Maria-fumaça feita de lata...
Por que as
velhas “maria-fumaça”
Levam-me à
infância de tão longe data?
Teria um atávico
amor em minha raça,
Impelir-me
a conduzir um trem de prata?
E por que um
velho castelo medieval
Povoa de
sempre meu pensamento,
A imaginação
se esvai de todo o trivial,
Tudo se
desbarata ao mando do Tempo?
O risco
feito com o dedão do pé era o trilho,
Os vagões: latas
de óleo e lata de sardinha,
Castelo de
seixos, torre de sabugo de milho.
A pena
desta saudade, não mal me trata,
Pois, a
infância e eu temos hoje igual data,
Mudam meu
trem de lata em ouro e prata!
[M. Martins
Santos]
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