segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A ARTE NOS FASCINA

A ARTE NOS FASCINA


Desenho infantil, criança de 8 anos, e colorido pela mãe artista


                                    Desenho -estudo- de John W. Watherhouse


Bico de pena e aquarela -monocromática
de M.Martins Santos

Desenho "realidade fantástica"


                                              Arte-Foto - vários disparos


       Arte-foto P&B (sépia) 


  Escultura em abóbora (Pinterest)





Mauro Martins Santos
Da Academia Guaçuana de Letras  (AGL)

A arte pura é fascinante! Ela nos faz flutuar ou mais: - como pássaros encantados a flanar por universos imaginários - no sentido de que cada beleza, 
cada descoberta se apresenta cheia de possibilidades infindas; é o extravasar do ser, a sensibilidade, o toque, a busca, a sensação de que o ser humano é muito mais do que o próprio existir. Há a criação explícita em potência, cessa o tempo; sem passado, presente, futuro... Pura essência de um momento integral. Há na arte a licença de Deus para que o artista congele sua obra no exato instante de sua criação.

Podemos vislumbrar uma luminosidade por frestas de nuvens noturnas, apenas um pequeno fulgor; mas muito além dessa tênue luz, existe uma gigantesca estrela. Um gerador infindável de energia.
É o gênio da criatividade e da imaginação exercendo sua verdadeira razão  de se estar vivo e pensante no mundo. 

Deveria nos bastar simplesmente flutuar, propalar e deixar expressar a leveza do ser cotidianamente, mas há algo mais além da argamassa das aparências, através das emanações puramente mentais. Se assim não fosse seria sempre o exato, óbvio ou lógico. Não seria arte, mas ciência.

Independente do tema, estilo ou técnica tratados, notamos que na produção da arte, mais especificamente na pintura, há uma preocupação com a beleza poética, embutida na representação buscada além da realidade visível. Neste texto não falaremos especificamente das emoções buscadas por outros fatores impactantes como: horror, revolta, espiritualidade, compaixão, fé, etc. Embora o escopo dentre todos os temas sejam o mesmo. (Exemplo, os Cristos do pintor alemão Grünewald, Matthias), que causam pelas aparências meio putrefatas, um misto de horror, asco, compaixão, piedade, fé... Aliás era isto que o autor buscou...

No geral o verdadeiro artista, aquele que busca cooptar os visitantes, trabalha com a matéria das emoções da alma e a espiritualidade. Harmonia e equilíbrio entre os elementos que compõem o quadro. Resultado disto serão imagens ornamentais, cheias de pormenores e detalhes, cores luminosas que dão sensibilidade estética às pinturas onde o romance - mesmo um rudimentar e hesitante erotismo - unidos e disfarçados por uma certa inocência, também por isso, na arte, têm lugar de destaque. 

Os nus femininos eram sempre rodeados de anjinhos, para “quebrar” o impacto da nudez explicita das personagens figurativas.
Mas a gênese da arte empreende atividades para causar impacto; o inusitado, e nisto em primeiro estágio é esperada a reação de quem recebe a mensagem, e torna-se a paga do artista. Ao depois a recepção e o resultado da leitura da obra, dentro das nuances de cada arte: a repercussão.

*





















Disse Fernando Pessoa: “A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta”. E não basta porque ao inquiridor da verdade contida na beleza, é a parabólica busca do Santo Graal.
Tão elaborada é a prosa poética da lenda - como soa também a do próprio Rei Artur, que muitos - e a mente humana é prodigiosa - creem piamente tanto na existência do Santo Graal como ainda em Artur da Távola Redonda e sua saga, e em Morgana, Avalon e suas brumas perenes.

Como toda história - mito ou lenda - da antiguidade, buscavam-se reforçar com a disseminação em prosa, rima ou canto dos menestréis a valoração do caráter humano, suportada nas “regras gentis” de cavalaria, seu desejo pela aventura e a afirmação da honra, e a onipresença da Igreja a fazer sombra sobre os castelos e reis levando a defesa da fé aos extremos, exortando os personagens à busca da recompensa e galardão da eterna e infinita bondade. 

Assim não poderia ser de outra forma. A lenda e às vezes a total crença no mito arthuriano era um grito de liberdade, mas também e sobretudo, de contínuas conquistas.

Provavelmente  foram esses os principais motivos para que um mito que reporta a ritos e regras  tão distantes no passado, possa ainda seduzir e permanecer enraizado ainda com tanta força de crença (de muitos), e profundidade, enraizado nas mentes de muitas pessoas, sejam elas  britânicas ou cidadão do resto do mundo.

Guinevere sagra cavaleiro Sir Lancelot

Depedida - Ultimo olhar de Guinevere aos cavaleiros que vão à guerra


Guinevere em inglês, e em galês Gwenhwyfar- era consorte do rei Arthur  e personagem de uma lenda dentro de outra lenda, no ciclo lendário da Bretanha. Tão bem descrita, tão lindamente elaborada, os detalhes: alta, magra, olhos azuis, cabelos longos e ruivos como o sol poente; a ponto de querermos fortemente que ela existisse a se prolatar nos séculos. E nos contentamos em imaginá-la. 


Guinevere e Lancelot


Guinevere figura na lenda de um romance com Sir Lancelot, cavaleiro da Távola Redonda, dentro da saga arthuriana.

Valerá a sedução dos personagens desta lenda, além dos homens também para as mulheres, se versarmos para Sir Lancelot, Galahad, Percival ou outro Cavaleiro da predileção feminina, ou o próprio  rei Artur de Camelot. Desta saga fantástica, Guinevere, a ¹Dama de Shallot e o Castelo de Camelot, sempre me seduziram, dos quais retirei muita inspiração para desenhos e pinturas a óleo, dos maravilhosos quadros de Sir John William Watherhouse.




Aliás, não seria exatamente essa a missão das palavras, tanto orais quanto em maior grau as escritas, juntadas às imagens ilustrativas, que mesmo ficcionalmente sendo, nos farão parecer realidade?

Que não se pense que ao adentrar as brumas de Avalon e deixando de lado terreno menos distante no tempo e no espaço, estaríamos nos distanciando do foco da temática das artes.

Ainda dentro do campo ficcional, cheguemos mais para perto de hoje.




Sherlock Holmes, criatura de Conan Doyle

Falemos então de Conan Doyle e de seu Sherlock Holmes. Mais que um simples personagem, Holmes se transformou em protagonista, tão factível quanto a criatividade de Sir Conan Doyle pode produzir. Era o criador do famoso detetive particular, um oftalmologista frustrado (não tinha clientes, talvez pela sua especialidade) daí um fracassado e ocioso em seu consultório.

Para preencher seu tempo vazio Doyle resolveu criar Sherlock Holmes e fazer umas publicações em jornal londrino. Em resumo: o autor conseguiu fazer a imaginação dos leitores mutacionar - e transladar Holmes da ficção para o plano da realidade - como se verdadeiro fosse, com todas as situações e ações de seus famosos casos. E Holmes “engoliu” o autor. O mundo falava muito de Holmes e pouco de Doyle. E hoje ainda é comum muitos não saberem quem foi Conan Doyle, mas quase todo mundo sabe quem é Sherlock Holmes.

Foi, segundo os especialistas em literatura geral, e os especializados em contos policiais, sobretudo os Sherlockianos, um fato inusitado e incrivelmente inédito do personagem antropofagiar o autor, eliminando-o e passando a existir de forma autônoma. Com estilo de vida, domicílio, objetos pessoais, locais de frequência, violinista, boxeador, esgrimista, fumante de cachimbo e químico por vocação.

Sherlock Holmes e seu auxiliar nos casos policiais, Dr. Watson


Existe ainda a discussão sobre a Universidade que frequentou na Inglaterra. Discutem em qual delas Holmes foi aluno, dentre as grandes e mais antigas do Reino Unido - e reivindicando o famoso detetive particular como aluno desta ou daquela. Há diversos clubes, confrarias e associações voltadas para o estudo da “vida” e “modus operandi” do celebre detetive, e, que se ocupam de verdadeiras filigranas, coletadas nos contos e novelas sherlokianos

Há visitação turística permanente ao endereço de Holmes em Londres, Baker Street, no icônico endereço -221b; a casa virou o museu “Sherlock Holmes.
Numa típica casa vitoriana, o espaço é pequeno, mas vale a pena conhecer! A decoração fiel dos cômodos é a tradicional da época, e não somente se vê de perto, como supostamente viveu o famoso detetive, mas também encontram-se alguns de seus contemporâneosentre eles seu arquiinimigo, Moriarty, em bonecos de cera impecáveis. Seus objetos pessoais: o violino, o cachimbo, a lupa, o famoso boné, os tubos de ensaio, álbuns de recortes de jornais, chinelos que Holmes usava...

E assim nos deleitamos em ter o personagem vivo em nossos pensamentos e sonhos. O que antes somente a força literária das palavras, movia a imaginação, não é assim também que fazemos hoje ao sonharmos como os hodiernos contatos visuais? Neste caso, houve um percurso atualizado, chegando-nos o personagem hambientado e modernizado cenograficamente por mais de sessenta interpretes diferentes, de Holmes, nas telas do cinema, dos anos oitocentos e inicio dos novecentos, aportando no ano de 2016.

“Sem imaginação não há espanto”, disse Conan Doyle pela boca de Sherlock Holmes. Contudo, o objetivo do criador da arte é fazer com que as pessoas pensem, e pensando imaginem e imaginando naveguem, voem, viajem a outros “mundos” no estofo da fantasia, no encanto, tomando assento no próprio veículo criativo que detém  ante si, e atravesse os tempos.

Serve a arte também para outros desígnios que a criação imaginativa possa fazer; protesto, denúncia, reivindicação, revolta, incitação, vingança, ódio, discriminação, sensualidade, erotismo, pornografia...
Da mesma forma que a arte é livre, também os espectadores, plateia, visitantes, assistentes, ouvintes, são todos também livres para assistirem, verem, frequentarem ou não os locais de arte.  

A arte nunca vem até nós, somos nós que nos dirigimos a ela. A buscamos. Por isso há botões, controles, ingresso aos recintos,  ser preciso a compra de material em áudio, visual ou impressos.

Como finalização é interessante registrar um fato verídico, ocorrido com um dos maiores dicionaristas brasileiros - senão o mais conhecido: Aurélio Buarque de Holanda e seu dicionário “Aurélio” ou “Aurélião”, como o chamam popularmente. Foi o seguinte: - Duas senhoras idosas, tanto quanto era Aurélio, escreveram-lhe uma carta (no tempo a comunicação era, ou carta ou por telégrafo), dizendo-lhe: “Você não tem vergonha Aurélio, um homem velho, escrevendo tantas obscenidades, palavras de baixo calão e termos chulos, em seu dicionário!?”
- Aurélio responde às duas senhoras - que por sinal eram suas amigas - desta única e sucinta forma: “O que vocês estavam procurando??”


Como disse Goete em Fausto, parodiando Hipócrates: “Ars longa, vita brevis” (latim, a frase original era em grego) em ordem indireta mais poética: Longa é a Arte, breve é a vida.



Giz pastel - Gaivota - M. Martins Santos



¹ The Lady of Shalott é um poema ou balada vitoriana, escrito pelo inglês Alfred Tennyson (1809 - 1892). Assim como seus primeiros poemas - Sir Lancelot and Queen ... Inspirados na saga arthuriana.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

BOSQUE DO SILÊNCIO















BOSQUE DO SILÊNCIO

No meio de araucárias, ciprestes vetustos e altaneiros,
Alude que se oscilam com o vento, os poemas infindos,
Contrapondo o desalinho rasteiro à altivez do pinheiro,
São vida e sonhos inteiros: teus olhos a mim tão lindos.

Busco nos lampejo dos rastros apagados da campanha...
No entorno reina silêncio, não de paz, mas o de agonia,
Do silêncio o poeta se alimenta, nasceu em uma cabana,
Sigo campereando esse bosque de poemas dia após dia.

















O odor dos pinheiros são meus versos que soam vazios,
Pelos estranhos e maltratados caminhos vou buscando,
A agônica saudade túrgida no peito, como um vento frio,
Esperança enrolada em ataduras de neblinas soluçando.




















De meu poncho faço minha cama, do arreio travesseiro,
Preencho assim o vazio do peito, tomando meu amargo,
Aos gritos das curicacas, com meu cavalo companheiro.

Não haver mal que sempre dure, sei de fé e experiência,
Nem bem que nunca se acabe é um corolário da ciência,
O Amor é superior às virações abrangentes da existência!



O POETA É BELO










O Poeta é Belo

O poeta é belo como o Taj-Mahal
feito de renda e mármore e serenidade
O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore
ao primeiro relâmpago da tempestade
O poeta é belo porque os seus farrapos
são do tecido da eternidade

Mário Quintana

[Poema do livro Esconderijos do Tempo – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 488]
_____________________________________________________________

Mario "Menino" Quintana, gaúcho, um dos mais queridos poetas brasileiros de
todos os tempos.  [m.m.s]

_____________________________________________________________

sábado, 17 de setembro de 2016

À POETIZA




















À poetisa...

A tua Literatura é arte e majestade,
Fazes poesia com arte e coroamento,
Arte dourada com ares de liberdade,
Beleza para os sentidos, doce alento.

A trindade abençoa sua reciprocidade:
Aos meus cinco sentidos fundamentais;
O sexto sentido é só teu, uma raridade,
Coberto de estrelas, paramentos astrais.

E no azul profundo, bordas um coração,
Esplendoroso em veste de gala imerso
Toca minha alma a harpa de teus versos.
Para poder te amar em qualquer estação

Com sete notas tu compões uma melodia
Bem assim fazes: regendo todo o alfabeto;
Assim com as letras tu podes fazer poesia,

Reges o meu coração - ao som deste afeto,
Fluem as palavras pela noite e madrugada,
Aos ardentes abraços deste amor secreto!



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

GANHOU, MAS NÃO LEVOU

GANHOU, MAS NÃO LEVOU
- Crônica -
Mauro Martins Santos







Existe um ditado indígena, parece que Tupiniquim, que diz: "Ganhou, mas não levou".

Há uma lenda que de 200.016.000 almas, retirando-se 53.000.000 - por uma simples conta de subtração - o resultado seria de 147.066.000.

Diz-se ainda que certa "Grande Chefa Toura Sentada" alegava que esses 53.000.000 foram seus "bravos guerreiros" que a apoiaram.

Diz ainda a lenda, que o nariz da Grande Chefa, por esse fato, começou a crescer - onde um pica-pau já fez um ninho.

O Conselho Superior Tribal, que fala por todas as aldeias e tribos daquela nação, alerta que esse número todo de indígenas não pertence só à Grande Chefa, mas teria que ser dividido no mínimo por 2 (dois); visto que o sub-cacique, foi escolhido pelo conselho da "Grande Estrela do Totem Vermelho" por ser um líder poderoso e capaz.

Ocorreu então ser escolhido como sub-cacique pela capacidade de chefia e liderança para compor uma grande coalizão de tribos para conquistar a grande nação Green and Yellow, como fica denominada na lenda - resultando na união da Grande Chefa Toura Sentada, com um possuidor de pradarias de muitas manadas de búfalos e sua parcela representativa era a maior da nação e iria fortalecer a Grande Chefa.


















Mas curioso é que sob o beneplácito de Cavalo Louco, um líder xamã, ocorreu aquele fato bizarro e inovador que veio sobretudo fortalecer as tribos aliadas da Grande Chefa, sendo os indígenas mais irredutíveis da grande nação. Indomáveis, renegados, depredadores de tendas, aldeias e abrigos de quem lhes contrarie, e ateando fogo em tudo pela frente, em revolta à queda da Grande Chefa Toura Sentada a quem apoiam.

Entrementes, assim que a sua Grande Chefa caiu, todos já se pintaram de vermelho para a guerra, e se vestiram com trajes e penas também vermelhas, sinais característicos e indicativos de seu constante estado beligerante. São pertencentes a um ramo de tribais não pacificados que não aceitam qualquer tipo de aculturamento com os civilizados. Provocados, tornam-se perigosos.

Um outro guerreiro também figura na lenda - amigo daquele que fora elevado a Cacique-mor - era falante do mesmo tronco idiomático e cultural que este. Cooperador junto às manadas de bisões em todo território da nação, era Cacique do Alto Conselho dos Porta-Vozes, conhecedor de muitos vales, ravinas, e labirintos dos canyons.

Após a conclusão dos pajés e chefes que representavam o alto conselho da Grande Nação Green and Yellow, o Cacique dos Porta-Vozes foi tomado pelo Espírito dos Miasmas dos Pântanos e Lamaçais, a quem a Nação abominava com horror.

De forma esdrúxula, bizarra e inovadora, acompanhando o honorável Ancião e Mestre-Xamã que presidia o Conselho dos Porta-Vozes, devolve metade de toda a Nação Green and Yellow à Chefa deposta, com seus rios, montanhas florestas, ravinas, rebanhos de bisões, vastas pradarias e tesouros, inclusive sendo alimentada substancialmente como uma abelha rainha.

A Grande Chefa foi defenestrada pela maioria dos membros do Grande Conselho representativo da vontade do povo; porém recebe num chamado "fatiamento da pena" os melhores cavalos, os mais treinados e mais fortes guerreiros para resguardá-la de perigos e atendida em todas as necessidades como se Grande Chefa continuasse a ser. Com direito à farta caça trazida a ela pelos "seus bravos" à disposição diuturnamente

Estranhamente uma Chefa deposta - diziam os que a destituíram do cargo - permanecia praticamente na mesma condição a que vinha exercendo como Grande Chefa Toura Sentada. Melhor, sem responsabilidades pelos seus crimes contra o o povo da grande nação, e, sendo mantida com todos os aparatos dos grandes chefes heróis, do mais alto pico dos Espíritos da Montanha Vermelha.

O Chefe empossado da Nação Green and Yellow - pelas leis tribais daquela nação indígena - era por tradição, escrita a fogo em couro de bisão. Esta lei legitimava o Cacique, aprovado pelo Conselho Porta Voz e por Manitu. Nem ele nem os demais caciques, muito menos o povo até hoje, passados séculos, não entenderam.

Assim versa essa antiga lenda indígena que passou a ser conhecida como: “GANHOU, MAS NÃO LEVOU".

Após tanto tempo passado do que versa a lenda, os atuais indígenas cantam:

Mas somos todos uma "pátria de chuteiras”,
traseiros-fio- dental e “sextas-cerveja-feiras”,
samba, muita cachaça, e carnaval, que tal...
Muito futebol, pinga, mulher e gandaia, LEGAL!

FINAL.