domingo, 29 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
JOSÉ ROSÁRIO: A ÁGUA NA COMPOSIÇÃO DE PAISAGENS
JOSÉ ROSÁRIO: A ÁGUA NA COMPOSIÇÃO DE PAISAGENS: PEDER MORK MONSTED - Um lago tranquilo na floresta Óleo sobre tela - 82,5 x 117,4 - 1904 De todos os motivos dentro da temática de...
JOSÉ ROSÁRIO: DICAS PARA COMPOSIÇÕES COM ÁRVORES (José Rosário)
JOSÉ ROSÁRIO: DICAS PARA COMPOSIÇÕES COM ÁRVORES (José Rosário): EDGAR WALTER - Estradinha das Paineiras Óleo sobre tela, 38 x 46 Pensar em paisagem na pintura brasileira é pensar em Edgar Walter. E pensar...
JOSÉ ROSÁRIO: MARIANA: QUE FUTURO NOS ESPERA?
JOSÉ ROSÁRIO: MARIANA: QUE FUTURO NOS ESPERA?: Ainda é preciso falar sobre o crime ecológico de Mariana. Não esquecer o que fizeram à natureza e que ainda nos trará amargas conse...
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Academia Piracicabana de Letras: Rio Doce (in memoriam)
Academia Piracicabana de Letras: Rio Doce (in memoriam): (arte Paulo Coimbra) Ivana Maria França de Negri Era uma vez um rio... Doce, piscoso, de águas límpidas. E um povo que o amava e ...
PASTOREANDO O REBANHO DE PENSAMENTOS
prosa-poética
PASTOREANDO O REBANHO DE PENSAMENTOS
Mauro Martins Santos, Moji Guaçu - SP - Brasil
Por vezes nos recolhemos ao recato voluntário de nosso
jardim; passamos a meditar lá no recôndito da alma sobre tudo o que nos valeu e
nos faz valer a pena estarmos vivos. Deitados na velha “cadeira-de-tomar-sol”,
com as mãos entrecruzadas sob a cabeça olhando o céu, pastoreamos nosso rebanho
de pensamentos e nuvens-ovelhas.
Assim, quando pensamos estar - no escrever -
expressando um amor, um profundo e denso sentimento, só podemos avaliar a sua
profundeza e alcance quando interpretado por alma capaz da mesma sintonia,
percepção e dimensão; posto que poesia é a harmonia de elaborada
sinfonia.
Ainda ocorre na cumplicidade que evola em
anelo à interação que atinge o senso comum, onde reside o belo. A cálida imagem
etérea, que paira por sobre aqueles cuja alma estima o pastorear de um
rebanho de ovelhas - à similitude dos pensamentos mansos e amplos - enquanto na
aragem da angélia os pássaros voam no céu, e os lírios crescem nos campos...
Queria ser um poeta velejador para descrever o
sentimento da largada e a chegada em um cais.
Queria
ser um poeta para traduzir em palavras o sentimento intensivo do bimbalhar de
sinos distantes.
Queria
ser um poeta para conseguir descrever a silhueta de vestido e cabelos
esvoaçantes, que me aguardaria no atracadouro do velho porto coberto pelos
musgos da saudade.
Ainda que a imagem colhida pelo poeta, naquele recato de
meditação se desvaneça, teria valido a pena tê-la transformado no encantamento
da poesia que lhe daria vida, hálito, presença e beleza, para alegrar os dias
que lhe restarão.
O poeta inda que se vá, sempre vivo estará em suas
imagens e figuras, em suas metáforas de ilusão, em cuja esperança repousa e
descansa, amando por amar - como o artista que faz a arte pela arte e perpetua
seu momento único, ao pintar pela emoção!
COMENTÁRIOS
Querido
amigo poeta Mauro, somente agora pude ler-te, perdoa-me... Querido, se você não
é poeta, como dizes acima, só imagino se o fosse... Deslumbras em palavras,
sentimentos e metáforas que tocam profundamente o leitor, esta
prosa lerei ainda muitíssimas vezes, como se diz, está um arraso, parabéns, um
grande beijo, MIL
LAÍS MARIA
MÜLLER
Uma tela
vívida esta tua.
Usando as
palavras por ferramenta, nos levaste a um passeio, tal bom condutor de um
rebanho.
Entusiasmados
aplausos!
Bela noite!
beijos
Parte inferior do formulário
Lais Müller
As palavras
amigas são sempre um alimento ao estímulo da vontade em prosseguir. Você é uma
das maiores "culpadas" em ter-me sempre por aqui...
Obrigado
grande amiga e escritora L. Müller, meu beijo e abraço de fraterna amizade. Um
bom dia cheio de inspiração para você minha querida amiga.
Parte inferior do formulário
Gratificante
ler pensamentos positivos diante dos momentos tristes em que estamos vivendo.Parte inferior do formulário
Obrigado,
muito obrigado por tuas palavras querida amiga Mª Helena.
O que
pudermos fazer, aquilo que estiver em nosso alcance, devemos fazer da maneira
que soubermos, ou pelo menos tentamos saber; isto é o que você transmite em
suas palavras. Se não pudermos ser um grande rio, que sejamos um pequeno
regato, mas que possa dirimir a sede do viandante, se não podemos ser aquela
imensa estrela, sejamos ao menos um pirilampo, mas que alegre as noites mais
escuras... UM GRANDE ABRAÇO MINHA AMIGA Mª HELENA, envolto em TODA MINHA ESTIMA
FRATERNA.
Parte inferior do formulário
Minha
querida amiga, tu estás, pelo amor que todos lhe dedicamos, preenchendo o
coração de cada um de nós. Nunca nem nada tens a se desculpar. Sua presença
sempre se faz na hora certa, e nos vem trazendo balaios de simpatia, bem
querência, mimos e palavras abalizadas.
A revista
"Seleções do Reader's Digest", com grandes tiragens até hoje,
assinávamos ela na minha adolescência; lá existia uma sessão, que junto a
outra: "Flagrantes da Vida Real", nunca as deixava de ler. A que me
refiro, tinha o título: "Meu Tipo Inesquecível" - MIL, és e sempre
será nosso tipo inesquecível. Um forte abraço e um beijo fraternos.
Ainda que
digas não seres um poeta, consegues expressar sentimentos e pensamentos em tuas
linhas.
Muito
embora, um poeta não se faça só de rimas, pois sabemos que muito mais se faz
necessário para uma boa poesia. Mas possuis o dom do enlevo e da eloquência em
tuas palavras, portanto, o que escreve é pura poesia.
A beleza e o
lirismo de tua prosa-poética, bem prova tudo isso.
Mais uma vez
o parabenizo, por mais uma excelente criação.
Bjsss,
poéticos. Parte superior do
formulário
MINHA
QUERIDÍSSIMA AMIGA MÔNICA
Como é bom
"ouvi-la", não que sejam só palavras favoráveis, mas tudo que venha
de tua franca amizade, ditadas pelo teu coração fraterno e amigo. Quisera poder
estar em todos os lugares e em todos os escritos da natureza e qualidade que tu
e a plêiade de amigos elaboram. Acho que seria como se houvesse encontrado a
"pedra de toque" que nos tornaria um sábio de incalculável saber. Mas
só com a pequena porção que o Tempo nos concebe e permite, já nos
sentimos revigorados e melhores a cada dia como pessoa humana. Obrigado grande
e querida amiga Mônica. Deus a ilumine sempre.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Olá Mauro.
Uma Prosa de excelência. Gosto desta forma de escrever, com teor filosófico.
Parabéns e espero voltar a comentá-la outra vez.
Claudia M Martinho de Almeida
Respondeu: "PASTOREANDO O REBANHO DE PENSAMENTOS
[Prosa-poética]" em Antologia Imagem e Literatura em Poetas e Escritores
do Amor e da Paz
Mauro,
Gostei da postagem, velejei na mente e na espiral do pensamento.
bjs
Mauro,
Gostei da postagem, velejei na mente e na espiral do pensamento.
bjs
terça-feira, 24 de novembro de 2015
ATITUDE INCRÍVEL DE UM VELHO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Quando um
bebê começou a chorar na sala de aula, esse professor teve a melhor atitude de
todos os tempos
POSTED ON 14 DE MAIO DE 2015 AUTHOR ADMINEDUCAÇÃO
Um professor universitário teve um
gesto exemplar, ao ver o bebê que uma aluna levou para a aula, começou a
chorar.
Em vez de fazer cara feia, ou pedir que ela se retirasse, o docente simplesmente pegou a criança no colo, para acalmá-la, e seguiu sua aula.
A foto da cena inusitada ganhou a simpatia dos internautas. Já teve quase 50 mil curtidas e milhares de compartilhamentos no facebook.
O caso de gentileza aconteceu na Universidade de Gratz, em Jerusalém, capital de Israel. O professor chama-se Sydney Engelberg. Ele dá aulas de filosofia e psicologia na instituição. A filha dele, Sarit Fishbaine, que estava na sala, foi quem fotografou o momento.
Em vez de fazer cara feia, ou pedir que ela se retirasse, o docente simplesmente pegou a criança no colo, para acalmá-la, e seguiu sua aula.
A foto da cena inusitada ganhou a simpatia dos internautas. Já teve quase 50 mil curtidas e milhares de compartilhamentos no facebook.
O caso de gentileza aconteceu na Universidade de Gratz, em Jerusalém, capital de Israel. O professor chama-se Sydney Engelberg. Ele dá aulas de filosofia e psicologia na instituição. A filha dele, Sarit Fishbaine, que estava na sala, foi quem fotografou o momento.
“O bebê de uma das estudantes que
frequentava a classe começou a chorar. Ao invés de pedir para a moça se
retirar, ele [que também é avô] não hesitou em pegar a criança no colo e tentar
acalmá-la”,contou a filha de Engelberg na
legenda da imagem. E disse ainda: “A maneira como ele vê o conceito de
obter educação não é só saber os fatos isolados que você precisa para
aprender em sala de aula, mas também aprender valores”.
Nesses tempos modernos, em que a mãe
é obrigada a trabalhar para se manter, tem se tornado comum mulheres não terem
com quem deixar o filho e levarem a criança para o trabalho ou para a escola.
Aqui no Brasil, por falta de vagas na creche
da USP (Universidade de São Paulo), mães têm pedido a professores
autorização para que os bebês as acompanhem nas disciplinas.
(*)
(*)(*)(*)
(*)(*)(*)(*)
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
JOSÉ ROSÁRIO: CARLOS ROBERTO MIRANDA
JOSÉ ROSÁRIO: CARLOS ROBERTO MIRANDA: CARLOS ROBERTO MIRANDA - Cores do pantanal - Óleo sobre tela - 80 x 120 CARLOS ROBERTO MIRANDA - Nativo Óleo sobre tela Dono...
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Dany: Pensamento um para refletir:
Dany: Soneto Cura - Decassílabo Heroico
Olho para o elevado e reconheço... Sei que estou me curando neste instante Anjos me acodem quando me entristeço Hei de alc...
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
BONSAI- MINI MAÇÃ - POLINIZAÇÃO
POLINIZAÇÃO
BONSAI - MINI MAÇÃ [+/-] 35 cm altura com 9 anos
Dica muito interessante recebida do vendedor.
Ideal Bonsai <atendimento@idealbonsai.com.br>
Para
santos.mauro@yahoo.com.br
Nov
17 em 4:29 PM
Olá Mauro
Você adquiriu um bonsai [mini maçã] conosco a cerca de um mês
atrás, e gostaríamos de saber se você tem alguma dúvida no cultivo. Ele
permanece saudável? Esta pegando sol diariamente? Não esqueça de regar o
bonsai regularmente ;
Acesse o link http://goo.gl/PQdmD8 e veja 5 dicas que preparei para você
manter o bonsai bonito e saudável.
Um abraço,
Jaime Pohren
|
Em caso de dúvidas entre em nossa central de atendimento ou envie um email para atendimento@idealbonsai.com.br.
|
Mauro Santos <santos.mauro@yahoo.com.br>
Para
atendimento@idealbonsai.com.br
Hoje em
11:26 AM
Prezados
Atendentes
O meu
bonsai de mini maçã , 35 cm, 09 anos, está ótimo, florindo e desenvolvendo bem
a folhagem. Toma sol indireto, à sombra de palmeiras junto aos demais. Minha pergunta
é quanto á floração e frutificação: ele produz flores bem abertas e saudáveis,
mas ao murcharem, não surge nenhuma intumescência de frutinhos, isso acontece
com todas as flores. Ele não vai dar mesmo frutos? Vi na propaganda Ideal
Bonsai [ por isso me animei a comprá-lo ] um bonsai de mini maçã com frutos.
Que faço para ele dar algum fruto - alguns poucos que sejam... Há alguma
adubação específica? E quando posso adubar? Obrigado pela atenção. Aguardo
resposta.
Um abraço .
|
Estratificando a Frio: Como germinar e plantar sementes de pêssego
Estratificando a Frio: Como germinar e plantar sementes de pêssego: Página oficial do Facebook Hoje vou mostrar para vocês o modo como eu faço para germinar e plantar sementes de pêssego. Essa é uma das fr...
terça-feira, 17 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
HUMANISMO E TERRORISMO - Réquiem à uma França global -
HUMANISMO E TERRORISMO
- Réquiem a uma França global -
- Réquiem a uma França global -
- Publicado
por Mauro
Martins Santos em 14 novembro 2015 às 23:56 em Humanismo - http://peapaz.ninq.com/group/humanismo
- Back to Humanismo
Discussions Peapaz
Mauro Martins Santos
Não o repouso do violino, enquanto a nota dura,
Não isso apenas, mas a coexistência,
Ou digamos que o fim precede o princípio,
E que o fim e o princípio estiveram sempre ali
Antes do princípio e depois do fim.
E tudo é sempre agora.
T.S. Eliot
A infindável súplica do campo de ossos secos ao seu
“deus-morte” em penosa tortura na última Anunciação, traduzirá a longa jornada
humana sobre a Terra.
Há sempre noções superficiais de evolução - quando se
torna cada vez mais velho o ser que se diz homem... o passado vem lhe mostrar
cada minuto mais claramente a involução. Nada vale um algo que se julga evoluir
quando o centro, o magma, recrudesce ao resfriamento, a se tornar um campo exógeno gélido e eterno de morte .
A indignação original, como a toda causa um efeito - uma contrapartida é legitimada defesa - preservação dos direitos mais primários e de maior magnitude: a vida.
A indignação original, como a toda causa um efeito - uma contrapartida é legitimada defesa - preservação dos direitos mais primários e de maior magnitude: a vida.
O passado em registros indeléveis mostra claramente a involução da sociedade humana. A perda de valores atingiu o cerne dos indivíduos, a moral, os princípios que os regem e sua preservação. Os valores intrínsecos foram desintegrados no que hoje é a maioria. O valor à vida desceu aos mais ínfimos patamares. Deixa de ser desenvolvimento e escancara as fauces da imensa falácia humana, à medida que vê a necessidade de eliminar-se a outro, em nome de seu “deus interior”. O deus contido em sua gaiola de ouro.
Então não há um passado a direcionar um futuro, não há a lógica sequencial do Tempo, ele passa a não existir, não mais contar. O tempo se auto-elimina, à medida que a vida é tempo e ela não conta mais. Não há quaisquer resquícios de evolução humana nessa esteira. O terror é a beira da escuridão do abismo.
Nesse estágio só obedece à voz que dita que se deve existir para matar o maior número possível dos que não pensam iguais a ele e seus pares e o fará sem perguntas ou raciocínio, vez que o tempo vital biológico inexiste e o presente ele desconhece a razão. Não há um fluir à superfície por não haver superfície. É “a olhadela por cima dos ombros, ao terror primitivo lançada.” [T.S. Eliot]
A palavra Terrorismo [do fr. terrorisme], já não acomoda mais sua gênese francesa de atos de violência perpetrados por grupos políticos para combater o poder estabelecido [sendo que este último, pode também cometer a violência contra seu povo] - pela voragem em que se arrostam os turbilhões do Tempo, há que ser fixada nas genéricas mas representativas palavras do léxico: barbárie, carnificina, morticínio, genocídio, execuções sumárias. Tais atos podem causar, e causam o terror, mas são mais que políticos, são ideológicos, das mais abstratas e absurdas fundamentações. Portanto não buscam atingir só os detentores do poder político, mas vale qualquer ser vivente, do recém nascido aos bisavós.
Segundo o presidente da República Francesa, François Hollande, este (em 13-novenbro-2015) foi o maior e pior atentado já sofrido na história da França, pelo menos desde 1945.
O planeta quer queira quer não, agora terá neste fato um marco para estabelecer conceitos e direcionamentos de velhas questões ideológicas, e até étnicas, uma vez que a exemplo, os piores carrascos de todos os tempos, são ingleses descendentes étnicos, das periferias de Londres que se transformaram em degoladores puramente ideológicos e ao vivo pela TV. As reportagens e entrevistas com as autoridades francesas também indicaram na mesma direção, quanto a Paris e outras regiões pontuadas no mapa francês.
Isso mexe com princípios antes sagrados para a França: La Fraternité, Liberté et Igualité - onde a causa étnica já produz citações como a de um cidadão francês que disse: “A França já não é mais dos franceses” - dada a miscigenação fora do país, vindos para dentro de suas fronteiras, dando origem às gerações muçulmanas irredutíveis nos hábitos e costumes do islã; como na Suíça, onde os muçulmanos e fundamentalistas estão exigindo a retirada da cruz que figura milenarmente na bandeira do país - embora vivendo abrigados e trazendo seus parentes para viver em seus cantões.
“Iluminisme”, berço “de L’Humanisme” e de “Le Droit de L’Homme” estão entrando em abalo, depois de duro pronunciamento de François Hollande : “ O combate ao terror na França será sem trégua, incansável, constante e eterno”.
Mais que um simples discurso é uma promessa e ameaça-recado. Isso causa apreensão, por ser uma ordem presidencial que se alastrará e qualquer movimento suspeito, a coibição será temerária.
Este é o atual mundo humano, e o preço às criaturas que tem o céu sobre suas cabeças.
L'homme
selon les humanistes
L'humanisme comme mouvement de pensée caractéristique de la Renaissance a défini une nouvelle image de l'homme où sont affirmées sa puissance créatrice, sa liberté de penser et d'agir. L'humanisme a fait émerger, par le fait même, une nouvelle vision du monde en redécouvrant les sources gréco-latines de notre civilisation, en critiquant les institutions et les traditions du Moyen Âge, en renouvelant nos modes de connaissances et nos savoirs.
Malgré les
différentes conceptions de l'homme, du monde et de Dieu qui ont existé au Moyen
Âge, il est possible de dégager un modèle général qui est propre à cette
période : le théocentrisme. Les principes généraux de ce modèle sont les
suivants :
1.
Le Dieu créateur est à l'origine de toutes choses (la création);
2.
Toute créature est une manifestation plus ou moins proche de la perfection
divine et chaque être occupe dans la création une place immuable;
3.
L'homme est au sommet de la hiérarchie des créatures et toutes les choses ont
été créées pour lui, mais pour qu'il rende grâce à Dieu;
4.
Dieu est le centre commun de toutes les créatures et tout ce qui existe a
nécessairement Dieu comme fin;
5.
Ce monde ordonné et hiérarchisé est stable et définitif.
Réquiem às vítimas de um mundo em declínio:
Leia mais sobre o futuro da França, como alvo de ódio dos
fundamentalistas. - http://oglobo.globo.com/mundo/alvo-de-dois-ataques-em-um-ano-franca-vira-refem-do-terror-do-medo-18050789#ixzz3rVMN7TBj
Quatro Quartetos, The Dry Salvages:
T.S.Eliot
Tradução de Ivan Junqueira
Não sei muita coisa acerca de deuses; mas creio que o rio
É um poderoso deus castanho – taciturno, indômito e intratável,
Paciente até certo ponto, a princípio reconhecido como fronteira,
Útil, inconfidente, tal um caixeiro-viajante.
Depois, apenas um problema que ao construtor de pontes desafia.
Resolvido o problema, o deus castanho é quase esquecido
Pelos moradores das cidades – sempre, contudo implacável,
Fiel às suas iras e épocas de cheia, destruidor, recordando
O que os homens preferem esquecer. Desprezado, preterido
Pelos adoradores da máquina, mas esperando, espreitando e esperando.
Seu ritmo esteve presente no quarto das crianças,
Na álea de ailantos dos quintais de abril,
No aroma das uvas sobre a mesa de outono,
E no halo vespertino dos lampiões de inverno.
É um poderoso deus castanho – taciturno, indômito e intratável,
Paciente até certo ponto, a princípio reconhecido como fronteira,
Útil, inconfidente, tal um caixeiro-viajante.
Depois, apenas um problema que ao construtor de pontes desafia.
Resolvido o problema, o deus castanho é quase esquecido
Pelos moradores das cidades – sempre, contudo implacável,
Fiel às suas iras e épocas de cheia, destruidor, recordando
O que os homens preferem esquecer. Desprezado, preterido
Pelos adoradores da máquina, mas esperando, espreitando e esperando.
Seu ritmo esteve presente no quarto das crianças,
Na álea de ailantos dos quintais de abril,
No aroma das uvas sobre a mesa de outono,
E no halo vespertino dos lampiões de inverno.
O rio flui dentro de nós, o mar nos cerca por todos os
lados;
O mar é também a orla da terra, o granito
Que ele penetra as praias onde arremessa
Indícios de uma criação pretérita e diversa:
A estrela-do-mar, o caranguejo, o espinhado de baleia;
Os abismos onde oferece à nossa curiosidade
As mais delicadas algas e anêmonas marinhas.
Cara ou coroa, ele joga nossos ossos, a rede rasgada,
O covo em pedaços, o remo estilhaçado
E os utensílios de estrangeiros mortos. O mar tem muitas vozes,
Muitos deuses e muitas vozes.
O sal está na rosa silvestre,
A névoa está nos pinheiros.
O uivo do mar,
O ganido do mar, são vozes distintas
Muita vez ouvidas juntas: o queixume do cordame,
A ameaça e o afago da vaga espedaçado sobre as águas,
O distante marulho nos dentes de granitos,
O plangente aviso do vizinho promontório
Tudo são vozes do mar, a boia sibilante
Que ronda os litorais domésticos, e a gaivota:
E sob a opressão da névoa silenciosa
O sino dobra
Medindo um tempo que não é nosso, tocado pela vagarosa
Pulsação da terra, um tempo
Mais antigo que o tempo dos cronômetros, e mais antigo
Que o tempo contado pelas aflitas e aborrecidas mulheres
Em vigília, calculando o futuro
Tentando esfiapar, desmanchar, deslindar
E o passado ao futuro cerzir num remendo inconsútil,
Entre a meia noite e a aurora, quando o passado é todo decepção
E o futuro ao futuro se recusa, antes que a manhã desperte,
Quando o tempo se detém e o tempo jamais se estingue.
E a pulsação da terra, desde o princípio em tudo viva,
Tange
O sino.
O mar é também a orla da terra, o granito
Que ele penetra as praias onde arremessa
Indícios de uma criação pretérita e diversa:
A estrela-do-mar, o caranguejo, o espinhado de baleia;
Os abismos onde oferece à nossa curiosidade
As mais delicadas algas e anêmonas marinhas.
Cara ou coroa, ele joga nossos ossos, a rede rasgada,
O covo em pedaços, o remo estilhaçado
E os utensílios de estrangeiros mortos. O mar tem muitas vozes,
Muitos deuses e muitas vozes.
O sal está na rosa silvestre,
A névoa está nos pinheiros.
O uivo do mar,
O ganido do mar, são vozes distintas
Muita vez ouvidas juntas: o queixume do cordame,
A ameaça e o afago da vaga espedaçado sobre as águas,
O distante marulho nos dentes de granitos,
O plangente aviso do vizinho promontório
Tudo são vozes do mar, a boia sibilante
Que ronda os litorais domésticos, e a gaivota:
E sob a opressão da névoa silenciosa
O sino dobra
Medindo um tempo que não é nosso, tocado pela vagarosa
Pulsação da terra, um tempo
Mais antigo que o tempo dos cronômetros, e mais antigo
Que o tempo contado pelas aflitas e aborrecidas mulheres
Em vigília, calculando o futuro
Tentando esfiapar, desmanchar, deslindar
E o passado ao futuro cerzir num remendo inconsútil,
Entre a meia noite e a aurora, quando o passado é todo decepção
E o futuro ao futuro se recusa, antes que a manhã desperte,
Quando o tempo se detém e o tempo jamais se estingue.
E a pulsação da terra, desde o princípio em tudo viva,
Tange
O sino.
II
Onde fim para isso tudo, para o surdo lamento,
Para o silente agonizar das flores outonais
Que as pétalas gotejam e imóveis permanecem;
Onde fim para o termo ponha ao torvelinho do naufrágio,
A súplica do osso nas areias, à insuplicável
Súplica para a calamitosa anunciação?
Para o silente agonizar das flores outonais
Que as pétalas gotejam e imóveis permanecem;
Onde fim para o termo ponha ao torvelinho do naufrágio,
A súplica do osso nas areias, à insuplicável
Súplica para a calamitosa anunciação?
Não há fim, mas adição: a repisada trilha
De tantas horas mais e mesmos sempre dias,
Enquanto o coração reclama os impassíveis
Momentos da existência, entre as ruínas
Do que se acreditou fosse o mais íntegro
– O mais capaz, portanto, de abnegação.
De tantas horas mais e mesmos sempre dias,
Enquanto o coração reclama os impassíveis
Momentos da existência, entre as ruínas
Do que se acreditou fosse o mais íntegro
– O mais capaz, portanto, de abnegação.
Há uma adição final: o malogrado orgulho
Ou o despeito ante poderes malogrados,
A fria devoção que poderá passar por indevota,
Num barco à deriva e a meio naufragar,
O tácito escutar do irrecusável clamor
Do sino que anuncia a última anunciação.
Ou o despeito ante poderes malogrados,
A fria devoção que poderá passar por indevota,
Num barco à deriva e a meio naufragar,
O tácito escutar do irrecusável clamor
Do sino que anuncia a última anunciação.
Como alcança-los, aos pescadores do mar a afora
Cauda do vento adentro, onde a bruma se enrodilha?
Não poderemos conceber um tempo inoceânico
Ou oceano algum não recamado de despojos
Ou futuro que não esteja, como o passado,
Sujeito a nunca possuir destinação.
Cauda do vento adentro, onde a bruma se enrodilha?
Não poderemos conceber um tempo inoceânico
Ou oceano algum não recamado de despojos
Ou futuro que não esteja, como o passado,
Sujeito a nunca possuir destinação.
Nós os conceberemos sempre baldeando as águas,
Traçando e orçando rumos quando sopra o Noroeste
Sobre os baixios que a erosão não desfigura
Ou cavando sua paga, secando ao cais o velame
– Não como vítimas de um périplo impagável
Por arrasto incapaz de resistir a uma inspeção.
Traçando e orçando rumos quando sopra o Noroeste
Sobre os baixios que a erosão não desfigura
Ou cavando sua paga, secando ao cais o velame
– Não como vítimas de um périplo impagável
Por arrasto incapaz de resistir a uma inspeção.
E fim não há que termo ponha a isso tudo, ao mudo
Lamento, à infindável agonia das flores agonizantes,
Ao movimento de dor que indolor e imóvel se consuma,
Aos descaminhos do mar e ao torvelinho do naufrágio,
À súplica do osso e seu Deus-Morte. Apenas a somente, penosamente suplicável
Súplica da única Anunciação.
Lamento, à infindável agonia das flores agonizantes,
Ao movimento de dor que indolor e imóvel se consuma,
Aos descaminhos do mar e ao torvelinho do naufrágio,
À súplica do osso e seu Deus-Morte. Apenas a somente, penosamente suplicável
Súplica da única Anunciação.
Parece, quando alguém se torna mais velho,
Que o passado assume outra forma, e deixa de ser uma simples sequência
– Ou mesmo um desenvolvimento: este, aliás, uma parcial falácia
Endossada por noções superficiais de evolução
Que se convertem, na mente do povo, em pretexto para renegar o passado.
Nos momentos e felicidade – não a sensação de bem-estar,
Fruição, plenitude, segurança ou afeto,
Ou mesmo a de um soberbo jantar, mas a súbita iluminação –
Vivemos a experiência mas perdemos o significado,
E a proximidade do significado restaura a experiência
Sob forma diversa, além de qualquer significado. Como já disse,
A experiência vivida e revivida no significado
Não é a experiência de uma vida apenas
Mas a de muitas gerações – não esquecendo
Algo que, provavelmente, será de todo inefável:
O olhar para além da certeza
Da História documentada, a olhadela
Por cima dos ombros, ao terror primitivo lançada.
Agora, chegamos a descobrir que os momentos de agonia
(Se eles são devidos à má compreensão,
Após esperar-se pelo equivoco ou por ele haver temido,
Não vem ao caso) são a rigor permanentes,
Tocados dessa permanência que trespassa o tempo. Apreciamos isto melhor
Na agonia dos outros – experimentada de perto,
E que a nós mesmos nos envolve – do que em nossa própria.
Pois em nosso próprio passado cruzam correntes de ação,
Mas o tormento dos outros perdura como experiência
Inqualificada, incorrompida por subsequente atrito.
As pessoas mudam, e sorriem, – mas a agonia permanece.
O tempo que destrói é o tempo que preserva.
Tal o rio com sua carga de negros mortos, vacas e gaiolas,
A maçã amarga e a marca da dentada.
E o rochedo apunhalado nas águas incansáveis,
As vagas o lavam, as brumas o agasalham;
Num dia alciônico, ele é apenas um monumento,
Em tempos à navegação propícios, sempre um marco
A indicar o rumo – mas na estação das sombras,
Ou em meio a repentina fúria, ele é o que sempre foi.
Que o passado assume outra forma, e deixa de ser uma simples sequência
– Ou mesmo um desenvolvimento: este, aliás, uma parcial falácia
Endossada por noções superficiais de evolução
Que se convertem, na mente do povo, em pretexto para renegar o passado.
Nos momentos e felicidade – não a sensação de bem-estar,
Fruição, plenitude, segurança ou afeto,
Ou mesmo a de um soberbo jantar, mas a súbita iluminação –
Vivemos a experiência mas perdemos o significado,
E a proximidade do significado restaura a experiência
Sob forma diversa, além de qualquer significado. Como já disse,
A experiência vivida e revivida no significado
Não é a experiência de uma vida apenas
Mas a de muitas gerações – não esquecendo
Algo que, provavelmente, será de todo inefável:
O olhar para além da certeza
Da História documentada, a olhadela
Por cima dos ombros, ao terror primitivo lançada.
Agora, chegamos a descobrir que os momentos de agonia
(Se eles são devidos à má compreensão,
Após esperar-se pelo equivoco ou por ele haver temido,
Não vem ao caso) são a rigor permanentes,
Tocados dessa permanência que trespassa o tempo. Apreciamos isto melhor
Na agonia dos outros – experimentada de perto,
E que a nós mesmos nos envolve – do que em nossa própria.
Pois em nosso próprio passado cruzam correntes de ação,
Mas o tormento dos outros perdura como experiência
Inqualificada, incorrompida por subsequente atrito.
As pessoas mudam, e sorriem, – mas a agonia permanece.
O tempo que destrói é o tempo que preserva.
Tal o rio com sua carga de negros mortos, vacas e gaiolas,
A maçã amarga e a marca da dentada.
E o rochedo apunhalado nas águas incansáveis,
As vagas o lavam, as brumas o agasalham;
Num dia alciônico, ele é apenas um monumento,
Em tempos à navegação propícios, sempre um marco
A indicar o rumo – mas na estação das sombras,
Ou em meio a repentina fúria, ele é o que sempre foi.
III
Às vezes me pergunto se isto é o que Krishina quis dizer
– Entre outras coisas – ou apenas um meio de dizer a mesma coisa:
Que o futuro é uma canção esmaecida, uma Rosa Real ou um borrifo de alfazema
De nostálgico pesar por aqueles ainda ausentes daqui para o pesar,
Esmagado entre as folhas amarelas de um livro jamais aberto.
E toda subida é uma descida, todo retorno uma partida.
Não o podes encarar face a face, mas isto é certo:
O tempo não cura, e aqui já não está mais o paciente.
Quando parte o trem, e os passageiros se acomodam,
Com frutas, revista e cartas comerciais
(E os que vieram despedir-se já deixaram a plataforma)
Suas faces relaxam da tensão para o alívio,
Ao sonolento ritmo de muitas horas.
Adiante, viajantes! Não escapareis ao passado
Por viverdes outras vidas, ou em qualquer outro futuro;
Não sois os mesmos que deixaram a estação
Ou que a nenhum final de linha alcançarão,
Enquanto os trilhos se tocam e atrás de vós deslizam;
E sobre o convés do álacre navio,
Velando o sulco de espumas que atrás de vós se esgarça,
Não podereis pensar “o passado passou”
Ou o “o futuro à nossa frente se entreabre”.
Ao anoitecer, nos cordames e antenas
Uma voz balbucia (não aos ouvidos, todavia,
Murmurante búzio do tempo, ou em qualquer linguagem viva)
“Adiante, vós que julgais estar de viagem;
Não sois aqueles que viram o porto se afastar
Ou que jamais um dia à terra tocarão.
Aqui, entre as praias de cá e de lá
Enquanto o tempo se retira, considerai o futuro
E o passado como um juízo equidistante.
Neste momento, que de inércia não é e nem de ação,
Podeis aceitar isto – ‘em que qualquer esfera do ser
A mente humana pode estar atenta
À hora da morte’ – esta é a única ação
(E a hora da morte preside cada instante)
Que haverá de frutificar na vida dos outros.
E não penseis no fruto da ação.
Adiante.
Ó viajantes, ó marinheiros
Vós que chegais ao porto, e vós cujos corpos
Do mar processo e julgamento sofrerão,
Do mar ou de outro tribunal, este é o vosso real destino”.
Assim Krishina, quando nos campos de batalha
Arjuna escarmentou.
Boa viagem, não
– Mas adiante, viajantes.
– Entre outras coisas – ou apenas um meio de dizer a mesma coisa:
Que o futuro é uma canção esmaecida, uma Rosa Real ou um borrifo de alfazema
De nostálgico pesar por aqueles ainda ausentes daqui para o pesar,
Esmagado entre as folhas amarelas de um livro jamais aberto.
E toda subida é uma descida, todo retorno uma partida.
Não o podes encarar face a face, mas isto é certo:
O tempo não cura, e aqui já não está mais o paciente.
Quando parte o trem, e os passageiros se acomodam,
Com frutas, revista e cartas comerciais
(E os que vieram despedir-se já deixaram a plataforma)
Suas faces relaxam da tensão para o alívio,
Ao sonolento ritmo de muitas horas.
Adiante, viajantes! Não escapareis ao passado
Por viverdes outras vidas, ou em qualquer outro futuro;
Não sois os mesmos que deixaram a estação
Ou que a nenhum final de linha alcançarão,
Enquanto os trilhos se tocam e atrás de vós deslizam;
E sobre o convés do álacre navio,
Velando o sulco de espumas que atrás de vós se esgarça,
Não podereis pensar “o passado passou”
Ou o “o futuro à nossa frente se entreabre”.
Ao anoitecer, nos cordames e antenas
Uma voz balbucia (não aos ouvidos, todavia,
Murmurante búzio do tempo, ou em qualquer linguagem viva)
“Adiante, vós que julgais estar de viagem;
Não sois aqueles que viram o porto se afastar
Ou que jamais um dia à terra tocarão.
Aqui, entre as praias de cá e de lá
Enquanto o tempo se retira, considerai o futuro
E o passado como um juízo equidistante.
Neste momento, que de inércia não é e nem de ação,
Podeis aceitar isto – ‘em que qualquer esfera do ser
A mente humana pode estar atenta
À hora da morte’ – esta é a única ação
(E a hora da morte preside cada instante)
Que haverá de frutificar na vida dos outros.
E não penseis no fruto da ação.
Adiante.
Ó viajantes, ó marinheiros
Vós que chegais ao porto, e vós cujos corpos
Do mar processo e julgamento sofrerão,
Do mar ou de outro tribunal, este é o vosso real destino”.
Assim Krishina, quando nos campos de batalha
Arjuna escarmentou.
Boa viagem, não
– Mas adiante, viajantes.
IV
Senhora, cujo santuário se alteia sobre o promontório,
Orais por aqueles que se fazem ao mar, por aqueles
Que do peixe seus sustento tiram, por aqueles
Que aos lícitos negócios se dedicam
E por aqueles que os conduzem.
Orais por aqueles que se fazem ao mar, por aqueles
Que do peixe seus sustento tiram, por aqueles
Que aos lícitos negócios se dedicam
E por aqueles que os conduzem.
Rezai outra oração pelas mulheres
Que assistiram seus filhos e maridos
Partirem para nunca mais voltar
Fligia del tuo fligio
Rainha do Céu.
Que assistiram seus filhos e maridos
Partirem para nunca mais voltar
Fligia del tuo fligio
Rainha do Céu.
Rezai também uma oração pelos que estavam nos navios,
E cujo périplo findou sobre as areias, entre os lábios do mar,
Ou na escura garganta que nunca os devolverá
Ou num abismo onde do mar jamais o som dos sinos ouvirão
Angelus perpétuo.
E cujo périplo findou sobre as areias, entre os lábios do mar,
Ou na escura garganta que nunca os devolverá
Ou num abismo onde do mar jamais o som dos sinos ouvirão
Angelus perpétuo.
V
Comunicar-se com Marte, conversar com espíritos,
Historiar a conduta do monstro marinho,
Traçar o horóscopo, aruspicar ou bisbilhotar o astral,
Observar anomalias grafológicas, evocar
Biografias pelas linhas da mão
Ou tragédias pelos dedos, lançar presságios
Através de sortilégios, ou folhas de chá, adivinhar o inevitável
Com cartas de baralho, embaralhar pentagramas
Ou ácidos barbitúricos, ou dissecar
A trôpega imagem dos terrores pré-conscientes
– Sondar o fundo, a tumba, ou os sonhos; tais coisas são apenas
Passatempos e drogas usuais, ou manchetes de imprensa:
E sempre o serão, sobretudo alguns deles,
Quando há nações em perigo e perplexidade
Seja nas costas da Ásia, seja na Edgware Road.
A curiosidade humana esquadrinha passado e futuro
E a tal dimensão se apega. Mas apreender
O ponto de interseção entre o atemporal
E o tempo, é tarefa para um santo
– Ou nem chega a ser tarefa, mas uma coisa dada
E tomada, na morte de uma vida vivida em amor,
Fervor, altruísmo e renúncia de si própria.
Para a maioria de nós, há somente o inesperado
Momento, o momento de dentro e fora do tempo,
O cesso de distração, perdido num dardo de luz solar,
O irrevelado tomilho selvagem, ou o relâmpago de inverno,
Ou a cascata, ou a música tão profundamente ouvida
Que aos ouvidos se furtou, mas vós sois a música
Enquanto a música perdura. Tudo isto não passa de hipótese e conjectura,
Hipótese e depois conjectura; o resto
É prece, observância às normas, disciplina, pensamento e ação.
A hipótese em parte conjecturada, o dom parcialmente compreendido, é Encarnação
Aqui se atualiza a impossível
União de esferas da existência,
Aqui passado e futuro estão
Conquistados e reconciliados,
Onde qualquer ação fosse,
De outro modo, movimento
Do que apenas é movido
Sem possuir matriz de movimento
– Guiado por demônios, *ctônicos
Poderes. E a justa ação será
Livrar-se do passado e do futuro.
Para a maioria de nós, este é o alvo
Que aqui jamais se alcançará;
Nós, que embatidos só somos
Porque em tentar perseveramos;
Nós, satisfeitos ao final
Se nosso regresso temporal nutrir
(Não muito longe do teixo)
A vida de uma terra em plenitude.
Historiar a conduta do monstro marinho,
Traçar o horóscopo, aruspicar ou bisbilhotar o astral,
Observar anomalias grafológicas, evocar
Biografias pelas linhas da mão
Ou tragédias pelos dedos, lançar presságios
Através de sortilégios, ou folhas de chá, adivinhar o inevitável
Com cartas de baralho, embaralhar pentagramas
Ou ácidos barbitúricos, ou dissecar
A trôpega imagem dos terrores pré-conscientes
– Sondar o fundo, a tumba, ou os sonhos; tais coisas são apenas
Passatempos e drogas usuais, ou manchetes de imprensa:
E sempre o serão, sobretudo alguns deles,
Quando há nações em perigo e perplexidade
Seja nas costas da Ásia, seja na Edgware Road.
A curiosidade humana esquadrinha passado e futuro
E a tal dimensão se apega. Mas apreender
O ponto de interseção entre o atemporal
E o tempo, é tarefa para um santo
– Ou nem chega a ser tarefa, mas uma coisa dada
E tomada, na morte de uma vida vivida em amor,
Fervor, altruísmo e renúncia de si própria.
Para a maioria de nós, há somente o inesperado
Momento, o momento de dentro e fora do tempo,
O cesso de distração, perdido num dardo de luz solar,
O irrevelado tomilho selvagem, ou o relâmpago de inverno,
Ou a cascata, ou a música tão profundamente ouvida
Que aos ouvidos se furtou, mas vós sois a música
Enquanto a música perdura. Tudo isto não passa de hipótese e conjectura,
Hipótese e depois conjectura; o resto
É prece, observância às normas, disciplina, pensamento e ação.
A hipótese em parte conjecturada, o dom parcialmente compreendido, é Encarnação
Aqui se atualiza a impossível
União de esferas da existência,
Aqui passado e futuro estão
Conquistados e reconciliados,
Onde qualquer ação fosse,
De outro modo, movimento
Do que apenas é movido
Sem possuir matriz de movimento
– Guiado por demônios, *ctônicos
Poderes. E a justa ação será
Livrar-se do passado e do futuro.
Para a maioria de nós, este é o alvo
Que aqui jamais se alcançará;
Nós, que embatidos só somos
Porque em tentar perseveramos;
Nós, satisfeitos ao final
Se nosso regresso temporal nutrir
(Não muito longe do teixo)
A vida de uma terra em plenitude.
* deuses do submundo (da mit. gr. Khthonios = da “terra”=
khthon)
sábado, 14 de novembro de 2015
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
ESCONDERIJO DA PALAVRA
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
November & Me
É o meu livro que se iniciou 39 anos antes deste momento. É uma obra, ainda bem, inacabada. Depois de concluir este texto terei mais uma página para virar e uma porção de coisas para agregar. Assim são meus dias. Aprendo. Agrego. Acolho. Concretizo. Amadureço. Erro. Acerto. Absorvo. Observo. Silencio.
Difícil passar pelo tempo sem perceber suas marcas, suas expressões talhadas numa espécie humana de ampulheta. O corpo muda. A autoestima declina. A pressa de viver tudo o que não vivi aumenta. A impaciência toma conta. Não tolero coisas que antes eu tolerava (mas deixo pra lá algumas vezes).
Os sonhos ficam mais próximos. O peso na balança sobe em disparada, feito o dólar. O bolso esvazia em função da ansiedade. O cabelo perde a cor, o brilho. A música se torna mais lenta. O coração acalma e acelera ao mesmo tempo. A alma flutua em busca de perspectivas. As viagens impulsionam e dão fôlego à coleção de dias trabalhados sem folgar.
A idade é um ir constante. É aprendizado. É letra de canção clichê, sussurrando aos ouvidos que "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia." É um enxergar-se de outra forma. Já não vejo mais uma menina no espelho. Vislumbro uma mulher. Bem mais adulta do que aquela que eu gostaria de ver. Velha. Chata às vezes. Feliz e satisfeita em outras ocasiões. Perfeccionista. Frustrada com o que não conquistou ainda. Com o que deixou de falar. Mas esperançosa diante de uma porta aberta a infinitas possibilidades. Não deu certo agora? Vai dar amanhã. É assim que oxigeno meu cérebro. Puf! Tem que dar certo!!! Este é lema que carrego na bagagem.
São quase quatro décadas de existência. Tenho orgulho de olhar para trás e rever cenários de conquistas, de crises, de alegrias, tristezas, dores e alívios. De cultivo à vida. De superação. De saudades do meu pai. Do riso dele. Da bronca. Da cara feia. Do amor que transbordava. E ainda permanece. Dessas coisas entre o céu e a terra que arfam mistério.
O modo de encarar a travessia muda com o tempo. A ponte se torna mais estreita, porém, mais empolgante. Espio o despencar de uma folha da árvore. Ela flutua ao vento, dança seu balé de alguns segundos, e tudo termina ao forrar o chão. Se colaborou para render bons frutos à árvore da vida, no ano seguinte haverá mais folhas pincelando cores à paisagem. É um cenário novo que se instaura a cada dia. Olhe pela janela.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
Um céu de coisas pra dizer no olhar
Você já observou uma atleta da ginástica artística em quadra? Esqueça a delicadeza, a precisão dos passos, os gestos, a força, a leveza, os rodopios, os voos livres. Perceba o olhar dela. A concentração, a respiração, a face alheia aos aplausos e gritos de um ginásio inteiro surpreendido. A garota mede, milimetricamente, os limites da quadra, risca o chão com o olhar fixo no objetivo e atravessa até o outro lado, flutuando pelo solo. Sem asas. Eis a arte de voar com um talento fantástico.
É nessa trajetória que vejo brotar o objetivo. Nada se alcança sem esforço. É com essa determinação que as pessoas deveriam ir para o trabalho todos os dias. Com essa mesma perspectiva e desejo chegar até o seu amor, até a sua família. Com essa persistência ganhar outros países, outros oceanos, outros seres. A vida nada mais é do que um constante ir, e por mais que você volte, está sempre chegando a algum lugar, que já não é mais o mesmo, pois você mudou durante o percurso, fez a viagem que precisava fazer, alimentou seus anseios, triturou seu medo.
Sou a favor de ir a qualquer lugar do mundo, mesmo sem sair da cadeira. Antes de ver o seu destino ao vivo, meses antes você já está "turistando"com seu cérebro. E quando realmente chega é bom que a paisagem te arrebate e você diga: "É melhor do que eu esperava." Quantas e quantas vezes aterrissamos em terras estranhas, mas admiramos tudo com o olhar mais incrível que já tivemos! Deveríamos ter esse mesmo olhar todos os dias, para todas as coisas.
Sozinha ou acompanhada, tenha um tempo para você mesma. Tenha um bocado de horas para admirar o céu e decifrar tudo o que ele tem a dizer. O começo do dia, o fim da tarde, a explosão de cores, as nuvens pinceladas de formas diferentes. Num momento complicado da minha vida, alguém de repente me abraçou e disse: "Olhe para o céu!". E então eu percebi que nunca tinha visto, de verdade, aquela imensidão sobre nossas cabeças. Quantas estrelas! Quanto mistério tem o universo. Um infinito de coisas para desvendar!
Difícil observar uma estrela sozinha. Elas existem, mas iluminam muito mais quando estão juntas e formam uma constelação de rara beleza. É assim com a gente, principalmente quando se está próximo de pessoas que têm prazer de desfrutar da sua companhia. Brilham juntas e não desejam ofuscar as outras. Querem te apresentar às pessoas que ama.
Dias atrás uma amiga me apresentou à filha dela, que nascera um dia antes. "Essa é uma amiga que a mamãe ama muito." Que maneira linda de chegar ao mundo de alguém. Me senti estrela naquele nascimento. Ser bem-vinda ao universo de uma criança-anjo que conquista seu primeiro dia de vida na Terra é colher ternura num campo de tulipas.
Está todo mundo buscando seu caminho. Para alguns há mais flores, enquanto para outros, mais pedras. Depende do ponto de vista, de como se olha para o horizonte. Tem gente que faz um dominó com as pedras e segue no jogo, ganhando ou perdendo. Mas tem gente que tropeça, cai e não levanta. Esquece de olhar o céu e ver que depois da escuridão surgem os raios de sol. Como um papel em branco para escrever uma outra história.
Trace seu objetivo. Selecione as pessoas que valem a pena estar ao seu lado. Percorra mentalmente o oceano até aquela ilha magnífica no Sul da Itália. Navegue em pensamentos. Vá. De verdade. Mas volte. Regresse com um céu de cultura e aprendizado, com uma esfera celeste de experiências. Naquele último salto da ginasta, repare o quanto de equilíbrio e satisfação ela esbanja.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
NÉVOA DA NOITE
NÉVOA DA NOITE
Ah! A vida é um barco branco de sonhos,
Desde nossos ternos dias mais risonhos,
Quando às noites azuladas o pensamento
voava com a lua de prata; ó meu tormento...
Este amor tão puro - alto como as estrelas,
Além das nuvens resplandecentes no céu,
Permitem-me por entre as rendas, tíbio véu,
Contemplando-as sou feliz a vejo entre elas!
Vai com os sóis distantes meu pensamento
Teu lindo rosto singrando na névoa da noite
No profundo veludo marinho do firmamento,
Toca a lembrança meu rosto - tépida aragem,
És tu, soturna sombra que passas e me beija,
Alevanta o céu, cortinas abrem nesta voragem!
Mauro martins Santos
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