sexta-feira, 30 de outubro de 2015

QUERÊNCIA - PROSA E VERSO QUE A ESTRADA ENSINA



<><><><>



QUERÊNCIA - PROSA E VERSO QUE A ESTRADA ENSINA.

///@//ro ///@rti//s S@//tos 

       Digo de pronto meus patrícios, que um velho tapejara, se não poetiza nos conformes, não tem tal pretensão. Prefere colher as prendas depois do tropel de estrelas, qual diamantes fixas no céu. Há um estouro na noite, e a estrela boieira amadrinhando a lua, vai campereando o infinito. Colhendo da safra dessas prendas multicores, que não são por desfavores, que se vão pela manhã. Pela mão da madrugada é que se vão. Já sem muito atropelo, a estrela grande boieira é como fosse sinuelo, para que não se percam nos rastros, e logo à noite... voltarão! É tracejado do Patrão do Céu. Só esperam os abichornados pela melancolia, que buscando as reminiscências desta vida,  marcados com ferro e fogo em seus flancos: pelo amor, ou desdém de uma bela china.
       Uma prenda por mui bela, perto ou na lonjura, faz um taita repontar estrelas, com juras ao luar!

                                        

       Um velho tapejara vaticinou quando ainda eu era guri, que "seria um dia na vida, um taita, saindo igualzito ao pai", assim, movo minha pena, embora fraca, carecendo aprendizado e ser domado para a lida.
       Há quem diga que não deva, pôr o flete nessa estrada, atilhando palavras pilchadas de sol e calor. 
       Fala uma velha chirua, que faz rima de trovas, até com Y, Z e K, que: " Se as minhas palavras não rimarem, como um 'taita e uma china enforquilhados num cavalo' - não adianta chê - é como caldo de galeto, acaba de relancina e não mata a fome do galgo que teatina, para lá e para cá, em sua cina.
                           
                                 

       Fiquei a cismar comigo: - Minhas rimas não tem métrica... são limas que não afiam aço? Senti no velho peito um pontaço. Patrão do Céu! Me acuda a desenrodilhar o laço! Me ensine num galopaço em meu requeimado alazão, que Tu és o Senhor dos Pagos: do saber e da razão.
       Na corrimaça desses traços, finquei o espeque da intenção: - Vou mostrar p'ra velha China, que se alvora formada em Letras...ao enfim...Diz que foi o latim popular a mãe de nosso idioma. Isto é sim! Flor do Lácio, do vulgar latim. 
       Lhe mostrarei que não sou guacho, tenho mais que o idioma - não careço chapéu de penacho - tenho meu jeito de pensar, tenho cá meu axioma. Tenho um relampejar de sotaque, que aumenta meu falar. Tenho um riso ancho de alegria dentro de mim mui guasca, como patada de potrilho, em pau ferro que não lasca.
       Vou casar letra com letra, palavra entropilhada com palavra. Compor uma estrofe bem sonora, qual ave canora e outra e mais outra até o fim. 
      Vou casar melhor que o taita e a china. Vou me casar com a mais bela prenda, a Albina. Bem alourada, estudada, filha de gente fina. Mostro pois que para matrimoniar não basta ser um taita, tem que ser macanudo! Para se casar: - "Hay que tener vocación, mantener el casamiento hay que ceder su corazón".* (///.///.S@//tos)
                                       
        
       - "De assim, fiz a metáfora da Albina"; para firmar que não me descaso com a prenda, nem me faz importância levar um pito, pois eu rimo à contenta, só não metrifico, porque existe o verso em prosa ou prosa em verso, poetizar em prosa, prosear poemizando, tropilhando palavras bonitas, para os olhos, alma e coração. - Enaltecer a poesia é minha maior emoção. Digo mais: escrever não é querer é vocação. 

       
       Que seria do branqueamento dos versos mais queridos de: Pessoa, Bandeira, Cecília, Drummond e Mário "Menino" Quintana, este que ressoa, um poeta de vasta projeção e ardor, gaúcho de alma, nascimento e coração; o mais querido que já pisara o sagrado solo tapejara deste rincão; plantando uma cruz falquejada em sua última morada, de poesias, amor e calma. Escreveu versos branquinhos como sua alma!

       Tantos escreveram versos brancos, versos livres como Quero-Queros que voam  nos pampas, no capinzal e gramal  das campinas... E gaviões campeiros flanando nos campos e nos planaltos, tão longe e tão altos...
Voam porque voam.
       Se nos meus versos falta um pouquito ou de imenso o mate verde, não é por falta de palavras belas como prendas donzelas, paramentadas de chita e rendilhas, sela de brilhos de prata no alazão; as que descem da serra, para ir à bailança no grotão.
       
      A La cria, aprendi repontar palavras, nos pagos de imagens de meu pai, que deixou as sementes avoengas enterradas lá nos pagos de Bagé. Eu cá nasci em cidade que foi pousada de gaúchos, que de Viamão seguiam à Sorocaba. Tatuí ficava no meio dessa tropeada. Pois foi onde eu nasci.

       
                                 
        Pequenote cresci na selaria, sentindo o cheiro dos couros, dormindo em cima de pelegos, ouvindo da gauchada rimas e cantares, aos pagos, às prendas, xinas e xinocas; aos cavalos seus maiores apegos, pontilhados de querências e saudade. Ouvindo os falares, expressões e interjeições bem campesinas de meu pai com a peonada, regada de quando em quando, não mal entropilhando, com seu amigaço Olívio Palhares no violão e "seu" Abreu na 'gaita'3, num relancim noviço, aos moldes lá do rincão, uma ou outra porfia de pajador, ali na sapataria e selaria do velho, entre cinco ou seis olhares cativos... que nunca faltavam, às vezes aumentavam. Pois olhe, a peonada os chamavam de 'Mano-Juca'5, e aplaudiam sapateando.

       Que me lembro, das porfias, eram sempre os motes: "Por Causa Que", "Ninho De Geada", "Tatu"** e "Napeva" este último mote, também era o nome do cãozinho lá de casa, que não era mui pexote.
       
       Se nos versos e nas rimas sou devedor bastante; reconheço. "Devo, não nego, pago como posso".

Tenteio com couro cru a sina de escritor e ponho sinuelo adelante da tropilha, para que não me perca nos rastros de um coração vercejador.

       Ala pucha chê! Pois há quem diga como a velha china, "que só se vale enquadrinhar... Se seus versos não tem métrica ou rima, tudo é... menos poetar!" - Pois olhe; isso tolhe os versos macanudos dos taitas e tapejaras, que pontilham o céu literato. Daqueles que pilcham estrofes mais belas que prenda ao se casar.

       Se a velha diz: - Bah! Não são versos, são arremedos.
- Só de trovas ir vivendo tenho meus medos. Mais ainda ela diz: "somando trovas encimadas é que se desfaz o arremedo, e surge um poeta trovador."

       Poeta é quem enxerga para dentro, não carece ter perdido um amor ou sofrer uma dor, nem ter sempre uma régua na mão para metrificar, metrificar... Até: - "Atar a cola lá onde a Maruca prende o grampo" .

       Pois olhe, acho que sou deveras um proseador, e que me achasse só isso, já estava mui bueno. Ainda mais: contista e pensador, de lambuja; é o que dizem! Mas sou queixo-duro e redomão, não sou nenhum galreador, conheço os rumos do rincão. Faço a poesia que entendo e me faço entender. Sou peleador da prosa e das poesias, um posteiro a zelar de campo e galpão e das cercanias: - As poesias, não se olvidem, dão pontaços por baixo do poncho no peito dos abichornados, adelantando pôr-de-sóis. ¹

       Mas se me abrem a porteira da QUERÊNCIA e das estâncias, não me fazem caretas as distâncias. Monto meu alazão-requeimado, que tenho por apartado, com seu pêlo cor de canela, ruivo quase tostado. Vou de coração aquebrantado, semeando por estradas, planaltos e serras minha prosa, num estilo redomão.

       Há umas almas penadas, que calculam ser mui macanudas,  em cujas "penadas"  até que rimam e estrofilham, mas da obra não sai nada. Não são urdidas com tento. Não tem sumo de sustança p'ra temperar um bom charque-de-vento. 4

       Tudo nos trinques, rima, cadência, divisão silábica, ritmo, métrica, número de estrofes, classificação poética, estilo e escola. Mas não tem alma no corpo. A alma está penando por aí. São andejas pedindo esmola.

       "Cada macaco no seu galho" já diz o ditado popular. Mas meu galho é escrever e ler bastante - nunca é o bastante. Uma árvore tem muitos galhos e acolhem todos os amantes, da literata língua mãe. A que Bilac escreveu e nosso coração agradeceu:

"LÍNGUA PORTUGUESA

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Ame o teu viço, agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio da ventura e o amor sem brilho!"

*Deixo para ti que me leres até o fim, dois poemas bem a jeito, com sincerro² e de vereda, para que tu leias (se quiseres) em voz alta inflando o peito:

"DA QUERÊNCIA
Querência é aquele rincão
onde empeçou a existência,
o amor e a imaginação.
É o rodeio da consciência
presente ou em recordação.
Fogão nativo... Na ausência
ainda é mais forte a querência
cinchando no coração..."
(Aureliano, Romances de Estância e Querência;
 2ª ed. P.A., Martins, livreiro-Editor, 1981. p. 143)
.



"MATE BUENO
de gosto amarguento,
de erva batida
na concha da mão,
de bomba de prata
chapeada de ouro,
de cuia cozida
com cinza e carvão.
Mate gostoso,
cevado de novo
recém escorrido,
ainda espumante,
que a gente tragueando
se sente contente
e esquece um momento
a gaúcha distante
Mate que encerra
em seu gosto esquisito
o mesmo amargor
da saudade febril
que vem da lembrança
de uns olhos profundos.
Mate que lembra
os ervais tão bonitos
que vivem da seiva
do imenso Brasil,
- a terra mais fértil
das Terras do Mundo !!!
(Lauro Rodrigues, Minuano,
P.A. Globo, 1944, p. 29).


** 
TATU (Curiosidades) :- Minha cidade natal, Tatuí-SP, na Língua Caingangue,  ramo dos Tupis, que habitaram grandemente a região (hoje restam dessa nação 3.000 em todo o país) - significa "Água dos tatus" - i (y ou j) = água e tatu. Maior curiosidade é que é que no R.G.S, Tatu, -  é uma variedade de fandango, com inúmeras quadras sobre o tatu, que os pares (na dança) entoam ao dançarem:

O TATU: 
Eu vim pra contar a história
Dum - tatu - que já morreu,
Passando muitos trabalhos
Por este mundo de Deus.

O tatu foi muito ativo
Pra sua vida buscar;
Batia casco na estrada,
Mas nunca pode ajuntar!

Ora pois, todos escutem
Do tatu a narração,
E se houver quem saiba mais,
Entre também na função,

- Anda a roda,
o tatu é teu;
Voltinha no meio,
o tatu é meu! -
____________________________________________________


[E assim prossegue a bailança indefinidamente, cujo versejar
gaúcho e muitíssimo fértil...]


1. O mesmo que pôres-de-sóis // plural de pôr-do-sol, usado no R.G.S.
2. Cincerro - campainha grande colocado no pescoço de fêmeas de cavalos, - madrinha, a cujo som todos os outros a acompanham, mantendo-se sempre reunidos.
* Frase em espanhol, construída a propósito. No R.G.S. de fronteiras: com o Uruguai e Argentina, fala-se um tanto quanto bilingüe, por causa das cidades que se aproximam, ou mesmo se dividem por ruas e avenida. Ainda quer seja, pela introdução de membros familiares de origem castelhana e vice-versa. Quando não, incorporaram ao falar gauchesco muitos termos desses países: Buenas, Buenas tardes, Bueno, Mala suerte, Querência, muitos diminutivos, galopito, solito, tardezita,... e outros cordeona, pago, de ansí , adelante, etc...
3. Gaita - o mesmo que cordeona, sanfona ou acordeon.
4. Charque preparado para o consumo das estâncias, constituído de mantas finas, com pouco sal, SECADAS AO VENTO. É muito saboroso, porém, pelo pouco sal, tem curta duração. (Pl.: Charques-de-vento).
5. Mano-Juca, - Tratamento gaúcho que se dá aos homens do campo, os que peleiam jornadas campesinas, que tem ares de rústico, por extensão ao um tropeiro, tropeador. Pau pra toda obra no campo e nas estradas. 

____________________________________________________

COMENTÁRIO

Poetas e Escritores do Amor e da Paz <mail@peapaz.ning.com>
Para
santos.mauro@yahoo.com.br
Hoje : 29/10/2015 - em 1:58 AM

*Mônica do S Nunes Pamplona respondeu à sua discussão "QUERÊNCIA - PROSA E VERSO QUE A ESTRADA ENSINA" em CULTURA REGIONAL em Poetas e Escritores do Amor e da Paz

------------
Uauu!!!

Que maravilha de leitura!

De repente, me vi totalmente envolvida por tuas letras.
O forte sotaque, a força de expressão, as ricas rimas... Enfim, todo o conteúdo oferece uma grandeza especial.

Mas quem foi que disse que pra fazer poesia, tem que haver rima ou métrica?
Saiba que o que acabei de ler, não deixa de ser uma linda poesia. E com direito a rimas e sentimentos.

As estradas, de certo, muito ensinam ao ser. Interligam culturas, que abrilhantam conhecimentos.

Tantas recordações expressas em carinho. Só permitem ao escritor, tamanha criação em versos prosa. E ao leitor... Bem, este fica com a melhor parte.

Parabéns, querido amigo.
Sensacional partilha.
Bjsss, no coração.

*Mônica do S. Nunes Pamplona é Escritora e Profª Doutora em Literatura da Língua Portuguesa na Universidade do Pará-BR.

NOVA DUPLA A DESENHAR ASTÉRIX - DISCUSSÃO [CRÍTICA]




REFERENTE: - 
Crítica: Astérix e o Papiro de César 
NOVA DUPLA DESENHA ASTÉRIX.

Mauro Martins Santos

O DESENHO, DE FORMA COMO JÁ COMENTEI NO  BLOG DE ORIGEM [MEUS BLOG - OS QUE SIGO]  E COLABORADORES  DESTA PÁGINA - O DESENHO DEIXA A DESEJAR SEGUNDO MINHA OPINIÃO. NÃO QUE O ARTISTA NÃO SEJA BOM (CONRAD), MAS NOTA-SE UMA QUE SIMPLIFICAÇÃO DOS TRAÇOS [ HÁ A PRIORI O ESTILO DO ARTISTA] PORÉM NOS PLANOS DE FUNDO, VEGETAÇÃO, DETALHES DA ARQUITETURA [MÁRMORES DAS COLUNAS PAVIMENTAÇÃO DE ESTRADAS ROMANAS, E DEMAIS OUTROS ITENS DA CONSTRUÇÃO], CONTRIBUEM PARA EVIDENCIAR OS DESENHOS DE ASTÉRIX ORIGINAL. PODE SER MESMO, UM ESTILO TALVEZ, MAS PARA QUEM É ATÉ COLECIONADOR DO ASTÉRIX ORIGINAL, NOTA AUSÊNCIA DE DETALHES PERFEITOS ENCONTRÁVEIS NOS TRABALHOS DE UDERSO.

NO ASTÉRIX  ANTERIOR, NOTA-SE PELA PERFEITA AMBIENTAÇÃO OU CENÁRIOS ONDE TRANSITAM OS PERSONAGENS - UMA QUE REALIDADE [OU DESENHO REALISTA], NOS PALÁCIOS, MÁRMORES DE CARRARA COM SEUS VEIOS, ESCADARIAS, GUARNIÇÕES DE FERRO, AS MADEIRAS VISÍVEIS DO ESTILO ENXAIMEL EM FRANÇA MEDIEVAL; NA ALDEIA DOS IRREDUTÍVEIS GAULESES ONDE VIVEM ASTÉRIX, OBELIX, IDEAFIX, TROVADORIX  "O BARDO", E OUTROS PERSONAGENS; OS DÓLMENS DE ROCHA DE OBELIX, AS ARMAS (LANÇAS E ESPADAS...) . TUDO CONVINCENTE, ADULTO, QUE PROPOSITALMENTE ACOMODA OS PERSONAGENS, PERFEITOS NO SENTIDO DE CARICATOS BEM ELABORADOS: ASTÉRIX E SEU PARCEIRO DE AVENTURAS - OBELIX QUE É MUITO FORTE PORQUE CAIU QUANDO CRIANCINHA,  NO CALDEIRÃO DE POÇÃO MÁGICA DO DRUIDA, QUE APANHAVA ZIMBRO COM UMA FOICINHA DE OURO, POÇÃO DA QUAL BEBE ASTÉRIX E LHE DÁ EXTRAORDINÁRIA FORÇA PARA LUTAR COM OS ROMANOS [VIDE QUADRINHO DO SOCO DE ASTÉRIX NUM ROMANO, QUE VOA PARA O ALTO, LARGANDO ATÉ AS SANDÁLIAS].

NOTÁVEL É A DIFERENÇA  ENTRE OS DESENHOS DE UDERSO E DO ATUAL CONRAD - TRAÇOS RÁPIDOS; MAIS ÁGEIS - PORTANTO SIMPLIFICADOS - O MESMO OCORRE COM OS DESENHOS DE HQ DAS EDIÇÕES DISNEY, FEITAS PRINCIPALMENTE FORA DOS EUA. TAMBÉM NOTA-SE A AGILIDADE  DOS TRAÇOS E SUA CONSEQUENTE SIMPLIFICAÇÃO, NÃO SÓ NA HQ, MAS TAMBÉM NAQUELE SEGMENTO DA VELHA E ROMÂNTICA LINHA DE ANÚNCIOS E PROPAGANDAS. FEITAS A ÓLEO SOBRE TELA, TINTA ACRÍLICA, BICO DE PENA, AQUARELA ETC, COMO EXEMPLO NOS SEMPRE IMITADOS E NUNCA IGUALADOS TRABALHOS MARAVILHOSOS DE NORMAN ROKWELL, E SEUS PERSONAGENS.

SUAS PRANCHAS DESENHADAS COMO FOTOGRAFIAS (AINDA NÃO SE USAVAM OS TERMOS: REALISMO E HIPER-REALISMO) PELO MENOS COM EVIDÊNCIA CONSTANTE E PUBLICADA; VINHAM SEMPRE COM OS INDEFECTÍVEIS CACHORRINHOS, EM PARALELO À MODERNA TECNOLOGIA E VERTIGINOSA DEMANDA DA INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORIAL.

OS COLECIONADORES, E LEITORES QUE OBSERVAM OS DESENHOS ARTÍSTICOS, DESDE O PLANO DE FUNDO ATÉ O PRIMEIRO PLANO RECONHECEM O QUE DIGO. JÁ O MODERNO ASTÉRIX EM QUESTÃO COM ARGUMENTO A CARGO DE FERRY, PARECE BOM, UMA VEZ QUE, A ARGUMENTAÇÃO PODE PASSAR BATIDA DE GRANDE PARTE DO PÚBLICO LEITOR DESTE REFERIDO HQ.

A RETENÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO DE GOSCINNY, PODE NÃO ATINGIR PLENA RECORDAÇÃO A SE CONTRAPOR À ATUAL DE FERRY.

MAS HÁ OS COLECIONADORES DAS EDIÇÕES ANTERIORES, DA DUPLA GOSCINNY (ARGUMENTOS) E UDERSO (DESENHO); OU QUASE, COMO EU, QUE PERDI ALGUNS  EXEMPLARES DE ASTÉRIX.

NO ENTANTO, UM POUCO TALVEZ PORQUE DESENHO E PINTO QUADROS, FIQUE MAIS EVIDENTE OBSERVAR  E COMPARAR O HQ ORIGINAL E O REFERENTE À POSTAGEM DE AGORA.

REPAREM NA ATUALIDADE "MAQUIAVÉLICA" DA FALA [DE UM MINISTRO DA CORTE IMPERIAL À CESAR] NO QUADRINHO ABAIXO:







"(...)
O final é adequado, o tema censura podia ter sido mais bem explorado, 
mas no fundo a coisa não é mal tratada. 
Senti falta daqueles pequenos trocadilhos/puns, tão comuns nestes livros, 
mas a parte do humor é aquela que mais mudou nestas novas aventuras.
Em todo o caso não achei dos piores álbuns da personagem, colocando 
ao nível de um dos primeiros a solo do Uderzo."



















VISITEM O BLOG DE HUGO SILVA, PUBLICADO AQUI NAS CORTINAS 
DO TEMPO.
FELIZ IMENSO HUGO, POR TÊ-LO  POR COLABORADOR, SENDO EU 
SEGUIDOR DE SEU BLOG.







































sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Hugo disse:
Espero que gostem
Hugo Silva
Ainda sou do tempo.




Claude Ciari - Sentimental Guitar

sábado, 24 de outubro de 2015

SOPRO DOS IMORTAIS



SOPRO DOS IMORTAIS [Poema]
Mauro Martins Santos - Moji Guaçu-SP-Brasil

Os caminhos dantes percorridos
Do pisar a poeira ao firmamento,
Traçam os caminhos já fluidos
De vultos saudosos envelhecidos...
Teu refúgio recanto sagrado,
De um misto de fé e esperança,
Onde os malmequeres do passado
Levam-te aonde a memória alcança.
Do santuário encimado na penha,
Restam só os escombros mais nada,
Não há mais quem a lenda o retenha...
Dos que já deixaram os legados iniciais 
Tenho fé em não apagar seus traçados:
Vento que embala o sopro dos imortais!


Tanuki en Bonsai.mpg

♫ Solos de Viola caipira instrumental ♫ PARTE 2

♫ SOLOS DE VIOLA CAIPIRA INSTRUMENTAL ♫ PARTE 1

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

SER POETA - Florbela Espanca <><> [HOMENAGEM AO DIA DO POETA]


Ser poeta
*Florbela Espanca

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!


*Florbela D’Alma da Conceição Espanca (Poetisa portuguesa)

Mensagem -Voando alto como águias - (Narração Gilclér Regina)

JOSÉ ROSÁRIO: AS ETAPAS DE UMA OBRA (José Rosário)

JOSÉ ROSÁRIO: AS ETAPAS DE UMA OBRA (José Rosário): JOSÉ ROSÁRIO - Estrada com cargueiros - Detalhe Tenho recebido um número de e-mails solicitando detalhar como executo meu trabalho. Consid...

Você sabe fazer baliza?

Ser Poeta - Florbela Espanca - Cantado por Luís Represas - PARABÉNS AO DIA DO POETA POR INTERMÉDIO DESTA CANÇÃO COM A LETRA DE SER POETA DE FLORBELA ESPANCA.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

PLURAL DE TIL [~]




PLURAL DE - "TIL"  [ ~ ]







O plural da palavra til pode ser tis ou tiles. Esta palavra leva til? Estas palavras levam tis? Estas palavras levam tiles?

Exemplos: No português não há nenhuma palavra que leve dois tis.
                   No português não há nenhuma palavra que leve dois tiles.
Se tirarmos os tis às palavras, elas perderão sua nasalização. Se tirarmos os tiles às palavras, elas perderão sua nasalização.
Na língua portuguesa existem dois números gramaticais: o singular e o plural. O singular se refere a só um ser e o plural se refere a dois ou mais seres.
A principal regra de formação do plural é acrescentar s à palavra no singular, ou seja: menina/meninas, casaco/casacos, mãe/mães… Esta regra diz respeito, principalmente, aos substantivos terminados em vogal. Relativamente aos substantivos terminados em – il - quando oxítonos, a formação do plural é feita substituindo o  l por – s. É com base nesta regra que é formado o plural tis. Til – tis Funil – funis Canil – canis Refil – refis.
Relativamente ao plural - tiles; está de acordo com a regra de formação do plural das palavras terminadas em –l, que pode ser feito acrescentando – “es’’ à palavra no singular. Mas é claro, como se diz: - língua falada (e escrita) - é natural optarmos pela maioria dos falantes e escritores, para não sermos apenas e caprichosamente um falante “diferente” ou “diferenciado”, que pode nos levar ao pedantismo.

Quanto em casos especiais, para demonstrarmos a correção desta ou daquela palavra, ocasionalmente podemos usar a forma menos falada. Como por exemplo: Projetis ou projéteis; (de projetil ou projétil) 
* Eu particularmente, não abro mão da primeira forma a que fui ensinado deste os sete anos de idade, por todo o ginasial, colegial e magistério. E já discuti com um professor de Direito Processual Penal ,e demonstrei, que os melhores dicionários de nossa língua, acolhem as duas formas.

Prosseguindo: Til – tiles Mal – males Cônsul – cônsules Aval – avales. Fique sabendo mais: O til (~) é um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado na vogal a e na vogal o para indicar nasalização, como em: manhã, coração, põe,

 Nem sempre indica a tonicidade da sílaba, como em: órgão, órfão, bênção,… Lembrem-se, em se tratando de língua, em existindo duas ou mais formas escritas e corretas, costumo pensar que devemos ser autênticos e fieis a ela, escolhendo a nossa forma predileta por convicção, não para ser esnobe ou pedante, mas para não sermos como diziam: - “Fulano é um orador [ou escritor] pernóstico”.
Até mais...! 


Fontes:
Anotações de estudo;
Eu quero Saber - Língua Portuguesa

COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO - PLURAL DE TIL[~]


COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO "PLURAL DE TIL [~
RECANTO DAS LETRAS


06/09/2015 07:31 - David Fares
Parabéns pela lucidez e pela inteligência do texto, Mauro! Há muito não vemos nada semelhante por aqui. São textos deste jaez que valem a pena ser lidos, relidos, copiados e guardados! Um forte e tríplice abraço. David Fares.'.
Para o texto: PLURAL DE - "TIL" - (T5372329)

06/09/2015 03:09 - Stelo Queiroga
Muito bom mestre Martins ... Para ti tiro o chapéu ... Ante escritos tão ruins ... Aprendo aqui "pra dedéu" ...
Para o texto: PLURAL DE - "TIL" - (T5372329)



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

As Cortinas do Tempo: O SORRISO DO PEIXINHO

As Cortinas do Tempo: O SORRISO DO PEIXINHO: Resenha literária – (Curta metragem, o Filme) Os contos de encantamento tem o poder de operar milagres.      (///@//ro ///@rti//s...

Academia Guaçuana de Letras: Mensagem enviada por Cícero Alvernaz em 21-12-20...

Academia Guaçuana de Letras:

Mensagem enviada por Cícero Alvernaz em 21-12-20...
: Mensagem enviada por Cícero Alvernaz em 21-12-2013 ESTRELAS DO MAR Era uma vez um escritor que morava em uma praia tranqüila,...

Academia Guaçuana de Letras: A Menina Que Não Sabia LerJohn Harding1891. Nova...

Academia Guaçuana de Letras:
A Menina Que Não Sabia LerJohn Harding
1891. Nova...
: A Menina Que Não Sabia Ler John Harding 1891 .  Nova Inglaterra .   Sinopse E m uma distante e escura   mansão, onde nada é ...

Academia Guaçuana de Letras: A DECOLAGEM PERFEITA

Academia Guaçuana de Letras: A DECOLAGEM PERFEITA: Para quem gosta de viajar... principalmente de avião... ...

Academia Guaçuana de Letras: Mãe elefante ressuscita filhote após complicações ...

Academia Guaçuana de Letras: Mãe elefante ressuscita filhote após complicações ...