domingo, 12 de janeiro de 2014

"AGORA VOU MORAR EM MIM MESMO"

"AGORA VOU MORAR EM MIM MESMO"

Eu não sei se já lhes falei sobre esta história de Mário Quintana. Mas, se falei, fiquem tranquílos porque não é uma simples repetição e sim uma recordação do fato, para poder ter a base, para falar de outro assunto que virá a seguir.
Como dizia, lembrei-me de uma história que me contaram do Mário Quintana. Dizem que o poeta gaúcho morava em hotéis. Não há detalhes comentados da razão disso.
Mas dizem que morava durante anos, até que o hotel se fechava por algum motivo, ou ele próprio resolvia mudar-se. Por último, um hotel - que ele julgava dada sua idade avançada - que seria sua derradeira moradia, teve que fechar as portas, faliu ou coisa parecida. Quintana se viu forçado a fazer as malas e ir-se embora.                                                                                                                                        
Mediante isso Quintana disse: - "Agora moro em mim mesmo."

Faço tal introdução, para dizer que antigas, venerandas e veneradas Instituições, que não fazem parte de saudade nem nostalgia de ninguém, de nenhuma idade, por serem perpétuas, eternas, - ou deveriam ser - vêm se fazendo contrárias aos ventos que alentavam minha crença maior, formação e caráter; o introspectivo intelecto gerador das emoções, opiniões e sentimentos mais caros, não só à minha pessoa, mas ao espectro de ações e relações que norteam a vida circundante e todo o edifício de meus relacionamentos anteriores. E de muitos que pensam da mesma forma que minha pessoa.
Pouco se importam com essa minha opinião. Devem pensar que no mundo existem quatrilhões de pessoas, e por uma lógica de assertivas, é possível que mísero milhão, não aprovem essa corrida "ao Santo Graal" tão acirrada quanto nos tempos medievais. Na Parte oriental do planeta há tanto derramamento de sangue quanto na Idade Média e pelo mesmo motivo a Igreja, ou a busca do sagrado, para prendê-lo em suas gaiolas de ouro particulares.
Deus é passáro livre. Não é pássaro de gaiola, nem de ouro nem de prata diamantes ou ostentação grandiloquente. Não precisa de tanto dinheiro como se comesse tanto que precissasse as contas das igrejas que o pregam terem que enviar dinheiro para paraizos fiscais. Se transformarem em multinacionais da exploração da "Boa-Fé" pública. Não são gaiolas, são arapucas, são laços de passarineiros -"armadilhas" -
A mais crônica das mudanças, no ímpeto de um pós-modernismo desassombrado das competições da busca ao sagrado, da fé (ou da boa-fé) numa desbragada ganância material, as igrejas vem se multiplicando como nuvem de gafanhotos, com as denominações mais bizarras, que se tornam por vezes ridículas e risíveis, denotando o nível mental de seus fundadores.
São como disse arapucas, caça-níqueis, que aceitam cheque, cartão de crédito, pré datados e prestações no cartão, como contribuição (compulsória) e a mais coletas e envelopes para doações especiais.
Sou um crente, protestante, do ramo calvinista, mas hoje um descrente (não de Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo) mas da instituições dos homens. Da administração que só visa a venda de cada palavra falada, cada letra escrita, cada benção impetrada, e cobram caro por isso!
A parte central desta exposição de motivos é : A igreja já não é mais minha "oykos"- do grego casa -; dela estou desabrigado como o poeta Mário Quintana:  "estou morando em mim mesmo" mas, assistido pela minha Fé, isto ninguém rouba, nem a ferrugem consome. Faço cada vez mais minhas orações na "Catedral" de meu quarto, usando o próprio meio de Deus, seu "templo" que é meu corpo, (Sagradas Escrituras).
Para mim, oykos e eclésia, não são mais sinônimos de casa, de acolhimento recursal da fé e do amor cristão e de Deus.

Mudam-se dogmas, doutrinas e conceitos milenares em favor da administração templaria, adaptações modernas e mais, pós-modernas em busca de quantidade de pessoas, o maior número de contribuintes possíveis, vendem quimeras, como se vendiam as indulgências a que Frei Martinho Lutero se rebelou, originando pelo cisma a doutrina Protestante, de que os pós-modernistas se apossaram como o chupim faz com o ninho da pobre fêmea do tico-tico. Botam lá seu ovo, e a coitada choca e cria aquele enorme filhote do chupim, duas vezes maior que ela. Uma vez, quando cursava a Academia de Oficias PM cercada de área verde observei esse fato: o filhotão esfameado, corre com o bico aberto atrás da tico-tico e a coitadinha tem que dar conta de alimentá-lo, já emplumado e sabendo voar.

Há casos de invasão (pacífica e paulatina) de uma igreja de outra doutrina envangélica protestante, por denominados "pentecostais" que se cognominaram evangélicos por conta própria, aos poucos o pastor começa a dar ares de "pentecostalismo", de repente pregam o "falar outras línguas" o "levantar clamor" que é aquele  falatório em  que ninguem se entende. O "Grupo de Louvor", na verdade uma Banda de Rock toca tão alto quanto metaleiros alucinados. Neste caso, os antigos membros da originária doutrina saem da igreja e vão procurar outra de sua antiga dogmática e doutrina.
As pós-modernizações são concorrentes como disse, conforme uma igreja vai aumentando o número de fiéis vão procurando predios maiores, e a Banda de Rock vai aumentando de tamanho e de decibéis.

Contra o calor, existe ar-condicionado nas mais ricas e/ou ventiladores na demais, fora disso há o recurso do leque ou folha de papel para se abanar... E contra os altíssimos decibéis das Bandas e vozes agudas? Fazer o que? - Usar tapa-ouvidos industriais, aqueles de espuma de borracha, ou tapas profissionais, tpo conchas, os melhores! - Mas isso não dá para usar ou fazer, causará espécie.
Quando todo mundo dança então em seus lugares? As mulheres rebolam e requebram, os homens se balançam e todos batem palmas. Um verdadeiro show.
 Ponho-me a pensar, "e no céu o que pensa Deus, Jesus, os Anjos os Santos e as Santas? Será que rebolam e  dançam todos também? Será que há Bandas de Rock Metaleiros, auto-denominados Gospel acabando com o sossego do silêncio e da paz celestial. Eu quero ir para lá para meditar, louvar ao Criador e Nosso Senhor, em Espírito e Verdade, gozando da paz e do silêncio celestial tão almejado.
 Para ser atormentado por Rock da Pesada, Hip-Hop, Rap, Pagodão e Chachado, não quero, já basta meu vizinho que de 2ª a 2ª feira, de Janeiro a Dezembro, das 06;00h às 23;00h toca seu aparelho de som. e os sons graves parecem que estão dentro de minha cabeça. Não dá nem para pensar. Assim está sendo nas igrejas...
Vai aparecer quem me censure. Como diz o Zé Simão: " Eu tenho a foto"; melhor, os vídeos, os Cds comprados lá na igreja. Não adianta, é essa a verdade! Se, disserem que, quem não acompanha o progresso é candidato ao fracasso, à falência, devem alertar-se de que Jesus não veio ao mundo implantar um "negócio" um sistema de franquia  como os usados como multinacionais. E isso começado a se dizer dos "protestantes históricos" e os "neo-agregados", vale para toda e qual Igreja, de qualquer Denominação, orientação, dogma ou doutrina, não excetuo nenhuma, nem a romana nem as reformadas por Frei Martinho Lutero e conseguintes seguidores.
Então o jeito é este: Fazer as malas e ir embora. "Morar em mim mesmo"!











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