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TESTE PÉZINHO DE BEBÊ REBORN
https://youtu.be/AY2aN-XmJ5k
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Qual o
fantasma que os atuais bebês 'reborn' escondem?
Perco-me no que é
'direito' escrever sobre bonecos que podem ocupar o
lugar de crianças.
O leitor sabe o quanto penso que vivemos num mundo ridículo.
Mas esse ridículo toca notas mais profundas em nós, penso eu, do que um mero
ridículo para risadas baratas. Notas sombrias. Gosto de filmes e histórias de
terror.
Há algum tempo, vi um filme em que uma mulher aceitava um
emprego de babá. Babá de um boneco. Ao longo da história, um namorado violento
descobre o endereço da casa em que ela trabalha e acaba por quebrar o boneco. A
partir dai, uma "versão" fantasmagórica do boneco, no tamanho de um
menino verdadeiro, surge para matar todo mundo. Resumo da ópera: o boneco
menino cumpria lá uma missão. A missão de conter o espírito atormentado do
verdadeiro menino.
A moda "reborn" é uma nova moda. A redundância aqui visa o ridículo. Reborn são bonecos e bonecas (para respeitar os gêneros) que, "hiper-realistas", muitas vezes, ocupam o lugar de crianças verdadeiras para mulheres adultas (para meninas também, mas isso costumava ser "normal"). Imagino que também, de repente, os outros 170 gêneros sexuais humanos se sintam excluídos se eu não escrever que não só mulheres "têm o direito de" serem mães de bonecos e bonecas reborn.
A moda "reborn" é uma nova moda. A redundância aqui visa o ridículo. Reborn são bonecos e bonecas (para respeitar os gêneros) que, "hiper-realistas", muitas vezes, ocupam o lugar de crianças verdadeiras para mulheres adultas (para meninas também, mas isso costumava ser "normal"). Imagino que também, de repente, os outros 170 gêneros sexuais humanos se sintam excluídos se eu não escrever que não só mulheres "têm o direito de" serem mães de bonecos e bonecas reborn.
Coloquei o "têm o
direito de" entre aspas porque a expressão hoje se assemelha a
"energia" ou "cabala" na sua desgraça semântica, ou seja,
expressões que, de tanto uso, perderam a dignidade semântica. "Ética"
é a próxima da fila. Perder a dignidade semântica quer dizer que perderam
qualquer significado de fato. Tipo: você "tem o direito de" dizer
"cabala" para se referir a uma brisa sua de que você na vida passada
foi uma bruxa queimada porque era muito inteligente e gostosa, e homens
opressores, que detestam mulheres inteligentes e gostosas, queimaram você.
E você descobriu isso
tudo numa terapia quântica.
Dado o exemplo, voltemos à realidade.
"Direito" você tem até de se declarar samambaia. Se você se sentir
uma samambaia, eu acho que você deve "ter o direito de" se declarar
uma samambaia. Samambaias felizes compõem o cenário do futuro humano
"cyborg". Se existirem samambaias competentes, logo bancos descolados
as empregarão. Coworkings também terão startups com samambaias empoderadas.
Voltemos ao termo "cyborg".
Em 1985, Donna Haraway publicou "A Manifesto for
Cyborgs". Aqui o termo não significa unicamente os seres robóticos dos
filmes. "Cyborg", aqui, significa o rompimento de fronteiras claras
entre humanos e animais ou humanos e máquinas. O "Manifesto" (adoro
gente que escreve manifestos) visa refletir sobre a dissolução das fronteiras
ontológicas entre natural e artificial ou a das fronteiras entre o que é gente
e o que não é. A reflexão é séria. Não vou entrar nela. Interessa-me aqui o
frisson presente na ideia de "manifesto".
A propósito, também existe o "Manifesto Coworking"
(adoro gente que escreve manifestos, desde o Comunista). Proponho o
"Reborn Manifesto". Defenderei que as pessoas "têm o direito
de" dar banhos em "reborn babies" e dar comida pra eles.
Comprar roupas em lojas descoladas que compram o frisson do meu
"Manifesto". Amá-los profundamente. Comprar remédios naturais para
eles porque a indústria farmacêutica quer nos transformar em seus escravos
viciados em drogas.
Beijá-los. Sim, beijá-los. Por que não? Claro, não na boca,
porque mesmo o "Reborn Manifesto" não aceita pedofilia.
Levá-los à
escola? Sim! Vejo logo os coletivos de mães reborn perguntando: "Por que
meus filhos, filhas e filh(x)s não têm o direito de frequentar as
escolas?". Mas não as escolas para crianças "especiais"! Escolas
para crianças "normais"! "Comuns"?
Perco-me no que é
"direito" ou não escrever.
Então suas crianças reborn frequentarão as aulas, com os mesmos
"direitos" das outras crianças, e políticas contra o bullying de
crianças reborn serão criadas por especialistas em diversidade reborn.
Logo a
discussão tocará o (tema dos 171 gêneros sexuais humanos) em matéria reborn. Um
"Transreborn Manifesto" será escrito. "Reborn babies"
terão cotas nas escolas! Pergunto-me: qual é o fantasma que esses "reborn
babies" escondem nessas "reborn mommies"?
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2018/02/qual-o-fantasma-que-os-atuais-bebes-reborn-escondem.shtml
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2018/02/qual-o-fantasma-que-os-atuais-bebes-reborn-escondem.shtml
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