sábado, 13 de janeiro de 2018

DUAS DAS MAIORES MISÉRIAS HUMANAS


DUAS DAS MAIORES MISÉRIAS HUMANAS

É de se pensar até aonde a criatura
humana é capaz de fazer o mal.

Há duas misérias mais evidentes no ser humano: aquela em que a pessoa é tão indigente que nem sabe mais quem é. Causada pela quase inanição. Onde todo o poder governante, tem culpa no cartório. Atinge o âmago da pessoa, e os que não estão ainda nesta situação, estão a caminho ou tudo fazendo para causar sua desgraça e de tantos quantos puderem levar com eles: é o delta dessa violência desenfreada e de elevação constante de dia para dia, o que no passado as estatísticas grafavam de um ano para outro.

A outra [segunda] miséria é pior do que a fome propriamente dita - a ignorância anunciada pela falta de educação escolar, pela inexistência de meios de suprir o analfabetismo. Porque a fome pode até levar a pessoa ao caminho inverso do mal e da violência - pelo contrário, a história pontua vários santos, que assim foram reconhecidos por quem de direito, no extremo de sua penúria de vida.

Longe de fazer apologia à fome, mas apenas clarear um paralelo de que a ignorância pelo analfabetismo é uma desgraça tamanha, que se pode dizer que o indivíduo analfabeto ou analfabeto-funcional  se equipara a um deficiente. E por única exclusiva culpa da classe dirigente, que por sua vez foram guindados ao poder pela legião de incapacitados de discernimento de que o poder se alimenta.

Por isso costumo dizer: um país continente como Brasil, onde se tornou lugar comum falar que “em se plantando tudo dá” não é negócio para os poderosos e os que se locupletam do poder, dar educação ao povo e saciar sua fome - que daí derivam a violência, a falência da saúde e a segurança; onde se chega ao absurdo de  exigir com acenos de prisão e exoneração dos agentes, e que trabalhem sem receber seus soldos atrasados há mais de três meses e sem décimo-terceiro salário de lei.

Fico imaginando se um desses elementos que praticam verdadeiro genocídio popular - roubando o erário feito com o suor do povo que paga seus impostos - pelo poder conseguissem viver 150, 200 anos. Misericórdia!


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