A ROSA
"Tu é divina e graciosa,
estátua majestosa do amor,
por Deus esculturada e formada com ardor
da alma da mais linda flor, de mais ativo olor...
Tu és de Deus a soberana flor
a criação que em todo coração
sepultas um amor..."
A Rosa - Pixinguinha
Bonsai:
Ansiedade de um Principiante
Ansiedade de um Principiante
Por Bergson Vasconcelos
Quando nos deparamos com a paixão arrebatadora pelo Bonsai, não nos sai do pensamento a idéia fixa de possuir, criar, adquirir uma árvore: que seja ela nova ou velha, forte ou fraca, diminuta ou grandiosa, mas em nossos olhos sempre e eternamente bela.
Sucumbimos aos meandros da paixão, perdemos o poder da análise pura e simples, o desejo por vezes infantil da posse desenfreada nos cega, o sabor do querer sem limites nos embriaga, nos vemos cercados pela ansiedade que nos toma o corpo e a alma.
A todo esse aglomerado de fatos, chamo de angustia de um dia, pois, buscamos em um mesmo instante ultrapassar, agrupar, obter todas as etapas da preparação de uma árvore, que seja, o plantio, a poda das raízes e dos galhos, o transplante, a aramação, a definição de um estilo, como se a natureza se preocupasse com a rigidez das formas, com uma triangulação perfeita e no entanto, o fundamental é a perpetuação da vida em sua essência e forma. O resultado quando não estamos atentos ao caminho a seguir e simplesmente aglomeramos em um único momento todos os processos, por ser logicamente mais fácil, é por demais previsível, não espere um belo bonsai em um lindo vaso, mas sim uma boa armação para a próxima árvore bonsai. Por nossa precipitação de iniciante condenamos nossa "criação". Devemos nos guiar por nossa intuição, cada passo deve ser seguido em seus detalhes, cada momento aproveitado em sua exaustão. Aprender com nossas observações e principalmente nossos erros é a essência de nossa arte e a base de nossa vida.
Sucumbimos aos meandros da paixão, perdemos o poder da análise pura e simples, o desejo por vezes infantil da posse desenfreada nos cega, o sabor do querer sem limites nos embriaga, nos vemos cercados pela ansiedade que nos toma o corpo e a alma.
A todo esse aglomerado de fatos, chamo de angustia de um dia, pois, buscamos em um mesmo instante ultrapassar, agrupar, obter todas as etapas da preparação de uma árvore, que seja, o plantio, a poda das raízes e dos galhos, o transplante, a aramação, a definição de um estilo, como se a natureza se preocupasse com a rigidez das formas, com uma triangulação perfeita e no entanto, o fundamental é a perpetuação da vida em sua essência e forma. O resultado quando não estamos atentos ao caminho a seguir e simplesmente aglomeramos em um único momento todos os processos, por ser logicamente mais fácil, é por demais previsível, não espere um belo bonsai em um lindo vaso, mas sim uma boa armação para a próxima árvore bonsai. Por nossa precipitação de iniciante condenamos nossa "criação". Devemos nos guiar por nossa intuição, cada passo deve ser seguido em seus detalhes, cada momento aproveitado em sua exaustão. Aprender com nossas observações e principalmente nossos erros é a essência de nossa arte e a base de nossa vida.
Devemos conhecer os nossos ímpetos e os aproveitar, e sempre buscar a docilidade de um belo amor, partilhar os momentos, respeitar as limitações, aproveitar as minúcias e os sabores do tempo de espera, da semente a uma árvore formada, crescer com o nosso bonsai, adquirir a sabedoria da paciência, nos envolver inteiramente com a saborosa arte em constante e eterna mudança, transformar a ansiedade de um principiante no sublime prazer de ser uma grande família .
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