quinta-feira, 2 de maio de 2013

Eu a Conheci

A LENDA DOS TRINTA E SEIS ARCANJOS

 
O melhor da leitura entre tudo, é o leitor poder aportar onde quiser no mundo, e de lá, trazer como lembranças: cultura, lazer, ensinamentos, vivência e sabedoria. Estando onde estiver, como e quando desejar.
Uma das leituras que mais me agradam são os contos e os pensamentos, em prosa ou verso. Ademais todos os gêneros de literatura, sendo evidente como todo mundo, este prazer é seletivo. Todos nós trazemos para dentro da mente, da alma, aquilo que nos faz bem que nos acrescenta algo de bom e a brisa da felicidade roça nosso ser
Os contos, internalizando a sabedoria e a psicologia da raça humana através dos séculos - junto aos pensamentos - são verdadeiros marcos, parâmetros ou sinais orientadores da existência do homem sobre a Terra.
Não raro, nos deparamos com histórias tocantes,especiais no seu conteúdo, de sabor especial e plenamente ricas de ensinamentos, dos quais retiramos roteiros que nos fazem ancorar em portos seguros.
Em minhas leituras diárias, como muitos o fazem vou retirando - pelo hábito, pensamentos, histórias, contos, lendas de povos, seus usos e costumes, até expressões peculiares e neologismos. Sou um leitor de bloco, papel e dicionário sempre prontos a me socorrer. Numa dessas empreitadas, certa vez lendo diversas histórias e lendas, ocorreu-me ao juntar as idéias uma ação de Deus junto aos homens, sua criação. E pedindo permissão ao Pai, vou transcrevê-la.
Isto, me animou a rebuscar escritos, juntando uma coleção de retalhos, fragmentos de lendas e contos similares: ora nórdicos ou eslavos, outros orientais e descobri um verdadeiro tesouro enterrado nas histórias e lendas dos indígenas de Norte a Sul das Américas.
Causou-me as histórias desses povos, que ao somá-los, filtrei o brilho de sua beleza como se fosse a luz multicolorida de um grande vitral:
Assim: - É uma história muito, muito antiga. Dizem que remonta à época da separação dos continentes, dos povos e das línguas. Desde então vem sendo recontada ao longo dos tempos, ressoando através dos imensos castelos, velhas ermidas e conventos, campos e aldeias até nós.
Segundo a lenda, o Criador do Universo, permitirá que o mundo continue a existir enquanto houver um certo número de pessoas que Ele julga justas e bondosas, merecedoras de sustentarem ainda os pilares da Terra.
Conforme a nave da imaginação tomada aportamos em um lugar diferente, onde o Criador de Todas as Coisas leva também um nome diferente como os costumes de cada povo: Tupã, para nossos irmãos indígenas brasileiros; Odin para os nórdicos, Alá para os árabes, Buda para os orientais etc.
Assim o Criador de Todas as Coisas, já no começo de tudo, terminado o Caos, e iniciado o Cosmos, destacou três dúzias de Anjos que viriam à Terra, e uma vez estando aqui, os Anjos far-se-iam homens comuns, guardando no maior sigilo suas origens divinas e sua missão, e jamais usariam de seu poder divino, a não ser determinado pelo Criador.
Segundo esta lenda, o mundo continuará existindo enquanto ainda houver em qualquer canto da Terra, onde Deus determinar, os trinta e seis Anjos vindos do Céu. Há porém uma condição predisposta: de que sejam eles sempre tomados de compaixão e pesar por todos aqueles que sofrem, e que sejam sensíveis às tribulações de cada ser humano.
Se por qualquer razão divina, Deus contar menos de trinta e seis "Anjos Terrestres" então o mundo terá chegado ao fim. Diz a lenda que só Deus sabe quem são eles.
Outra condição dos Anjos, é que até mesmo Eles desconhecem especificamente seu exato papel, para assegurar a existência do mundo. Também não há dentre Eles que definitivamente o saiba.
O importante é que Eles são fundamentalmente sensíveis aos sofrimentos humanos e respondem a este apelo, não por tomarem consciência desse sentimento, apenas deles desprendem poder sem o saber, ou que se julguem defensores dos fracos e oprimidos ou heróis salvadores do mundo, mas porque Deus colocou em suas almas de forma natural, que o senso de sofrimento dos humanos os tocam de forma direta fazendo-os sofrer em dobro, com profundos sentimentos e porque sobretudo, isso Lhes têm importância.
Essas pessoas especiais podem ser qualquer um: sapateiro ou juiz; médico ou indigente; religioso ou leigo; líder político ou cidadão comum; milionário ou miserável; patrão ou empregado; pessoas de qualquer raça ou crença; usos e costumes; sexo ou cor. O mistério disso tudo é não ter para Eles a menor importância, pois mesmo não sabendo, a divindade Neles contida anula qualquer barreira de aversão ou preconceito ou qualquer outro sentimento próprio dos humanos.
O que realmente conta é a desenvolvida capacidade de sentirem com intensidade proporcional ao sofrimento dos homens, com reservas para suplantarem em si próprios, as dores e o sofrimento alheios.
Como as pessoas comuns, não sabem quem são Eles, nem Suas características, qualquer pessoa ou cidadão do mundo pode ser um dos "trinta e seis" Abençoados, a quem Deus confiou a preservação do planeta e às criaturas em geral. Por isso a importância em tratar indistintamente a todas as pessoas com respeito, amor e educação como se cada criatura pudesse ser um enviado de Deus incorporado num Arcanjo.
Conclui-se pois, que Deus espera algo ainda da raça humana como benção pela doação da vida e... continua esperando.




Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 29/04/2013
Código do texto: T4265126
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