A vida é muito mais do que o horizonte visto de nossa janela.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
3 comentários:
MAURO DOS SANTOS
disse...
A banalização dos acidentes João Batista Hoffmeister Diretor Técnico do Detran-RS Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em meados de maio dá conta de que os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte no mundo. Só para se ter uma idéia, as guerras aparecem em sexto lugar no ranking da OMS. Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte em agosto de 2002 detetou que 213 pessoas morrem a cada 1.000 quilômetros pavimentados, índice 70 vezes maior que do Canadá, onde três são vítimas fatais na mesma extensão. A estimativa do levantamento, considerando os 164.988 quilômetros de rodovias asfaltadas no país, é que mais de 35 mil brasileiros morrem anualmente nas estradas nacionais. É como se caísse um Boeing 737 lotado a cada três horas. Esse índice coloca as mortes em rodovias (somente neste segmento de via) como o segundo maior problema de saúde pública do país, atrás apenas da desnutrição. Ainda de acordo com a pesquisa da CNT, 62% do leitos hospitalares destinados à traumatologia são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. Para confirmar o cenário, entre maio e dezembro de 2002 aconteceram 66.118 crimes no Rio, número 40% menor que o de acidentes em rodovias. Poderíamos descrever mais alguns dados sobre sinistros de trânsito, que dão conta desta tragédia do cotidiano, mas isso parece que não toca as pessoas. Os eventos fatais decorrentes de acidentes de trânsito se banalizaram. Qualquer outro acontecimento contra a vida das pessoas tem mais repercussão do que um evento de trânsito, em que pese o acidente produzir não somente custos econômicos, mas, sobretudo, dor, sofrimento e perda da qualidade de vida imputados às vítimas, seus familiares e à sociedade como um todo. Temos pela frente o feriado prolongado de Natal e Ano Novo, que com certeza ocasionará aumento do volume de veículos e pessoas em circulação, e por causa disso a probabilidade do aumento de acidentes de trânsito. Os esforços realizados pelos órgãos de fiscalização, embora empregando todos os meios humanos e materiais e engendrando novas estratégias operacionais, não tem sido suficientes para estancar a tragédia. Todos os atores que compõem este cenário precisam ter consciência do papel a ser desempenhado. Motoristas, motociclistas, ciclistas, passageiros e pedestres, precisam rever suas prioridades de valores, dentre eles a segurança, que julgamos fundamental, para que possamos todos privilegiar o bem maior: a vida.
3 comentários:
A banalização dos acidentes
João Batista Hoffmeister
Diretor Técnico do Detran-RS
Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em meados de maio dá conta de que os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte no mundo. Só para se ter uma idéia, as guerras aparecem em sexto lugar no ranking da OMS. Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte em agosto de 2002 detetou que 213 pessoas morrem a cada 1.000 quilômetros pavimentados, índice 70 vezes maior que do Canadá, onde três são vítimas fatais na mesma extensão. A estimativa do levantamento, considerando os 164.988 quilômetros de rodovias asfaltadas no país, é que mais de 35 mil brasileiros morrem anualmente nas estradas nacionais. É como se caísse um Boeing 737 lotado a cada três horas.
Esse índice coloca as mortes em rodovias (somente neste segmento de via) como o segundo maior problema de saúde pública do país, atrás apenas da desnutrição. Ainda de acordo com a pesquisa da CNT, 62% do leitos hospitalares destinados à traumatologia são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. Para confirmar o cenário, entre maio e dezembro de 2002 aconteceram 66.118 crimes no Rio, número 40% menor que o de acidentes em rodovias. Poderíamos descrever mais alguns dados sobre sinistros de trânsito, que dão conta desta tragédia do cotidiano, mas isso parece que não toca as pessoas. Os eventos fatais decorrentes de acidentes de trânsito se banalizaram. Qualquer outro acontecimento contra a vida das pessoas tem mais repercussão do que um evento de trânsito, em que pese o acidente produzir não somente custos econômicos, mas, sobretudo, dor, sofrimento e perda da qualidade de vida imputados às vítimas, seus familiares e à sociedade como um todo.
Temos pela frente o feriado prolongado de Natal e Ano Novo, que com certeza ocasionará aumento do volume de veículos e pessoas em circulação, e por causa disso a probabilidade do aumento de acidentes de trânsito.
Os esforços realizados pelos órgãos de fiscalização, embora empregando todos os meios humanos e materiais e engendrando novas estratégias operacionais, não tem sido suficientes para estancar a tragédia.
Todos os atores que compõem este cenário precisam ter consciência do papel a ser desempenhado. Motoristas, motociclistas, ciclistas, passageiros e pedestres, precisam rever suas prioridades de valores, dentre eles a segurança, que julgamos fundamental, para que possamos todos privilegiar o bem maior: a vida.
COM A CHEGADA DOS GRANDES FERIADOS DE FIM DE ANO E INICIO DO NOVO, ESTE ASSUNTO É POR DEMMAIS PERTINENTE.
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