,
Que olhava um abismo como descontrolado.

Relembra quando sóbrio: já fui apaixonado!
Foi quem foi sem saber o que era maldade;
Por seu imenso amor, traído e abandonado,                                                        
Único traço enfim restante, de sua verdade.

Vou-me desta vida, talvez riam do que faço,
Ouvirei aplausos? Talvez seja isso do agrado:
Pois já não sou eu um morto-vivo o palhaço?
Um palhaço morto fantasiado, que gozado...!

E lembrando o amor, a traição inexplicável...
Talvez pelo nonsense da tristeza versus riso:
Atiro-me pendurado, ao abismo insondável,
Aves de rapina cumprirão faxina a seu juízo!



VERSÃO EM INGLÊS



















CLOWN who pretended SMILE 

It was a poor clown always drunk, 

Was such sadness and lived faking the smile, 
Sad figure who would throw a tarp, 
What looked like an abyss uncontrolled. 

Recalls when sober: I was already in love! 

Was the one who was not knowing what was evil; 
For his immense love, betrayed and abandoned, 
Single stroke last remaining of its truth. 

I'm out of this life, perhaps made ​​fun of what I do, 

Hear applause? Maybe it pleases: 
Because I'm no longer an undead clown? 
A dead clown costume, which enjoyed ...! 

And remembering love, inexplicable betrayal ... 

Maybe the nonsense of sadness versus laugh: 
Shoot me hanging, the bottomless pit, 
Raptors fulfill cleaning your judgment! 

Mauro Martins Santos - Academy of Letters 

Moji Guaçu-SP - Brazil

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